MÃO PRA LÁ, MÃO PRA CÁ...

                                 

   Nunca se vê em outros tempos um desvairado festival de mãos dadas como no  período  eleitoral. É mão pra lá, mão pra cá... a disputa é acirrada. Nessas horas o político desce do alto da sua soberania e sai a procura de qualquer pessoa e em qualquer lugar execrado  pelo seu preconceito, prometendo fidelidade a fim de não perder o emprego. Emprego sim!  porque o salário é astronômico, tem direitos garantidos e até aposentadoria compulsória assegurada para o resto da vida.  Por esse motivo, vale aqui a frase "Se  Maomé não vai a  montanha, vai  a montanha a Maomé."  Na tradução podemos dizer que o eleitorado vem a cada dia se desinludindo e não vê mais sentido ir a procura daquele que tem em si seus interesses escusos. Muitos se apropriam da desonestidade e fazem mau uso do dinheiro público, promovendo a maior roubalheira. Tudo isso é obvio, todo mundo sabe, todavia é sempre oportuno bater na mesma tecla e insistir para que todos saibam da importância do voto. É bom saber que "um voto"  pode decidir uma candidatura. Quem não sabe disso precisa amadurecer a sua consciência política, porque a desgraça de quem não gosta de política é ser governado por quem gosta de política.  Não se encontra político somente dentro dos parlamentos, não. Todos temos nas nossas entranhas a essência da política a partir do momento em que somos gerados e convivemos nove meses protegidos pelo líquido amniótico no útero de nossa mãe. A partir dali, nasceu mais um ser  político, porque já se encontra apto a reivindicar por tudo que tem  direito. O primeiro direito adquirido e garantido para o nascituro é a alimentação e  quando bebê, também a proteção, o carinho, e  a educação.  Daí depreendermos que política é ação. "É uma convivência com a própria natureza humana." (Bertold Brecht). Ao contrário do analfabeto político que vaidosamente alienado,  diz que odeia política, mas não se apercebe que,  da sua ignorância política nascem as mazelas sociais e o pior vigarista corrupto e explorador do povo. Diante dessa análise, só nos resta esperar que você, eleitor ou eleitora faça uma reflexão, usando o senso de justiça e saiba aplicar bem o  seu tão precioso voto.