quinta-feira, 30 de julho de 2009

Os mosquitos se proliferam?

Não, Os mosquitos não se proliferam não!
Isso porque o verbo proliferar é intransitivo (não exige complemento), portanto não pode ser construído com o pronome reflexivo.
A idéia é que, alguma coisa prolifera. Não podemos proliferar alguma coisa.
Proliferar significa produzir proles.
Portanto, é correto dizer e escrever, Os mosquitos proliferam.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

A poupança dos escravos

Os escravos brasileiros foram os primeiros a fazer poupança para conseguirem sua alforria. A caderneta de poupança sempre foi um meio preferido pelos brasileiros para guardar as suas economias. Com a aquiescência do Governo Imperial os cativos puderam, a partir da promulgação da Lei do Ventre Livre, em 1871, abrir um pecúlio na Caixa Econômica Federal.
No momento encontram-se arquivadas apenas 85 cadernetas desse tipo. Essa escassez é um efeito direto da ação do primeiro ministro da fazenda da era republicana, Rui Barbosa, que em 1890, dois anos após a abolição ordenou que se recolhessem os documentos da escravatura em órgãos de sua pasta para serem queimados. Estão no museu da Caixa, em Brasília.
Alguns casos:
  • Primeiro caso - Caderneta de Elvira. Foi aberta em Cuiabá. Pertencia a uma escrava de João Serqueira Caldas. Ela inaugurou o seu pecúlio com 50 mil réis, fez vários depósitos até juntar 642 mil e 100 em 1884, quando encerrou a conta para comprar a carta de alforria.
  • Segundo caso - A parda Leocádia, escrava do capitão Miguel Ângelo de Oliveira Pinto abriu o pecúlio em Cuiabá no ano de 1876, com 50 mil réis. Sacou o dinheiro que tinha em 1880 tendo rendido 61 mil réis.
  • Terceiro caso - A caderneta do escravo de nação Augusto. Abriu com 1 mil réis e conseguiu juntar apenas pouco mais de 4 mil réis. Não conseguiu comprar sua liberdade.
  • Alguns senhores de escravos procuraram tirar vantagem da situação. Um deles foi o Tenente José da Silva Rondom, de Cuiabá. Ele incentivou a escrava Joana a iniciar o pecúlio em 1884 até 1887. Ela conseguiu amealhar 600 mil réis que entregou a Rondom em troca da liberdade. Se tivesse esperado mais um pouco, Joana não teria o prejuízo, porque menos de um ano depois a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, no dia 13 de maio de 1888.

O vice-presidente da República no Senado

A figura do vice-presidente no Brasil, nos moldes do que existe hoje - sem função e resignado a esperar o momento de assumir interinamente a presidência como substituto eventual ou em caso de vacância - só surgiu depois de 1964. Até a Constituição de 1946, o vice-presidente também presidia o Senado Federal como no modelo americano.
Em 1961, o cargo de vice chegou a ser extinto com a instituição do sistema parlamentarista de governo. A função só foi restaurada em 1963, mas o titular da pasta perdeu a prerrogativa de presidir o Senado. Até então, no entanto, os candidatos a presidente e a vice eram votados separadamente. O último presidente eleito dessa forma foi João Goulart (Jango) candidato na chapa do Marechal Henrique Teixeira Lott, na coligação PSD/PTB.
Lott foi derrotado por Jânio Quadros, mas Jango ganhou a vice-presidência numa improvisada e informal chapa Jan/Jan. O candidato a vice registrado com Jânio, mas não foi eleito foi o ex-governador de Minas Gerais, Milton Campos.
Atualmente o vice-presidente, o vice-governador e o vice-prefeito são eleitos em uma mesma eleição com o titular da chapa.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

As fobias

Fobias, designações genéricas das diferentes espécies de medo mórbido.
Vejamos:
Acrofobia, medo mórbido de altura.
Aerofobia, medo do ar.
Agorafobia, medo de lugares públicos.
Basiofobia, medo de cair, principalmente de lugares elevados.
Biofobia, horror mórbido à vida ou existência.
Blutofobia, medo de tomar banho.
Botanofobia, medo das plantas.
Bromidrosefobia, medo de odores corporais com percepções ilusórias quanto a elas.
Cinofobia, medo de cães.
Claustrofobia, fobia a lugares fechados.
Cleptofobia, medo mórbido de não pagar o que se deve ou de pagar com dinheiro falso.
Cronofobia, medo do tempo.
Dorafobia, medo patológico de pelo animal.
Emetofobia, fobia a vômito.
Ereutofobia, medo de enrubescer em presença de outrem.
Ergofobia, aversão ao trabalho.
Gatofobia, fobia a gatos.
Galiofobia, horror à França.
Hematofobia, horror à sangue.
Hidrofobia, horror à água.
Iofobia, medo de veneno.
Lalofobia, medo de falar (gagueira).
Lusofobia, horror aos portugueses.
Maieusofobia, medo mórbido de parto.
Monofobia, horror à solidão.
Necrofobia, fobia à morte e aos mortos.
Neofobia, aversão a invenções, descobrimentos, a progressos, a tudo que é novo.
Nictofobia, medo doentio da noite.
Pacnofobia, medo patológico da neve,
Pantofobia, fobia completa, medo de tudo.
Pirofobia, medo do fogo.
Psicrofobia, medo exagerado ao frio.
Tafofobia, medo de ser enterrado vivo.
Tanatofobia, horror à morte (horror à idéia de morrer).
Teratofobia, fobia aos monstros.
Xenofobia, aversão às pessoas e coisas estrangeiras.
Zoofobia, medo de animais.

Alguns milionários da televisão brasileira

  • Acredita-se que na liderança ainda continua sendo o apresentador Gugu liberato. Em seguida o cantor Roberto Carlos, A Xuxa, Jô Soares, Fausto Silva, Tom Cavalcante, Fábio Júnior e Miguel Falabela. Os que ultrapassam a casa de um milhão, como o cantor Roberto Carlos, por exemplo, a soma se deve à venda de discos e realização de shows. O rei também é dono de inúmeras empresas inclusive de revendedoras de veículos. Não mencionamos os valores com exatidão porque por conta do agendamento de inúmeros eventos e apresentações cumpridos por cada um deles, há uma variação de valores.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Superlativo Sintético dos adjetivos terminados em "IO"

Todo adjetivo terminado em "IO" forma o superlativo sintético com dois (ii). Com exceção se o"IO" vier antecedido da vogal "E"


Exemplos
Só com um i
  • Cheio - cheíssimo
  • Feio - feíssimo

Com dois ii

  • Sério - seriíssimo
  • Primário - primariíssimo
  • Necessário - necessariíssimo

O outro brinquedo assassino

É comum no período das férias escolares crianças e jovens brincarem com pipas. Mas é preciso a conscientização de que não se deve usar o cerol. Os pais e responsáveis devem redobrar a fiscalização porque muitos acidentes vêm acontecendo ao longo do tempo ao ponto de as autoridades de segurança de algumas regiões proibirem terminantemente o uso desse brinquedo. Como ninguém aqui do Ceará tomou qualquer atitude, é preciso que os motoqueiros e ciclistas, principlamente, tomem o máximo cuidado.

sábado, 11 de julho de 2009

PROMETEU E OS CRIMES DE ACORRENTAMENTO

Seguindo a trilha da Teogonia nos deparamos com a lendária história do titã Prometeu, filho de Jápeto, da ninfa dos mares, Climena; e irmão de Atlas. Ele foi severamente punido pela indignação de Zeus (na Mitologia grega), Júpiter (na Mitologia romana), depois de ser ordenado a fabricar a humanidade de barro e água. O plano do deus dos deuses era deixar os homens na animalidade e substituí-los por outra espécie que seria obra de sua criação. Porém, Prometeu se apiedando dos homens, num ato de bravura e coragem, desobedece ao deus, rouba o fogo celeste e os oferece, presenteando-os com o dom da razão e da ciência.
A lenda conta ainda que Zeus impede a fomentação da raça humana, sem sucesso, e, por isso sentencia que acorrentem Prometeu a um rochedo, onde voraz ave de rapina, provavelmente um abutre, lhe bicava o fígado. O órgão era roído de dia e se recomporia à noite. Os crimes de acorrentamento são lendários e seculares ao longo da história e ainda hoje acontecem. De quando em vez a imprensa noticia casos de agressões e violência doméstica, tendo como arma pesadas correntes a fim de imobilizarem a vítima mantendo-a em cárcere privado
Estabelecendo um paralelo sobre a lenda de Prometeu e os acontecimentos de agora, Zeus usou como prerrogativa o poder divino o senso de justiça como retaliação. Ao que tudo indica, Ele não agiu arbitrariamente porque era superior a tudo e a todos, inclusive a Prometeu que o havia desafiado. Afinal tratava-se do deus dos deuses, portanto, "a priori" não houve crime pelas leis dos homens. No entanto, os acorrentamentos de agora precisam ser literalmente punidos na prevalência do artigo 129 do Código Penal Brasileiro que prevê rigor por lesão corporal de natureza grave e tortura.
Quanto a Prometeu, não conseguimos detectar se Zeus o perdoou, mas o seu final foi feliz. O gigante Hércules apareceu heroicamente e sua defesa, o libertou e exterminou a ave de rapina.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Orientações gramaticais

  • Grátis?
  • Gratuito?
  • De graça?
  • grátis (é um advérbio) - tem o sentido de gratuitamente, de graça... e só deve ser usado para modificar um verbo.

Exemplos: Receba grátis em sua casa.

Estacione aqui, grátis.

Policiais entram, grátis, em sala de espetáculo.

gratuito (é um adjetivo) - e deve ser usado para modificar um substantivo.

significa feito ou dado de graça ou espontaneamente.

Exemplos: Entrada gratuita

Ensino gratuito

Estacionamento gratuito

O Evangelho de Judas Iscariotes

A Profecia: "Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: um virgem conceberá e dará à luz um filho, e chamará Emanuel" (Is 7,14). Nos relatos dos evangelistas Mateus, Marcos, Lucas e João, textos considerados canônicos (livros de inspiração divina que contêm normas de fé) muitos estudiosos têm-se debruçado na tentativa de elucidar através de investigações mais consistentes o que há de dúvidas sobre a vida de Jesus. Estudos bíblicos recentes vêm submetendo tais textos a uma criteriosa releitura, além da significativa contribuição de modernos recursos da Arqueologia e da Antropologia. Todos esses elementos municiarão, ao longo da História, o que há por trás de pontos e contrapontos que inquietam leigos e até exegéticos. Os paradoxos são notáveis desde as narrativas do nascimento, da sua relação com a sociedade, com os apóstolos, inclusive Judas, e com a própria família que, por uma análise bem minuciosa, detecta-se que não foi muito amistosa. "Quando os seus souberam, saíram para reter; diziam: Ele está fora de si." (Mc 3,21). No que se refere ao nascimento, Mateus declara que quem recebe o aviso é José (1, 20-22), Já em Lucas o anjo anuncia a Maria (1, 31-34). Outro trecho narrado em desacordo é com relação à sua profissão. Em Marcos, é ele o carpinteiro: "De onde lhe vem tudo isso? (...) Não é este o carpinteiro, o filho de Maria?" (6,3-4). Em Mateus, no mesmo episódio, o carpinteiro é José: "Não é ele o filho do carpinteiro?" (13,55). Em Mateus, o menino recém-nascido é visitado por reis magos (2,1). A tradição popular diz que foram reis. Não se sabe. Deveriam ser sábios, astrônomos ou astrólogos. Já em Lucas quem o visita são os pastores (2, 15).
Se levarmos em consideração o enigmático, o obscuro, o que há de misterioso em relação a Jesus, a curiosidade avança ao sabermos que muito mais ele fez perante seus discípulos e que não ficou registrado para a memória perpétua de futuras gerações. "Muitas outras coisas fez Jesus na presença dos seus discípulos, e que se fossem escritas uma por uma, creio que o mundo não poderia conter os livros que se escreveriam." (Jo 30 -31).
Os livros apócrifos não são considerados (pela igreja) inspirados por Deus. Em contrapartida encontram certa autoridade para explicar algumas passagens bíblicas, mesmo acusados de heresia. O impasse continua até com relação aos canônicos, em virtude de terem sido escritos a uma distância de quarenta e setenta anos da morte do Mestre por autores que possivelmente não foram testemunhas de primeira mão, de sua vida. Tudo isso focalizado por um perfil histórico, inquieta os adeptos, mas se a abordagem for teologica, a fé é predominante.
Sobre o Evangelho de Judas, um manuscrito encadernado em couro, de vinte e seis páginas de papiro, escrito em dialeto egípcio copta. Acredita-se que tenha sido copiado por volta do ano 300 d. C. no deserto de El-Miniya. É importante portanto apreciarmos a importância das ações do bispo Irineu de Lyon (130 - 202 d. C.) que escreveu a obra "Contra as Heresias" por volta do ano 180, na qual ele critica a essência do gnosticismo. Os gnósticos acreditavam que o mundo material e o corpo humano tinham sido criados por divindades inferiores e malévolas e achavam que só a busca da sabedoria esotérica ajudaria a libertar alguns poucos eleitos da escravidão do corpo. Uma das doutrinas de uma certa seita de gnósticos adotada por Maomé defende a tese de que Jesus era um simples homem, e que o filho de Deus desceu sobre ele no batismo e o abandonou durante a Paixão.
Não encontramos nenhum relato nos livros canônicos que não refutem as atitudes de Judas. Jesus foi bem claro ao asseverar na última ceia. "Ai daquele por quem será entregue. Melhor fora que tal homem não tivesse nascido." (Mt 26,24). Outros que não foram poupados da concupiscência do pecado foram os superiores de Pilatos no seguinte diálogo: "Não sabes que tenho poder para te soltar e para te crucificar? - e Jesus responde: "Não terias poder algum sobre mim, se de cima não te fora dado. Por isso, quem me entrega a ti tem pecado maior." (Jo 19,10-11).
Judas pertencia a um grupo de fariseus chamado zelotas e a origem do seu nome é muito obscura. Acredita-se que Iscariotes pode siginificar que ele fosse de Kariot (Mt 10,4), foco da ação zelota, ou viria da expressão aramaica Isk kariot, que quer dizer "O homem que leva o punhal". "Judas subordinou a sua liberdade pela volúpia do ter e ter muito." (Francisco Lima, Judas: Inocente ou culpado? Jornal O POVO, 1989: pág. 06).
Com base no Evangelho de Judas, uma produção apócrifa, ele recebeu instruções secretas de Cristo e a ordem para traí-lo. "Mas a todos excederás e sacrificarás o homem que me veste." O teor da frase justifica a essência gnosticista. Para eles era uma indginação considerar que o filho de Deus houvesse nascido, ter sido criança e, sobretudo ter morrido na cruz. Tudo que a acoteceu foi com o homem Jesus e não com o Divino filho de Deus. Seguindo o pensamento de estudiosos do gnosticismo, é a traição que permitirá que Jesus se liberte do seu lado mortal e realize sua missão. Permanecemos então na dissonância dos conteúdos dos textos, porque são sacramentados documentos de contextos divergentes e suceptíveis de fecundos e eternos estudos e questionamentos.

Boletim de rádio

O Governo Federal está avançando na luta contra o crack. Uma das estratégias de tratamento dos usuários é a ampliação do número de CAPSad nos estados e municípios. Hoje, a Rede de Assistência do SUS conta com 1.700 unidades em todo o país e até 2014 serão mais 175.

Para essa informação alcançar um número significativo de pessoas, o Ministério da Saúde disponibiliza áudio, em MP3, com as principais informações sobre o Plano Integrado de Enfrentamento ao uso de Crack e outras Drogas. Sua participação como multiplicador é essencial. Solicitamos que ouça e veicule gratuitamente em sua rádio o flash: clique e baixe o áudio.