quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A serenidade, uma virtude irreprovável

              
Convivendo com os desafios e desatinos da vida diária, somos rotineiramente encaminhados para constantes destemperos emocionais que nos impedem de uma convivência harmoniosa e uma afetiva interação com a paz e o controle nas relações interpessoais. Nada nos garante, principalmente a quem pensa que está amparado pela maturidade, que somos remetidos a uma segura lucidez e equilíbrio diante dos confrontos existenciais. Isso porque muitos indivíduos que têm como gancho uma excessiva e apaixonante intimidade com a soberba e a vaidade, nutrem dentro de si uma exagerada antipatia para com os valores do   próximo, dando adeus à sapiência que é alimentada naturalmente pelo conforto espiritual. Mas, afinal o que é a serenidade?  Fazendo uma análise isenta de qualquer fetichismo, podemos decodificar que é a facilidade de mensurar, na medida certa, com firmeza e com justiça o percurso do antes, do durante e do depois, quando somos salutarmente manietados pela difícil tarefa de decidir. E aí o cuidado deve ser redobrado porque se nos valermos de atitudes impensadas, promoveremos inclementemente o gerenciamento da injustiça. Precisamos sim, ser nômades na nossa imaginação a fim de não fazermos levianos pré-julgamentos, dando importância apenas a versões passionais, porque isso é indubitavelmente abominado pela efervescência da serenidade.  Julgar apenas pelas aparências, denuncia a incoveniente e repudiante presença da  imaturidade.  E o crescimento equilibrado fortalece a cada instante a magnitude da alma e, consequentemente da consciência e do coração.



 

A serenidade, uma virtude irreprovável

                
Convivendo com os desafios e desatinos da vida diária, somos rotineiramente encaminhados para constantes destemperos emocionais que nos impedem de uma convivência harmoniosa e uma afetiva interação com a paz e o controle nas relações interpessoais. Nada nos garante, principalmente a quem pensa que está amparado pela maturidade, que somos remetidos a uma segura lucidez e equilíbrio diante dos confrontos existenciais. Isso porque muitos indivíduos que têm como gancho uma excessiva e apaixonante intimidade com a soberba e a vaidade, nutrem dentro de si uma exagerada antipatia para com os valores do   próximo, dando adeus à sapiência que é alimentada naturalmente pelo conforto espiritual. Mas, afinal o que é a serenidade?  Fazendo uma análise isenta de qualquer fetichismo, podemos decodificar que é a facilidade de mensurar, na medida certa, com firmeza e com justiça o percurso do antes, do durante e do depois, quando somos salutarmente manietados pela difícil tarefa de decidir. E aí o cuidado deve ser redobrado porque se nos valermos de atitudes impensadas, promoveremos inclementemente o gerenciamento da injustiça. Precisamos sim, ser nômades na nossa imaginação a fim de não fazermos levianos pré-julgamentos, dando importância apenas a versões passionais, porque isso é indubitavelmente abominado pela efervescência da serenidade.  Julgar apenas pelas aparências, denuncia a incoveniente e repudiante presença da  imaturidade.  E o crescimento equilibrado fortalece a cada instante a magnitude da alma e, consequentemente da consciência e do coração.



 

terça-feira, 25 de setembro de 2012

ENTENDA O QUE É O QUOCIENTE ELEITORAL


   De acordo com o que prevê o artigo 106 da lei 9.504/97, é o quociente eleitoral que decide os destinos dos candidatos ao parlamento. No caso, os vereadores. A Matemática oferece uma fórmula bem simples que facilita a compreensão. Divide-se o número total de votos válidos pelos lugares a preencher (número de vagas). Os  partidos ou coligações só garantirão vaga para seus candidatos se alcançarem o valor desse quociente, ou mais. Já os que ficarem abaixo dessa meta estarão eliminados da competição. O segundo momento deve obedecer a ordem decrescente. Quem obtiver mais voto e pertencer àquele partido vitorioso, ficará em primeiro lugar e assim sucessivamente. Não podemos esquecer que esse critério é para todos os partidos que alcançarem o perfil, beneficiando prioritariamente os candidatos dos partidos maiores que conseguirem poucos votos, em detrimento daqueles candidatos de partidos pequenos que perdem a chance de se eleger, mesmo conseguindo muitos votos. Fica aqui esclarecido que tudo depende da performance numérica da agremiação e não da quantidade de votos individuais obtida por cada um dos nomes que estão na disputa. Vale lembrar também que antes da lei mencionada no início, os votos nominais, os de legenda e em branco eram computados, todavia isso não acontece mais. Só entram na contagem os proclamados diretamente por cada eleitor que precisa ter consciência de estar votando indiretamente* no partido. Por isso, eu sugiro que você  procure saber, pelo menos um pouco, da história dessas instituições para não se decepcionar posteriormente. Os votos justificados ou em trânsito são somente para atualizar junto à Justiça Eleitoral, a situação do eleitor que não se encontra em sua zona de votação. Já os brasileiros residentes no exterior e cadastrados para votar, não participarão desse pleito, porque só podem escolher o presidente da República e o vice do seu país de origem.
(*) - Indiretamente, porque o candidato escolhido por você corre o risco de perder, dando lugar a outros, do mesmo partido dele.      

   

A PADARIA ESPIRITUAL


    Consolidando o Realismo, dando florescimento ao Simbolismo e obedecendo os moldes  da época, sem deixar escapar os padrões machistas e as feições maçônicas e positivistas do final do século XIX, surgiu a Padaria Espiritual, uma associação de rapazes de letras e artes. Movimento que antecedeu há três décadas a Semana de Arte Moderna (1922) e que chegava ao conhecimento dos intelectuais através das publicações nas 36 edições do  Jornal "O Pão", entre maio de 1892 a dezembro de 1898. Foi a primeira grande agremiação cultural mais original de todas as sociedades  literárias do Ceará, cuja instalação se deu  em 30 de maio de 1892, após a proclamação da  República (15 de novembro de 1889). Criada pelo escritor Antônio Sales, funcionava no número 105 da rua Formosa (atual Barão do Rio Branco), no Centro da Cidade. Todavia, as reuniões do início da década de 90 aconteciam no famoso Café Java, de Mané Coco que funcionava em um dos quatro quiosques que havia na Praça do Ferreira, demolidos no ano de 1920. O objetivo desse movimento era de fornecer pão de espíritos aos sócios em particular e ao povo em geral. Abrigou escritores como Adolfo Caminha, Lívio Barreto ou Álvaro Martins e os músicos  Henrique Jorge e seu irmão Carlos Vitor e um pintor e desenhista, Luís Sá. A hierarquia era assim distribuída: um Padeiro-mor (presidente) e dois Forneiros (secretários), de uma Gaveta (tesoureiro), de um Guarda-livros (bibliotecário), de um investigador das Cousas e das Gentes, que se chamava Olho da Providência, e demais Amassadores (sócios). Eram todos chamados de "padeiros". Podemos dizer que a Padaria Espiritual consolidou o Realismo cearense, com Rodolfo Teófilo, que já publicara A FOME em 1890 e depois os BRILHANTES (1897) e outros romances ligados à corrente. Vale ressaltar que A NORMALISTA (1893), de Adolfo Caminha foi escrito no Ceará, porém editado no Rio de Janeiro. Já sua obra-prima, o romance BOM-CRIOULO (1895), confirma a tendência naturalista do autor. A Padaria Espitirual se extinguiu em dezembro de 1898, deixando além dos 36 números já mencionados de "O PÃO" uma considerável lista de livros que enriqueceram nosso patrimônio literário. Um deles é CONTOS DO CEARÁ (1894) de Eduardo Sabóia, sogro de Jáder de Carvalho; e TROVAS DO NORTE (1895) de Antônio Sales que morreu em 1940, quase meio século depois da fundação do ruidoso grêmio, e jamais fez menção alguma a qualquer intuito ideológico dos "padeiros" porque sua ideologia girou, a nosso ver, mais em torno de problemas estéticos.

ANALFABETOS NA UNIVERSIDADE


   Começo dizendo que qualquer estudo feito e com  resultados negativos sobre o desempenho do ensino brasileiro, o diagnóstico sempre vai respingar inevitavelmente na qualidade da educação básica e aí, envolve todos que atuam no processo.  Alunos, professores e a família. Em recente estatística que faz parte o Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), divulgado pelo Instituto Paulo Montenegro (IPM) e pela ONG Ação Educativa e publicada no Jornal Folha Universal do dia 29 de julho de 2012, página 11, tomamos conhecimento de que dos 6,5 milhões de universitários somente 62% são plenamente alfabetizados. Isso significa que 38% ainda não dominam a leitura e a escrita, nem estão preparados para cálculos complexos. O Inaf aponta ainda que o número de analfabetos caiu de 12% para 6% em uma década. Os analfabetos funcionais que conseguem ler apenas informações simples, somam 27% dos brasileiros. Hoje mais de 1 milhão de jovens e adultos estão matriculados no Programa Brasil Alfabetizado. Segundo prognóstico da professora Stella Bortoni, da Universidade de Brasília (UnB) o problema não está no ensino superior. Para ela a escola não está cumprindo o papel básico de ensinar a ler e o professor não é capacitado para lidar com as diferenças sociais dos alunos. E completa: "A alfabetização é um processo que segue durante toda a vida e a família deve incentivar o jovem".  Já o Ministério da Educação informou que esse resultado  é o reflexo da exclusão histórica das classes populares à educação. Várias são as opiniões e, cada uma merece apreço porque são susceptíveis de reflexões, todavia é preciso que esse debate não fique somente nas aulas de didática do curso de Pedagogia, principalmente porque com essa notícia de que muitos universitários não sabem ler, e posteriormente alguns serão educadores de futuras gerações, certamente que esse quadro é preocupante porque a tendência é piorar. Na minha humilde opinião não vejo outra saída que a ressurreição plena imediata, irrestrita e consistente de um método que sempre foi infalível porque constata que preparou antigas gerações com resultados amplamente satisfatórios. Trata-se do insistente trato com o uso da "pesquisa". Começando pelo professor alfabetizador que deve se valer de todos os recursos necessários para cobrar e fazer com que a escola ofereça, não só os livros, mas toda uma infraestrutura lúdica e seja religiosamente severa na cobrança das atividades, principalmente porque com o advento da internet que é encarada pelo jovem como uma simples ferramenta de diversão, os livros, as revistas e os jornais escritos foram injustamente desprezados, até por muitos professores. Não estou aqui me referindo ao ridículo manual do professor e sim à ricas bibliografias que vão desde a literatura infantil a clássicos que são relíquias nas grandes enciclopédias e muitas outras que são rejeitadas, perdendo espaço para os videogames da vida. E a salvação deste cenário requer que todos os pedagogos em ação arregacem as mangas e idealizem inovadores projetos na tentativa de reerguer o moral da universidade, que é uma histórica instituição que tanto deu e dá brio à cultura e à intelectualidade brasileira.
     

domingo, 23 de setembro de 2012

Isaac Newton, o maior gênio da Idade das Luzes


 
  Introspectivo, tímido, temperamental, extremamente nervoso e nome consagrado na história por suas importantes  contribuições nos vários campos da ciência. Assim era esse gênio nascido na Inglaterra em 1642.  Fez sua educação superior em  Cambridge, estudando Aristóteles e Platão. Foi matemático e físico, considerado um dos maiores exponenciais da ciência. Deduziu a lei da gravitação universal, inventou o cálculo infinitesimal e realizou experimentos sobre a natureza da luz e da cor. Assombrou o mundo do conhecimento em 1686 com a publicação do seu livro "Philosophia Naturalis Principi Mathematica", onde apresentou a solução do maior problema na história da ciência: o da matemática do universo, inovando essa matemática com o cálculo diferencial e integral. No trabalho "Óptica" em que evidencia a natureza da luz e da cor, concluiu que a luz é formada por minúsculas partículas  e que o fenômeno das cores surge da decomposição de seus componentes, sendo a luz portanto,  heterogênea e não, homogênea. Indubitavelmente o seu feito monumental foram os "Principia" que trata da dinâmica dos corpos através das três leis: A primeira lei que demonstra que um corpo permanece no seu estado de repouso ou de movimento retilíneo uniforme, a menos que sofra a ação de uma força externa a ele aplicado; A segunda lei afirma que a mudança no movimento é proporcional à força aplicada. Essa é traduzida pela fórmula F=ma; e a terceira lei enuncia que para toda ação corresponde uma reação igual e contrária. Junto com o matemático alemão Gottfried Wilhelm Leibniz inventou a área da matemática  chamada de Cálculo. Os pensadores e cientistas que mais o influenciaram foram: René Descartes, Sir Francis Bancon, Galileu Galilei e Johannes Keppler. Faleceu no ano de 1727, deixando um grande legado para a posteridade.


sexta-feira, 21 de setembro de 2012

PAULO FREIRE E A PEDAGOGIA CRÍTICA


    No último dia 19 de setembro  foi comemorado o aniversário de nascimento desse que é considerado um dos pensadores mais notáveis da história da Pedagogia Mundial, o educador Paulo Reglus Neves Freire. Criador do método   que priorizou a dinâmica da participação, dando suporte à Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos e  estabelecendo a diferença entre o vanguardismo bancário, tecnicista e alienante. Tudo começou em Angicos, em 1963 no Rio Grande do Norte onde 300 trabalhadores rurais aprenderam a ler em tempo recorde de 45 dias. Esse método participativo que privilegia a dialética, estimula a formação de um  sujeito conscientizado e distante daqueles métodos formais que  davam ênfase às cartilhas padronizadas, longe da realidade, estimulando nocivamente  a "cultura do silêncio". A ideia central era pôr um fim à concepção de educação bancária, verticalizada e impositiva que se mostrava insuficiente para o apredizado. O importante era a sobreposição da Pedagogia Crítica sobre a dos oprimidos. O fato foi tão significativo que o próprio presidente João Goulart esteve presente ao encerramento do primeiro curso, daí o Governo Federal decide implementar o método  para todo o Brasil com realização de vários cursos de formação de educadores em diversas cidades. Esse pioneirismo oferecia capacidade para alfabetizar dois milhões de alunos por ano. Todavia o projeto foi derrubado pela repressão do Golpe Militar de 64 e Paulo Freire foi preso durante 75 dias sob a acusação de subversivo e ignorante. O novo projeto implementado pelos militares foi o Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral)  que mostrou-se totalmente ineficaz.  Autor de vários livros, Freire voltou em 1993 a Angicos, onde reencontrou alguns alunos e   aplicadores do projeto. Foi aclamado pela Câmara Municipal  com o título de cidadão honorário. A verdade é que, qualquer educador consciente da importância da modernidade, nutre profundo respeito e admiração por aquele que deu vida nova à interatividade. Paulo Freire nasceu no ano de 1921 e morreu às 5h30min do dia 2 de maio de 1997 de infarto do miocárdio.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Dislalia, uma patologia da linguagem


   Esta minha nova experiência como orientador da Rádio Interação JMC na Escola Jáder Moreira de Carvalho, no bairro da Serrinha, Fortaleza-Ceará, vem criando oportunidades para acentuar alguns aspectos que possibilitam uma avaliação mais amiúde diante das dificuldades encontradas pelos alunos, quando do engajamento na programação da emissora. Confirmar que muitas são as estratégias aplicadas para minimizar as dificuldades na prática da leitura oral em sala de aula  não é nenhuma novidade. Isto é fato! notadamente porque qualquer professor polivalente e de Língua Portuguesa sabe que o primeiro obstáculo a ser observado é a inibição. Para isso é sugestivo se amparar de muito profissionalismo para reagir com discrição e naturalidade, sem manifestar qualquer menção de rejeição, tendo em vista que isso é um processo peculiar da personalidade humana, que é decodificado como resposta ao fator emocional. Porém, essa dinâmica  do ato da leitura é vivenciada indireta (quando conversamos naturalmente com o nosso interlocutor sem ficar condicionado ao foco do texto) e rotineiramente por cada um de nós, quando se prevê um processo de interação entre o emissor e o receptor da mensagem. Outro ponto é que muitos se sentem inferiorizados  por conta de constantes insultos provocados pelos colegas que ficam de plantão para apontar os defeitos uns dos outros. Tudo isso pode ser norteado e corrigido pelos recursos da Pedagogia. Todavia, distúrbios patológicos como a dislalia, por exemplo, precisam de redobrada atenção quando da evolução sintomática para encaminhamentos futuros a um profissional especializado. E o que é dislalia?
É um distúrbio apresentado durante a emissão oral, caracterizado por trocas, omissões ou inversões de letras. Não se trata de uma patologia fonoaudiológica grave, mas pode acarretar outros problemas se persistir além da idade de aquisição normal da fala, podendo evoluir, prejudicando no futuro, o aprendizado da leitura e da escrita. As dislalias podem ser orgânicas e funcionais. As orgânicas são provindas de uma anatomia defeituosa, como problemas de arcada dentária, lábios malformados, macroglossia (língua volumosa). E as funcionais são decorrentes de fisiologias viciadas ou incorretas. É importante mencionar que os transtornos da fala sempre repercutem no comportamento emocional, ou ainda podem ser consequência de problemas emocionais.  Garanto que essa problemática não é motivo de preocupação para os alunos que integram a equipe da Interação JMC, e a  Abordagem desta temática objetiva estimular a garotada que pretende vencer a timidez e se aproximar dos microfones de um veículo de comunicação exclusivamente deles. Afinal de contas, estamos lá, municiados de toda paciência e dedicação para constatar que tudo é possível quando se tem boa vontade  e perseverança, promovendo a certeza de que o uso da voz como  instrumento natural, tem supremacia sobre qualquer outro e,  só é preciso alguns exercícios básicos de relaxamento, articulação e dicção  para que haja uma boa performance, mesmo que você não se sinta capaz. O importante é que essa relação interativa entre emissor e receptor mostre com clareza resultados satisfatórios na difusão da mensagem.


quarta-feira, 19 de setembro de 2012

A Guerra das torcidas organizadas


     Foram 93 cadeiras quebradas, além de alambrados, e até o fuzilamento de um torcedor na avenida Carneiro de Mendonça, no bairro Demócrito Rocha. Esse foi o desfecho do jogo do último domingo entre Fortaleza e Paysandu, comprometendo mais uma vez essa instituição  falida e execrada pelas pessoas de bem, chamada "torcida organizada". Esse criadouro de vândalos que intimida o cidadão de bem, o verdadeiro torcedor que, na tentativa de treinar emocionalmente a alma em busca da coordenação psíquica, se afastou de vez das arenas dos estádios, porque fica à mercê da criminalidade. Crime sim, porque vandalismo é crime, todos eles previstos no Código Penal Brasileiro. Por exemplo: Lesão corporal (Art. 129); Explosão (Art. 251); Incitação ao crime (Art. 286) e Homícidio (Art. 121). É bem verdade que o futebol é caracterizado, desde seu início, como um encontro entre opostos, onde o conflito comunitário é admitido, porém exercido e subordinado a um fim pacífico. O que deve estar em jogo, além da bola, são as emoções sendo subservientes à mais extrema essência do controle. Deixando de apostar em qualquer time, aposto no bom senso, no exercício sustentável da cidadania, infelizmente restrito àquele indivíduo que conserva a sensatez e o respeito ao direito do próximo. Trafegando pelas ruas da cidade antes do início da partida, testemunhei a ação brilhante da Polícia Militar e da Guarda Municipal na tentativa de reprimir a violência. Faço essa defesa por uma questão de justiça porque presenciei "in loco", todavia fica indominável porque os pontos de concentração são diversificados e a quantidade é imensa. É preciso ter consciência de saber que o futebol tem o objetivo de fazer o ser humano aprender e ultrapassar o padrão repressivo e a exercer a relação dialética dos opostos de forma criativa e não destrutiva. Como essa tese não é respeitada, está na hora de deixar de pensar só nos lucros com as arrecadações e partirem para o embate sadio, acabando de vez com essas torcidas que alimentam a ação desses deliquentes. E os times devem, sim, arcar com todas as despesas dos prejuízos porque um bem público de grande utilidade para o lazer do cidadão de bem, que foi beneficiado com um investimento de 54 milhões de reais em reforma, precisa ser carinhosamente preservado. E a justiça precisa aplicar inclementemente os rigores da lei.



O homem como ser social


     Partindo da teoria de que o homem é gregário por sua própria natureza, só nos resta constatar sem a perseguição do individualismo e usando os "ensinamentos naturais" (A maneira peculiar que cada um possui de orientar o próximo),  tentar incutir isso em mentes sadias, sempre enaltecendo a evolução que nasce na afetividade das relações com os familiares e a convivência com a sociedade como um todo.  Como somos componentes de uma família formada e iniciada com a parceria conjugal entre os pais, que irão nortear um modelo de convivência íntima com os filhos, cada um dos membros são amparados pelos limites da privacidade pessoal e, isso nos oferece como compensação o conforto ao lado dos semelhantes e os encaminhamentos para a aceitação de um convívio coletivo, possibilitando a saída inevitável para o que nos espera longe  das dependências da nossa moradia. Os novos passos serão para a escola, para a igreja, mais tarde para uma profissão etc. e, a partir dessas circunstâncias fica comprovado  que, a infeliz frase: "Eu não preciso de niguém", não existe!  porque não existe a solidão absoluta. Valendo-me da teoria aristotélica que diz: "O homem só ou é um bruto ou é um deus". Deus aqui no sentido metafórico de grandiosidade, de plenitude, de força interior extraodinária, de infinita sabedoria. Sem os outros esse homem fica inerte diante da realização de suas potencialidades, porque é dentro da comunidade que ele vai adquirindo o reconhecimento e as noções de política, de direito, de deveres pessoais e sociais, dando vazão à sua racionalidade e, consequentemente à existência da dignidade. Esse mundo mágico de harmonia que valoriza as relações humanas é subordinado a três itens básicos: o "Nos te ipsum", ou autoconhecimento (conhece-te a ti mesmo - Sócrates); a "comunicare" (do latim) comunicação, que é o "partilhar"; e o comportamento em sociedade. É preciso, portanto, que façamos bom uso da empatia (qualidade que excita emoções), simpatia (união de emoções), e sejamos ponderados ao conhecer a apatia (ausência de emoções) e a antipatia (separação de emoções), porque são orientações "sui generis" que nos darão solidez para que, na mais efervescente afetividade possamos  amar e ser amados.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

A experiência e a felicidade


       Por mais que nos prevaleçamos de que somos completamente perfeitos, que sabemos de tudo, que somos muito experientes por sermos mais velhos, não podemos esquecer que a vida é uma eterna escola. E a escola é uma casa que nos oferece a cada dia uma nova aprendizagem. Portanto, é preciso aceitar  que, sempre aprenderemos algo de novo. Se você tem esse humilde pensamento, está preparado para vivenciar todas a beneces e agruras da vida. Do contrário, deverá ficar na espreita para suportar uma arsenal de decepções e sofrimentos como resposta ao seu pensamento e ações. A compreensão de que a experiência é temporal, espacial, restritiva, limitadora e impeditiva de uma percepção ampla e libertadora, contraria os dados da consciência e do coração que são totalmente flexíveis, dinâmicos, e, sobretudo atemporais porque não se prendem ao tempo e ao espaço e permitem que contornemos com denodo os pontos negativos promovidos pelas condições exigíveis da vida. Isso nos dá oportunidade de lembrar daquelas pessoas que acham que nada de ruim acontecem com elas. Porém são as que mais sofrem por serem irredutíveis e não estarem preparadas. É importante saber que o  papel de cada um é de,  com muita dignidade, buscar realizar conscientemente os sonhos e desejos sabendo que tudo depende de uma honesta conquista e que, no dia atual nos sentiremos sempre realizados. Como o dia é o atual, fica  literalmente esclarecido que  a felicidade são momentos. E por que dia atual? Primeiro porque é o dia que estamos vivendo, segundo porque, por mais que fomos felizes no dia passado e somos no dia presente, as previsões para o dia futuro são indiscutivelmente  obscuras. Certamente muitos intelectualistas de plantão dirão que eu estou descobrindo o óbvio, mas qual deles tem a preocupação diária de passar isso, até para os próprios filhos? Qual deles não sabe que, por isso, vivemos em um mundo cão, que exibe indiscriminadamente a ambição, o egoísmo, a ganância e todos os outros pecados capitais que provocam a invencivel desarmonia coletiva? Os adeptos do lugar- comum se valem dos  conhecimentos empíricos e socializam uma  relação prejudical entre o  bem, que está sempre  impossibilitado de se sobrepor ao mal, como se isso fosse a coisa mais divinal do mundo. Daí as experiências serem totalmente complexas, não dando a oportunidade para a busca perfeita e consciente da felicidade.
Leia também em valeriopereira.blogspot.com.br

domingo, 16 de setembro de 2012

REFORMA DO ENSINO MÉDIO


                   

    Antes era segundo grau, hoje ensino médio. Esse curso de três anos, com 13 disciplinas, podendo chegar opcionalmente a 19, que faz parte da educação básica, tornou-se uma território neutro* entre a continuidade do ensino fundamental e a principal porta de acesso a uma universidade. Ele tem o seu norteamento regido por apenas dois artigos, o 35 e o 36 da Lei 9.394/96, A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB). O texto do artigo 36,  parágrafos segundo e quarto diz:  & segundo: "O ensino médio, atendida a formação geral do educando, poderá prepará-lo para o exercício de profissões técnicas". E o & quarto: " A preparação geral para o trabalho e, facultativamente habilitação profissional, poderão ser desenvolvidas nos próprios estabelecimentos de ensino médio ou em cooperação com instituições especializadas em educação profissional". Como essas propostas deixam muito a desejar, podemos suspeitar que esses textos não passam de justificativa para dar seguimento aos da lei dos cursos profissionalizantes, no caso a 5.692/71.  Só quem saiu lucrando naquela história foram as alunas do antigo curso normal (ou pedagógico) que, após concluírem o quarto ano, competiam  vagas de igual para igual com qualquer professor  graduado  ou com pós-graduação, Só havia diferença na isonomia salarial. Diante dessa dualidade de propostas que ofertam aos alunos destinos bifurcados, principalmente os da escola pública, muitos se  sentem despreparados, impotentes e acuados para enfrentar qualquer concurso de porte maior, como é o caso do ENEM, que está filtrando impiedosamente em gotas a capacidade de cada um. Por isso a Câmara Federal começará a promover uma série de estudos e debates no intuito de apresentar uma proposição capaz de mudar esse cenário que exige alunos qualificados para um mercado de trabalho e que está em frenética evolução. A proposta central é, que é preciso dar uma nova cara a esse curso,  que seja atraente e que realmente prepare o jovem para o futuro que, indubitavelmente se torna a cada vez mais competitivo e exigindo qualidade. A tecnologia deve ser uma de suas metas prioritárias, vinculada à prática social. E aqui vai uma sugestão:  É preciso urgentemente dar ênfase à intensificação de disciplinas como cidadania, educação no trânsito, e a relação de cada um com os resíduos sólidos, com novos métodos que façam aumentar  a responsabilidade, a dignidade e o entusiasmo. Afinal, essa fase  é considerada definitiva para decisões futuras desses cidadãos.
(*) - Neutro porque não oferece capacidade para o enfrentamento de concursos que têm como concorrentes, outros candidatos com graduação e até mestrado e doutorado.

sábado, 15 de setembro de 2012

A Prefeita Luizianne e o PT


    É de bom alvitre comerçarmos mencionando que no jogo político o contraditório é genuinamente legítimo, pois as apologias, as críticas e as contestações são elementos "sine qua non" que norteiam o trajeto e a subsistência das relações entre a situação e a oposição.  Isso fica mais evidente, e é rotineiramente inevitável  no período pré-eleitoral. Tudo se vasculha sobre a conduta e as ações de cada candidato, onde qualquer deslize serve como motivo para reverter o pensamento daquele  eleitor indeciso. Todavia, o importante é manter a diplomacia, não perder o equilíbrio e preservar sempre uma emblemática postura ética. Sobre isso a Prefeita Luizianne Lins, essa jovem professora universitária e como uma legítima petista, tem servido de modelo,  primeiramente por não se deixar levar por sórdidas picuinhas e vem cumprindo fielmente o que prometeu para o povo da nossa cidade.  Manifestou brilho na inteligência e solidez na sabedoria ao edificar uma segura harmonia com a base aliada e manter uma estreita e sadia relação de reciprocidade com a oposição. As estratégias de muitos desses opositores são, na tentativa  de desarticular, a todo custo,  as metas  de um partido histórico que, sem se render aos poderosos, ultrapassou várias barreiras que deram nova cara ao Brasil e fortaleceram  o talento e a genialidade dos seus dois mentores nacionais, o ex-Presidente Lula e a atual Presidente Dilma Rouseff que, para contrariedade e decepção dos não simpatizantes, está sendo soberana ao cobrar com mão de ferro as investigações, o julgamento e a punição de todos os integrantes desse famigerado mensalão e de outros crimes que respingam indiretamente na seriedade deste Governo. Não  podemos deixar de dar destaque aqui a todas as ações conjuntas de  âmbito nacional como é a que foi anunciada agora, a histórica redução no preço da tarifa de energia, que irá beneficiar consideravelmente a classe trabalhadora. É bom lembrar também que essa ação é inédita, e que nós, brasileiros, sempre pagamos a mais cara energia do mundo. A Prefeita, a exemplo de Lula que, ao assumir o seu primeiro mandato, fez um pronunciamento comovente declarando que iria lutar incessantemente para acabar com a pobreza,  também arregaçou as mangas e não sossegou enquanto não entregou para a população o Hospital da Mulher. Vale ressaltar que Fortaleza é a cidade que melhor paga os médicos em todo o Brasil, porém como já mencionei em outras matérias, a demanda é maior do que a quantidade de profissionais formados, muito embora tenham sido  contratados mais 814 concursados. As obras avançam por toda a urbe, e já são 170 quilômetros de pavimentação, 30% de drenagem, faltando a conclusão de mais 30%. Não podemos esquecer a tarifa social que diminui o valor da passagem dos ônibus nos dias de domingo. Houve também uma significativa redução na mortalidade infantil e a materna tem uma cobertura de 45%, só ficando atrás de Belo Horizonte e Recife. No setor educacional foram inaugurados recentemente três novos Centros de Educação Infantil e todas as escolas estão beneficiadas com modernos equipamentos, com merenda escolar de qualidade, fardamento e livros  para toda a garotada matriculada no ensino fundamental. Como não quero  me alongar com um texto enfadonho, espero que você, querido internauta, como bom cearense e brasileiro que é, faça uma profunda reflexão e use o seu senso de justiça para compreender o grande esforço de um Governo que tanto tem se genuflexado para por um fim às mazelas sociais. Afinal, muitos desses petistas não nasceram em berço de ouro, não se locupletaram de maneira desonesta, e sabem o que é uma vida de dificuldades e sofrimento.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

O voto dos bajuladores


                 
      Sou muito simpático à vida de pessoas comuns que estão sempre ilhadas de simplicidade. No cotidiano isso passa despercebido, mas podemos constatar essa virtude em épocas pré- eleitorais, quando, por força do desespero pela conquista de um mandato, a inversão efêmera desses valores é visivelmente detectada, e os candidatos descem de seus suntuosos pedestais para fazerem  as tradicionais visitinhas e carregando, além das famigeradas promessas, já conhecidas, o rosário salival de falsos convites. Por exemplo, "vá a qualquer hora em meu gabinete e não precisa fazer nenhum agendamento!". Todavia, não é assim que a banda toca! se o eleitor se aventurar em procurá-lo, terá de enfrentar um batalhão de bajuladores que se perfilam em ordem unida para escondê-lo. Diante deste cenário, é necessário que os conceitos de cidadania sejam permanentemente debatidos. Porque, ser simples é uma coisa e demonstrar admiração por quem, um dia poderá lhe virar as costas, certamente não é digno de lhe arrebatar essa tão valiosa ferramenta que é o seu voto. Esse sim! Só ele pode nortear profundamente os destinos da política e da vida democrática no nosso país.

A inteligência e o talento


      A inteligência é uma qualidade intrínseca componente da própria natureza humana. Valendo-me da tese do físico  alemão Albert Einstein (1879-1955),  concordo que "ser inteligente é muito relativo na maneira convencional de ver as coisas". Isso tem sentido porque muitas vezes algumas pessoas, com uma postura pecaminosa, agressiva e inconsciente, analisam levianamente o desempenho de outras como se elas não tivessem um pouquinho sequer dessa qualidade, que não deve ser confundida com a rapidez ou a lentidão na prática do raciocínio. Se avançarmos com mais profundidade sobre a temática podemos decodificar que há uma relação indissolúvel com o talento, que brotando do Id (Substrato Instintivo da Psique), envereda para resultados com aptidões específicas, impressionantes e admiráveis que conquistam instantaneamente a apreciação do interlocutor. Quem de bom nível intelectual não se delicia com a erudição de Wolfgang Amadeus Mozart que, com apenas seis anos de idade encantava a imperatriz Maria Teresa, da Corte Austríaca? Em  verdade,  somos naturalmente encaminhados para as atividades vocacionais e o talento é inspiradamente alimentado pela nossa personalidade, dando nuance à excepcionalidade. Quero, com esta matéria, motivar a comunidade escolar, principalmente os alunos que, pelo afã da idade, se sentem muitas vezes sem a menor perspectiva e achando que "ainda é muito cedo!". Todavia não é de bom alvitre se acabrunhar diante dos desafios da vida, achando que só os superdotados são precocemente talentosos. Quanto à Performance dos professores, comungo peremptoriamente  com a ilustre frase do grande mestre Paulo Peroba, fundador da revista de Educação "Magistério", que diz: "O professor só poderá competir e justificar sua presença na sala de aula pela força do seu carisma  e pelo brilho da sua inteligência." E completa: "Deve estar em boa forma, e boa forma requer: arte, talento, erudição, doação, paciência, intuição e interesse pelo problema de cada aluno." E, eu os parabenizo por isso e ainda acrescento mais uma qualidade, todos são prazerosamente altruístas.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Madame Bovary de Gustave Flaubert


                 
                                           
       A tragédia: Depois de encarar o adultério como forma de rejeitar as chatices do casamento, Ema Bovary não consegue o apoio de Léon, o seu segundo amante e suicida-se diante da inocência de seu marido. A categórica dissimulação sobre o sentimento de desconforto e insatisfação da protagonista nunca o levou a nenhuma desconfiança, e continuou a amá-la depois de morta, ainda mais que antes. Reúne suas coisinhas para beijá-las e entesourá-las  e encontra cartas e alguns retratos de Rodolfo, o primeiro amante. O choque é fulminante e, em seguida é encontrado morto sobre um banco do jardim da mansão. A idéia central da obra nos deixa fascinados porque é visível uma dubiedade entre características do romantismo  e do realismo, porém isso não o faz diferente de outros românticos que manifestam também uma preocupação com o concreto, com o detalhe,  buscando uma observação mais direta com a realidade, sem os véus da fantasia, descartando a denúncia de ser uma violenta oposição, mas sim uma própria evolução dos próprios princípios românticos. Para corroborar, podemos sugerir a leitura das obras de José de Alencar, Visconde de Taunay e outros. A dissonância  fica acentuada quando  Flaubert repudia a crítica de ser adepto da vida em lugar-comum. Porém,  o seu elemento dominante foi a sentimentalidade romântica, um realismo colérico e o sentimento ultrajado (com requintes de execração). Madame Bovary foi concluída em 1857, momento em que o autor chegou a ser acusado pelos tribunais franceses de açular a imoralidade e corromper a mocidade, todavia satisfazer o sensualismo do leitor foi coisa que nunca passou pela sua cabeça. A temática não se compara com a de Dom Casmurro (de Machado de Assis), onde Bento Santiago, o Bentinho, tomado pelo ciúme, faz um julgamento baseado em meros indícios e relaciona alguns coincidências, até a aparência do filho Ezequiel com Escobar, seu melhor amigo e suspeito de ser o suposto amante de Capitu, o personagem feminino mais famoso do romancista, muito embora ela negue veementemente. Se foi verdade ou não, compete a cada leitor tirar suas conclusões. No caso de Madame Bovary o desfecho foi contundente e houve a  ação que deixou fluir a justificativa da  necessidade de ela praticar a traição como se fosse um sintoma crônico de inquietação e desprazer diante do cotidiano da vida, pela falta de ambição do marido que, ao contrário,  se contentava  com a rotina diária. Madame Bovary não foi a obra prima de Flaubert, e sim,  Salammbô, uma obra com lineamentos históricos. Essa obra o fez restabelecer o prestígio entre os franceses, que o condecoraram como o deus do estilo  e padroeiro dos homens de letras.

A SAGA DO ALUGUEL DO IMÓVEL


   Vítimas de um sistema político-financeiro extremamente desigual que atropela como um rolo compressor as camadas menos favorecidas, são os moradores de aluguel, os inquilinos ou locatários que, distante das oportunidades, buscam aguerridamente o direito de posse, pela compra de uma moradia digna. Não quero aqui fazer menção negativa à posição do locador que é amparado pelo que prevê a lesgislação  e se municia de meios alternativos para engordar honesta e decentemente os seus rendimentos. Enquanto isso, o Governo empreende inúmeros projetos de financiamento, construção de mutirões e  lança programas como "o Minha Casa, minha vida", na tentativa de suprir a carência de muitos brasileiros que ainda vivem em moradias com condições sub-humanas, amontoados em favelas construídas em áreas de risco, sem nenhuma infraestrutura e pagando preços exorbitantes por, muitas vezes, desmerecidas negociações locatárias. Mesmo com todo o favorecimento oferecido por um expressivo acréscimo no número de ofertas de emprego e a conquista de melhores salários, muitos ainda não obtiveram a chance de realizar o sonho da casa própria e, como há uma abusiva oscilação nos procedimentos dos contratos, várias pessoas vivem periodicamente peregrinando de um lugar para outro, deixando assim de oferecer uma vida apascentada para os seus familiares. Amparando-me pelo senso de justiça quero aqui destacar as ações da extinta Cohab, hoje Habitafor que luta tenaz e incansavelmente para fechar a matemática no percentual dos cem por cento, todavia, infelizmente é preciso a compreensão de que tudo depende da gradatividade do tempo para a totalidade na solução dessa temática e, a efetividade adicionada à honestidade na elaboração de novos projetos deve ser a tônica de qualquer governo que seja realmente comprometido e identificado com os anseios da coletividade.

domingo, 9 de setembro de 2012

DIA INTERNACIONAL DA ALFABETIZAÇÃO


      No último dia 8 de setembro comemorou-se o dia Internacional da Alfabetização, e o Jornal O POVO do dia primeiro do mesmo mês estampa na página 13 a seguinte matéria: "Alerta] Brasil tem 3,7 milhões entre quatro a 17 anos fora da escola". Esse relatório foi divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), e aponta a maior defasagem na pré-escola e ensino médio e 56% do total é negra. Esse diagnóstico mostra uma expressiva variação de região para região e uma proporcionalidade na condição salarial das famílias. Podemos aqui, nos nortear por duas vertentes. Uma delas é a inconsciência de muitas dessas famílias formadas por pais que nunca estudaram e não percebem ou não querem aceitar que os tempos são outros, e estamos diante de um mercado de trabalho em frenética evolução e, consequentemente provocando o espectro da competitividade que filtra inclementemente o potencial técnico e intelectual de cada profissional. Acredito que muitas profissões que antes não precisavam de preparação escolar, terão vida efêmera e  passarão por um processo de extinção porque, a bem da verdade, a justiça deve ser feita e promova cursos específicos para que o profissional faça jus na arrancada do nível salarial. É o caso da construção civil. Moral da história: Se o filho vir* o pai ganhando muito dinheiro sem nunca sequer ter passado por um banco escolar e que a escola pouco tem avançado pedagogicamente  em busca de novos atrativos que motivem a permanência do aluno em suas dependências, visivelmente esse jovem se distancia. - Por uma questão de justiça, não estou generalizando - Muitos, infelizmente, optam pelo "mundo cão" que patrocina impiedosamente, drogas e prostituição. Esse momento de eleição que se acalora a cada instante, é muito oportuno para que, cada candidato repense sobre essa temática,  e nutra sua consciência em busca de novas alternativas sólidas a fim de reverter esse quadro que tanto enlameia o contexto.
   
(*) Confira a conjugação do verbo ver no futuro do subjuntivo condicional.

sábado, 8 de setembro de 2012

A RÁDIO CORCOVADO


   Para comemorar o centenário da Independência do Brasil foi ao ar no dia 7 de setembro de 1922 a primeira transmissão radiofônica no nosso País pela Rádio Corcovado. Com 500 watts de potência e alcançando um raio de 50 quilômetros, estava lançada a pedra fundamental para  instalação de uma ferramenta histórica de relevante importância para a sociedade brasileira. O primeiro orador foi o então Presidente da República Epitácio Pessoa que fez um significativo  pronunciamento alusivo à efeméride e, como que profetizasse, assegurou um imortal espaço para esse veículo de comunicação que resiste a qualquer novidade tecnológica oriunda da modernidade. Nada, nem ninguém se atreve a intentar qualquer ato de extinção  porque, sem sombra de dúvidas, fica cada vez mais evidente a importância do seu papel de intimidade firmado na relação com cada um dos seus ouvintes. Essa  tese  universal de que a relação de amizade, principalmente entre aquelas pessoas que se sentem solitárias, está cientificamente diagnosticada. Além da  praticidade operacional no cotidiano da informação, do entretenimento e da prestação de serviço, como também na importância da sua portatibilidade, ele é utilitário nas longas viagens em qualquer meio de transporte e tem seu lugar assegurado em qualquer circunstância da nossa vida porque fica ao alcance de qualquer indivíduo sem distinção de idade, sexo, cor e condição financeira. Com esse acertado passo realizado por essa transmissão experimental, o caminho se alargou para o seu advento e, um ano após,  em 1923 era inaugurada a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, pelo Professor Roquete Pinto. Hoje somos contemplados por um modelo de rádio que oferece diversas vertentes tais como, estações em AM, FM, digitais e Web fazendo com que o seu fascínio e encantamento contamine os diversos gostos dos ouvintes que têm a possibilidade de uma comunicação estreita e interativa por todo o planeta. Aqui no Estado do Ceará a primeira emissora a entrar no ar em 1934, foi a antiga PRE-9, Ceará Rádio Clube AM, hoje Rádio Clube AM, por iniciativa de João Dummar, e cantaram naquele ilustre microfone Sílvio Caldas, Vicente Celestino, Francisco Alves (o Chico Viola) entre outros. Na oportunidade quero me consorciar com toda a equipe de colegas que compõe a Rádio FM João XXIII que, com muita determinação, responsabilidade e profissionalismo muito tem contribuído em apresentar uma programação enxuta e de qualidade para o nosso grande universo de ouvintes, realizando assim um sonho  do seu grande idealizador e baluarte da  política fortalezense, o dedicado líder comunitário, Senhor Maurílio Assêncio que muito tem feito e muito faz pela melhoria dos bairros da nossa grande metrópole.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

História e conceituação das Leis


    Por uma compreensão didaticamente jurídica, conceituamos a lei como  uma instrução de caráter coercitivo (porque deve ser respeitada e cumprida), regulada pelo direito e normatizada pelos princípios da justiça. A sua manifestação é expressa pela vontade do Estado, através de seus órgãos legislativos, visando estabelecer uma regra ou reconhecer um direito.  Por exemplo, se dois herdeiros de um imóvel têm direitos divididos em partes iguais. Se algum deles tentar surrupiar uma parte maior, isso neutraliza todo o procedimento jurídico da negociação, pois houve  desonestidade nos fundamentos da razão. O que podemos depreender é que o indivíduo sem razão fica totalmente desamparado  dos recursos do Direito. Disso todo mundo sabe! Só não se entende por que esse procedimento delituoso é rotineiro. Daí ser necessária uma  insistente "evangelização" na tentativa de alimentar conhecimentos mínimos na convivência com esses princípios inseparáveis do Direito (a razão e a lei). Se nos valermos dos ensinamentos bíblicos a exegese nos encaminha a inúmeras passagens que possibilitam a aprendizagem, oferecendo muitas orientações. Basta fazermos uma concisa leitura reflexiva sobre o Sermão da Montanha (Mateus, 5, 3-11). Podemos nos valer também do  Código de Hamurábi (1800 a.C.). Legislação que previa de uma maneira extremamente radical e inclemente, que a injúria e os danos deveriam ser vingados com atitudes equivalentes, dando prioridade à isonomia penal. O lema central era: "Dente por dente, olho por olho." Já em Roma tudo começou com as leis escritas, ou Lei das Doze Tábuas, assim chamadas porque estavam escritas em doze pranchas de bronze. O seu ponto de generosidade era marcado pela justa defesa dos plebeus. E o   Código de Leis foi a mais importante herança às civilizações da posteridade. No contrabalançar da movimentação processual  somos levados a aceitar pacificamente que há uma oscilação  incontestável entre o "ganhar" e o "perder", para dar brio aos princípios da razão. É preciso compreender e aceitar que, desde a nossa tenra infância somos naturalmente motivados ao convívio com os princípios do Direito e obrigados a nos inserir no contexto como agentes politizados e subestabelecidos para a cidadania. E, essa convivência nos dá como legado a dádiva  das oportunidades e beneces da vida. Basta sermos conscientes e não abusar, sem esquecer que precisamos, a qualquer custo, ser severamente justos, impassionais e resignadamente obedientes aos rigores das leis.


segunda-feira, 3 de setembro de 2012

A TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO


              Movimento que ganhou maior difusão e consistência nos anos oitenta, tendo como agente fortalecedor o Concílio Vaticano II (1962-1965) e cenário principal a América Latina. Decodificava uma espécie de ruptura com as doutrinas da  igreja tradicional e, para  muitas interpretações passionais, tinha o intuito de promover um dissimulado avanço de movimentos comunistas que atualmente ganharam merecido espaço no contexto político-social. A antipatia de muitos conservadores veio à tona porque  a missão  prioritária era a opção pelos pobres. Para eles isso era um disfarce e provocou rotineiros embates por acharem que tudo isso se tratava de  movimentos esquerdistas querendo penetrar no contexto a fim de neutralizar a linha carismática que não vislumbrava nenhuma mudança na conservação da liturgia e no encastelamento da igreja católica. Com base no livro Teologia de la Liberación publicado há 40 anos, do teólogo Gustavo Gutierrez, tudo começou com a tentativa de promover uma reviravolta nas relações sociais da igreja com o mundo hodierno gerando um impacto no episcopado latino-americano, quando se descobriu uma representatividade evidente de inúmeros pobres e miseráveis que buscavam a dignidade e melhores condições de vida, dando impulso ao fim das desigualdades. Vale salientar que, ainda hoje, somos surpreendidos com notícias de que, por mais esforços que  o governo faça, ainda encontramos um universo considerável de famílias abaixo da linha de pobreza, segundo o Unicef - Fundo das Nações e Unidades para a Infância - Esse novo modelo de evangelização, amparado pela Celam (Conferência Episcopal Latino Americana) e CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) foi promocionado por uma ação pastoral que organizava os cristãos comprometidos com uma mudança que desse fortalecimento à isonomia social e uma reflexão crítica para uma realidade em contínua modificação. Na oportunidade não podemos esquecer nomes como o Frei Leonardo Boff e, aqui no Ceará, personaliadades como Dom Fragoso e Dom Aloísio Lorcheider, dignas de especial destaque.

Boletim de rádio

O Governo Federal está avançando na luta contra o crack. Uma das estratégias de tratamento dos usuários é a ampliação do número de CAPSad nos estados e municípios. Hoje, a Rede de Assistência do SUS conta com 1.700 unidades em todo o país e até 2014 serão mais 175.

Para essa informação alcançar um número significativo de pessoas, o Ministério da Saúde disponibiliza áudio, em MP3, com as principais informações sobre o Plano Integrado de Enfrentamento ao uso de Crack e outras Drogas. Sua participação como multiplicador é essencial. Solicitamos que ouça e veicule gratuitamente em sua rádio o flash: clique e baixe o áudio.