sexta-feira, 31 de agosto de 2012

AS CPIs


  Instrumento jurídico totalmente a contento com os anseios do povo porque trata-se de uma forma de interação na apuração dos escândalos e irregularidades cometidos dentro dos parlamentos. É um procedimento extremamente necessário porque elucida qualquer dúvida e tranquiliza o eleitorado na desenvoltura e reputação histórica dessas casas legislativas e dos seus integrantes, caracterizando assim, a essência da democracia. O episódio ocorrido na Câmara Municipal de Fortaleza, envolvendo alguns vereadores que resolveram se engalfinhar em plena efervescência da campanha eleitoral, coloca em questionamento o que prevê o regimento desses procedimentos. Que a ordem cronológica deva prevalecer porque faz parte do disciplinamento, isso é correto. Que as questões prioritárias sejam evidenciadas, também.  Todavia, apuração de fatos que sejam agravantes para o decoro e que prejudiquem a população carente,   como foi o caso do Bolsa Família, devem ser amparados por algum subsídio desse regulamento para tratarem urgentemente do caso. Que dá uma trabalheira, todos nós sabemos, porque as normas de instrução devem ser  cumpridas criteriosamente, tais como, a protocolação do requerimento pela mesa diretora, as datas, os prazos, a publicação no Diário Oficial para a realização da escolha do presidente, discussões para análise, as investigações etc. Mas, aí está o desafio para cada parlamentar em busca da transparência, tanto na eficiência (dando adeus para a preguiça e para o marasmo) como no trato da reputação que deve ser ilibada e longe da ficha suja. Esse último sim, tem colocado o eleitor com as barbas de molho porque a realidade está posta. Poucos políticos se preocupam em agradar aquele fiel eleitor que supera qualquer obstáculo para vestir a sua camisa. No caso específico da Câmara Municipal de Fortaleza, não estou aqui fazendo nenhum julgamento leviano pelas atitudes e os ânimos esquentados, e como jornalista, acredito, sinceramente nas boas intenções e desenvoltura de cada um no trato com a questão. A minha sugestão é com relação ao bendito regimento que deve ser maleável e abrir precedentes nas questões necessárias, ou seja,  aquelas em que figuram interesses das pessoas necessitadas e que tanto apostam em satisfazer suas precariedades como, moradia, saneamento, educação e principalmente a saúde e o recebimento dos benefícios sociais, que são deles, de fato e de direito,  e não podem ser surrupiados por ninguém, notadamente por quem ganha "os tubos de dinheiro". E, é preciso urgentemente colocar em pauta um estudo sério na reestruturação  de um comissão  de ética a fim de viabilizar a decência e consequentemente evitar tais constrangimentos que, só  decepcionam a população e fazem fortalecer a descredibilidade.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

A sabedoria


  "O Senhor disse a Salomão: vou fazer o teu desejo; dou-te um coração tão sábio e inteligente, como nunca houve outro igual antes de ti e nem haverá depois de ti." (I Reis 3, 12)
    Tomando como gancho a sabedoria salomônica, podemos começar dizendo que há duas vertentes para decodificar a sabedoria. O primeiro ponto é, que trata-se de uma leitura interpretativa de mundo. Isso pode ser fundamentado através das experiências adquiridas ao longo da vida, onde, inevitavelmente damos enfoque ao avanço da maturidade que se manifesta cotidianamente. Muitas  vezes precisamos nos valer da coerência a fim de enaltecer  algumas pessoas que, de uma forma sazonal, se destacam na facilidade verbal de decidir, de aconselhar, de argumentar e de encontrar soluções imediatas e sólidas para os problemas da vida. O que fica  evidenciado aqui é o descompasso ou lentidão na prática  do "raciocinar", qualidade intrínseca e inata de alguns indivíduos, que não encontra efetiva sustentação nas terapias pedagógicas. Até aqui fica esclarecido que todos nós, de qualquer lugar do planeta, caminhamos lado a lado com a aprendizagem empírica, aquela adquirida de fora para dentro e que é oriunda das primeiras lições familiares, dos costumes  e da cultura. A segunda vertente vem dos ensinamentos assimilados na escola, que se apresentam de uma maneira mais formal e nos proporcionam um convívio harmônico com o contexto social, porque norteiam as noções de  cidadania, dando destaque para os conhecimentos acadêmicos e, por fim a intelectualidade, através do uso habitual da leitura.


quarta-feira, 29 de agosto de 2012

A Justiça, o Direito e a Crítica


                       

   Fazendo uma breve panorâmica pelas culturas primitivas podemos depreender que  o senso  de Justiça sempre foi atributo das divindades, significando sacralidade porque na essência representava a mais perfeita proporção e infinita harmonia de uma vontade única e universal. A postura da Justiça é objetiva e a acessibilidade ao Direito é subjetiva e inalienável, ou seja, não transita na contramão. Por exemplo, há várias formas para a aquisição de um imóvel. Pode ser por compra, por usucapião, por doação ou por herança. Se houver legalidade nessa ação, a Justiça se manifesta a fim de nortear o equilíbrio entre as partes. O Direito Tributário promove ao contribuinte uma compensação com serviços públicos prestados tais como, atendimento médico, medicamentos para os pacientes, manutenção das estradas, escolas de qualidade além da segurança pública etc. E, poucos sabem mas se houver qualquer irregularidade ou negligência na condução  desse acordo, a Justiça pode ser acionada. O que podemos evidenciar, por uma visão teogônica, é que a justiça seria a rainha de todas as virtudes, dando vida assim, a uma espécie de "pacto nupcial". Tudo isso serve de embasamento mítico dando estruturação para a Ética e a Axiologia. No percurso da factualidade da vida, a História Universal promove uma ampla abordagem sobre a temática, fazendo riquíssimas comparações entre as teorias filosóficas, todavia é notável a presença de diversificadas conceituações como forma de concretizar a interioridade  da consciência. Pragmaticamente falando, vivemos cotidianamente  envoltos em causas judiciais, direta ou indiretamente, tendo em vista que o homem é o sujeito do Direito. E, somente esse homem supera a todos os animais irracionais diante desse precioso bem que, quando não bem policiado, desajusta todo o sistema social.  A compreensão direta do indivíduo comum sobre a Justiça é laicamente restrita, mas é importante que cada pessoa saiba que existe dentro de nós um "Juiz interior" e que "Cometer uma injustiça é pior do que padecê-la." (Demócrito) e o estado criminal não se sobrepõe ao estado de direito. E lembre-se, julgar não é criticar. O julgamento é impessoal, indevassável e questionável se a decisão  for susceptível de causar à parte lesão grave  e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação e nos relativos aos efeitos em que a apelação é recebida. Nesses casos, será cabível o agravo de instrumento, que é interposto diretamente no tribunal, com um instrumento (CPC, art. 524 e 525). Já a crítica tende à maleabilidade em virtude de se municiar de elementos fundamentalmente emocionais e, às vezes preconceituosos. O que está em jogo na crítica é o passionalismo, não prevalecendo tão somente o senso de justiça que direciona o direito positivo. A atitude de julgar é irreversível, e a crítica é circunstancial e volúvel.

sábado, 25 de agosto de 2012

A maturidade e a decência


   Começo esta matéria mencionando a célebre frase do ex-Chanceler Edson Queiroz, fundador da Universidade de Fortaleza que dizia: "Se algum dia vocês forem surpreendidos pela injustiça e pela ingratidão, não deixem de crer na vida, de engrandecê-la pela decência e de construí-la pelo trabalho." Esse comovente conteúdo nos fortalece e as lições vêm varando gerações e gerações. É bem verdade que instituições como a escola, a igreja e, principalmente,  a família,  precisam se genuflexar diante  da essência de cada uma dessas palavras e dar enfoque à identificação da decência como virtude exponencial para se distanciar de uma vida nebulosa, devendo motivar  o uso minucioso da consciência, porque ao focarmos de um ângulo privilegiado, é  possível verificarmos um majestoso binômio "maturidade e decência", sendo que a maturidade vem sendo adquirida quando "...partimos no verdor dos anos da vida pela estrada florescente..." (Pe. Antônio Tomás). Por outro viés, o distanciamento dessas virtudes radiografa a conduta fútil, a periculosidade no caráter e o nocivo avanço dos sete pecados capitais que levam o indivíduo a se desumanizar e, em conluiu com o nefasto, arquitetar rotineiras conspirações contra o  outrem. Episódios quase que cinematográficos, dando ênfase à inconscientização na decência, infelizmente são poderosamente  sórdidos, todavia cabe a cada justo se apegar à sua fé a fim de permanecer bem longe de quem vive a praticar o mal e aplicando incorretamente a decência.

O Quinze de Rachel de Queiroz


    Sucedendo o romance Luzia Homem que fora publicado em 1903 por Domingos Olímpio, O Quinze retoma a temática das grandes  secas que castigam a Região Nordeste, principalmente a ocorrida no Ceará em 1915; e denuncia um Brasil culturalmente inexistente. Rachel explora o lado sociológico dando destaque também para uma análise psicológica de algumas personagens. A narrativa, na modalidade heterodiegética, é  extraída das memórias da autora quando a mesma tinha apenas cinco anos e nunca esquecera as lembranças mais pungentes do sofrimento que este flagelo trouxe para o sertanejo, passando tudo isso para o papel nas caladas da noite, sob a luz da lamparina. Concebendo assim, um livro com dois intuitos, descrever minuciosamente  os castigos da estiagem como também os conflitos íntimos de seus personagens, a fim de levar o leitor a perceber as incertezas e riquesas presentes na alma de todo ser humano quando submetido a provações. O núcleo dramático da obra que representa o retirante, é a marcha penosa e trágica da família de Chico Bento, que são forçados a abandonar a fazenda em que trabalhavam e partem em direção ao norte, presenciando no caminho a morte e a fuga dos filhos, e o drama da impossibilidade de comunicação afetiva entre Conceição e Vicente. O livro  foi publicado em 1930 pela Tipografia Minerva em Fortaleza e a partir de então a autora ficou conhecida nacionalmente. Diante da dissecação desse sintético conteúdo, quero propor a você, querido internauta, a leitura dessa obra porque só assim você matará a sua curiosidade pelo desfecho final da trama.
   

DIA NACIONAL DO FOLCLORE


     No último dia 22 de agosto comemorou-se o dia nacional do folclore, expressão de origem inglesa, criada pelo arqueólogo inglês Willian John Thoms, sob o pseudônimo  de Ambrose Merton que , em 1846 dirigiu uma carta à revista "The Athenaeum" de Londres, pedindo apoio para a realização de um inquérito sobre usos, tradições, canções e lendas das diversas regiões da Inglaterra. Folck = povo; lore = saber, que significa "Ciência do Povo." Portanto, Folclore é o conjunto das tradições e crenças de um povo. São lendas, músicas, danças, costumes, adivinhações, provérbios, crendices, jogos, poesias e demais práticas populares que nasceram e se desenvolveram popularmente. O primeiro folclorista brasileiro foi Sílvio Romero que publicou no século XIX uma coletânea de contos e poesias populares e nacionais. Infelizmente com o fim das aulas de Educação Artística, pouco se tem dado importância à aplicação peculiar desses conteúdos que, certamente mobilizavam a comunidade escolar na difusão  específica dessa efeméride. Atualmente o calendário se limita apenas à execução de "uma semana cultural" que propõe uma mera sinopse de todo o cronograma anual, esquecendo que esses conteúdos devem ser explorados individualmente, a fim de ficarem fixados na memória de cada discente e servirem de base para o lúdico incentivo à pesquisa. Não me refiro àquela pesquisa enganosa, dissimulada, comprada em botequins (como se fosse uma dose de cachaça) e não oferece nenhuma base de sustentação para os conhecimentos. Quem discordar de mim, é só perguntar a qualquer aluno daqui a dois meses, qual e o dia do folclore, para ver se ele lembra!


quinta-feira, 23 de agosto de 2012

A Dialética


                             
   Ponto culminante na filosofia alemã, Hegel (1770-1831) de posse de critérios metafísicos, faz forte alusão na tentativa de decodificar semelhanças entre real e racional, lógica e absoluto. Essa atitude tem o intuito de dar suporte a um processo sequencial que norteia a tese a antítese e a síntese. Para fins filosóficos, o questionamento fica onipresente entre o sim e o não, todavia se decifrarmos por outro viés, é humanamente possível darmos vida a essa esquematização  linear que posiciona a dialética no contexto prático da vida. Deixando de lado a ideia de que somos indiretamente encaminhados à atitude do filosofar porque necessitamos sistematicamente de uma íntima relação com a argumentação em busca da razão, basta uma simples e interativa troca de ideias entre grupos para se apresentarem nitidamente a tese, a antítese e a síntese. Em uma simples conversa entre pai e filho, numa pequena negociação entre comerciante e cliente, essa trilogia é inevitável, pois esse processo faz parte natural da comunicação humana. O profundo envolvimento de Hegel com o assunto é de caráter restrito e só dá vazão aos estudiosos da temática, deixando o leigo apenas na órbita do pragmatismo. O que fica criteriosamente evidenciado  é que a conclusão final da dialética ou "ideia absoluta" se acode da mera força da lógica, dando o indicativo de que nada pode realmente ser verdadeiro, a menos que se refira à realidade como um todo.

Os planos econômicos do Brasil, a partir de 1986*





O Plano Cruzado
Pelo decreto-lei 2.283, de 28 de fevereiro de 1986, consolidado pelo decreto-lei 2.284, de 10 de março de 1986, a unidade do sistema monetário brasileiro passou a se chamar cruzado (Cz$); nessa transformação, o cruzeiro correspondia a um milésimo do cruzado. As obrigações reajustáveis do Tesouro Nacional foram substituídas por Obrigações do Tesouro Nacional (OTNs) sem correção.

O Plano Cruzado Novo ou Plano Verão
O Decreto-lei 7.730, de 31 de janeiro de 1989, substituiu o cruzado pelo cruzado novo (NCz$); o cruzado passou a corresponder a um milésimo do cruzado novo. As Obrigações do Tesouro Nacional foram substituídas pelo Bônus do  Tesouro Nacional (BTN).

Plano Collor
A Lei 8.024, de 12 de abril de 1990, instituiu o cruzeiro (Cr$) como moeda nacional, sendo um cruzeiro correspondente a um cruzado novo. O BTN foi mantido.

O Plano Real
A Primeiro de agosto de de 1993, foi criada uma nova moeda, o cruzeiro real (CR$), para substituir o cruzeiro. Um cruzeiro real correspondendo a mil cruzeiros:
CR$ 1,00 = CR$ 1.000,00
Essa moeda teve apenas 11 de meses de vida (a vida mais curta de todas as moedas). Em 28 de fevereiro de 1994, por meio de medida provisória, foi criada a URV (Unidade Real de Valor). A MP foi reeditada duas vezes, sendo aprovada somente em março.Virou lei sob o número 8.880, publicada no Diário Oficial da União de 28 de maio de 1994.
 Os valores diários da URV foram corrigidos tendo como base os índices: IGP-M (Fundação Getúlio Vargas) , IPC (da Fipe) e IPVA Especial (de responsabilidade do IBGE).
A partir de primeiro de julho de 1994 a URV deixou de existir com essa denominação, passando a se chamar real (R$).
A transformação de cruzeiros reais para a nova moeda é dada por:
CR$ 2.750,00    = 1 URV    = R$ 1,00
(*) - Fonte: Correção Monetária. Planos Econômicos.Câmbio, Cap. 7, página 75.







quarta-feira, 22 de agosto de 2012

A Ética e as competências


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Diante de uma vida cheia de contratempos e de um competitivo mercado de trabalho que filtra inflexivelmente as aptidões e as habilidades de cada profissional, na tentativa de justificar o crescimento da produção através da qualificação operacional, o termo "competência" tem sido presença viva na condução de estratégias e objetivos. A primeira ideia de conceitução nos vem através dos dicionaristas, que são unâmimes em afirmar que trata-se da capacidade de resolver certos assuntos com idoneidade. Outros enaltecem as habilidades. Como essas sinonimizações são diversificadamente apreciadas, podemos depreender que competência é, acima de tudo, desprendimento pela causa e superação dos desafios. Não podemos aqui, oferecer espaço para a vaidade como gancho na finalização dos resultados alcançados. O competente é aquele indivíduo que se municia da humildade e da ética como equipamentos prioritários a um convívio harmônico e
 salutar, a fim de alavancar o cooperativismo funcional. Para isso a bravura, a sabedoria e os conhecimentos pragmáticos devem servir de sustentáculos básicos para deixar fluir o nível de consciência e, consequentemente o equilíbrio na razão. Nesse cenário deve-se repudiar a atuação do pedante. Aquele elemento que se prevalece das coincidências dos bons resultados e do sucesso alcançado, sai por aí a se achar o "tal" e, ao mesmo tempo se ocupando em tecer críticas aos companheiros. Conclusão: Um dos ingredientes preponderantes para o engrandecimento das competências são os princípios éticos que, na falta, são insustentavelmente agressivos ao nosso cotidiano. O indivíduo "mau caráter" insiste em se inserir sorrateiramente entre as pessoas de boa índole, todavia é aconselhável manter quilométrica distância em prol da conservação da paz e da harmonia.

O sofrimento e a glória




Não temos nenhuma motivação em argumentar sobre a asserção de que a morte é o desfecho da dor e do sofrimento porque, em vida, somos agraciados pela existência da superação. Para aceitar tais teorias precisamos nos municiar de conteúdos estritamente transcendentais. Porém a realidade nos remete a momentos aflitivos pela perda irreparável e o sentimento de saudade que nos acompanhará eternamente. Se a morte é o fim e o pós-morte cheio de triunfos, esse mistério é profundamente metafísico. Só nos resta a inércia e aceitação. "porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós" (Rm: 8,18) Muitos se acodem, também, da teoria exotérica na tentaviva de elucidar tais incertezas. Mas, por que sofremos por conta da perda, das injustiças e da ingratidão? somos inevitavelmente, vítimas da dor sem precedentes, principalmente quando almejamos o conforto e o "bem-estar", e promovemos rotineiros embates contra os desígnios da natureza. Daí se chegar à conclusão de que somos severamente retaliados pela concupiscência do pecado. Essa temática vem à tona porque nada se pode fazer para evitar sofrimentos e dores. Ficamos visivelmente debilitados e somos obrigados a esperar pacientemente que tudo isso passe sem causar mais estragos ao nosso eu. Nesse momento uns se tornam acuados e inapetentes do alimento da fé divina e outros procuram se agasalhar em uma perseverança que dá um exagerado fortalecimento ao fanatismo. E, ao mergulharmos nesse oceano de águas turvas e revoltas, nada mais nos traquiliza do que a luta diária e aguerrida que nos conduz à vitória e à bravura pela força da resignação. E como consolo, vale aqui o aforismo do grande poeta Fernando Pessoa: "Esperar pelo melhor e preparar-se para o pior: eis a regra."

domingo, 19 de agosto de 2012

O PRAZO DE CADASTRO NO SPC E SERASA


                                 

Cuidado!
Embora o Novo Código Civil tenha trazido novos prazos para a prescrição do direito de cobrança de dívidas, a Justiça ainda segue a regra dos 5 anos para retirar o nome da lista negra do SPC ou do SERASA, de acordo com o que prevê o artigo 206, § 5º, que o direito de cobrança de dívidas prescreve em 5 anos e, não em 3. Já o Superior Tribunal de Justiça decidiu por esse mesmo prazo, confirmando o tempo previsto no Código de Defesa do Consumidor ” Art. 43. O consumidor, sem prejuízo do disposto no art. 86, terá acesso às informações existentes em cadastros, fichas, registros e dados pessoais e de consumo arquivados sobre ele, bem como sobre as suas respectivas fontes.
"§ 1° Os cadastros e dados de consumidores devem ser objetivos, claros, verdadeiros e em linguagem de fácil compreensão, não podendo conter informações negativas referentes a período superior a cinco anos."

O parágrafo 5º do mesmo artigo também fala que se estiver prescrito o direito de cobrança da dívida não podem ser fornecidas informações negativas pelos cadastros de restrição ao crédito. Vejamos:
“§ 5° Consumada a prescrição relativa à cobrança de débitos do consumidor, não serão fornecidas, pelos respectivos Sistemas de Proteção ao Crédito, quaisquer informações que possam impedir ou dificultar novo acesso ao crédito junto aos fornecedores.”
Portanto, fique atento! Se você tinha uma dívida com uma pessoa ou empresa, mesmo que ela seja “vendida” ou “cedida” várias vezes para outras pessoas ou empresas, o prazo de 5 anos para a prescrição do direito de cobrança da dívida e também o prazo para manutenção do cadastro de seu nome em órgãos de restrição ao crédito como SPC, SERASA ou de registros de protestos em cartórios só conta uma única vez e começa a contar na data em que você deixou de pagar a dívida.

Raul Seixas, o maluco beleza




  No próximo dia 21 de agosto é dia de lembrar a morte de um dos pioneiros do rock brasileiro, Raul Santos Seixas. Ele nasceu em Salvador em 28 de junho de 1945 e também foi produtor musical da CBS durante sua estada no Rio de Janeiro. Por vezes foi chamado o "Pai do Rock Brasileiro " e "Maluco Beleza". Em seus 26 anos de carreira produziu 21 discos conseguindo unir os estilos  musicais rock e baião. Seu álbum de estreia intitulado Raulzito e os Panteras foi produzido em 1968 quando  ele integrava o grupo Os Panteras, todavia, só ganhou notoriedade crítica e de público em 1973 com as músicas de Krig-ha. Bandolo! Ouro de Tolo, Mosca na Sopa e Metamorfose Ambulante. Com um estilo que o caracterizou de contestador e místico em 1974 grava Sociedade Alternativa, influenciado por figuras como Aleister Crowley. Figurou na décima nona posição na lista dos cem maiores artistas brasileiros, da revista Rolling Stone em 0utubro de 2008, encabeçando nomes como Milton Nascimento, Maria Bethânia, Heitor Villa-Lobos e outros. Nascido de uma família de classe média que vivia na Avenida Sete de Setembro em Salvador, filho de Raul Varella Seixas, um engenheiro da Estrada de Ferro e de Maria Eugênia Santos Seixas. As 50 apresentações pelo Brasil resultaram naquele que seria o último disco lançado em vida por Raul Seixas. O disco foi intitulado de A Panela do Diabo, que foi lançado pela Warner Music Brasil no dia 22 de agosto de 1989. Na manhã do dia 21 de agosto de 1989, Raul Seixas foi encontrado morto sobre a cama , por volta das oito horas da manhã em seu apartamento em São Paulo, vítima de uma parada cardíaca: seu alcoolismo, agravado pelo fato de ser diabético, e por não ter tomado insulina na noite anterior, causaram-lhe uma pancreatite aguda fulminante. O LP A Panela do Diabo vendeu 150.000 cópias, rendendo a Raul um disco de ouro póstumo, entregue à sua família e também a Marcelo Nova, tornando-se assim um dos discos de maior sucesso de sua carreira. Raul foi velado pelo resto do dia no Palácio das Convenções do Anhembi. No dia seguinte seu corpo foi levado por via aérea até Salvador e sepultado às 17 horas, no Cemitério Jardim da Saudade.




sábado, 18 de agosto de 2012

A FAMÍLIA E A ESCOLA








  Fruto de mentalidades fúteis e arcaicas é a infeliz interrogação: " tua escola não te dá educação não?" mencionada por pessoas que fazem da escola uma imagem equivocada. Para eles a instituição seria um celeiro de bons princípios, boas maneiras e formadoras de pessoas com invejável equilíbrio emocional e moral, eximindo a família dessa responsabilidade. Na realidade a escola trabalha com esses parâmetros e com muita determinação, todavia a educação que o jovem carrega em sua bagagem é advinda do seio familiar e, sem sucesso. É muito corriqueiro presenciarmos cenas em que o aluno, sem seguir o exemplo dos professores, não diz bom dia ou boa tarde ao entrar na sala de aula. Em toda sala é exposto um depósito de lixo, mas o aluno ao mascar o seu chiclete, implicantemente prefere jogar a embalagem no chão. Municiando-me de muita sensatez, afirmo que a escola tem sido aguerridamente aliada a todos os movimentos de combate à violência, ao uso de drogas e na coerência das relações familiares. Muitos projetos são intensificados, inclusive como o projovem que, na tentativa de resgatar valores, acolhe o aluno e ainda o remunera, todavia é lamentável dizer que tudo fica apenas na órbita da frequência. Poucos encaram com afinco e dedicação a importância da aprendizagem como válvula de escape para a manutenção do triunfo e do sucesso profissional e, consequentemente, social. Muitas famílias já estão cientes disso, mas não se cansam de fechar os olhos, deixando a coisa correr frouxa, sem quererem se aliar às normas educacionais. E o que é pior, se rebelam contra as estratégias disciplinares jogando os filhos contra a instituição. Não aceitamos aqui críticas destrutivas e impensadas execrações na firmeza da operacionalidade da escola. Está na hora de, cada família que se enquadra nesta conceituação, fazer um exame de consciência e aceitar a filosofia de uma educação interativa e com muita responsabilidade.





quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Rodovias e ferrovias - O Ceará ficou de fora!



Com financiamento pelo BNDES e juros da TJLP, mais até 1,5% , carência de três anos para pagamento, amortização em até 20 anos, essa é a liberação do pacote de concessão pela Presidente Dilma Roussef para o incentivo de investimentos na infraestrutura do País, anunciado ontem, em Brasília. O valor total é de R$ 133 bilhões e serão utilizados para reforma de construção de rodovias federais e ferrovias da Bahia, Pernambuco e, principalmente do Centro-Sul. Infelizmente o Ceará ficou de fora e, como não sou especialista na área, me sensibilizo com o meu povo e clamo por maiores explicações. Mais uma vez nada será feito em benefício das obras de  duplicação de BRs como a 116 e 222 que, historicamente se arrastam há vários anos, prejudicando a todos os motoristas que trafegam por  aqueles rodovias. A Presidente tem boa vontade em atender a todas as demandas do País, todavia é preciso que a bancada cearense, não só da base aliada, se mobilize e reivindique essas ações que são de profunda importância para a nossa economia.

A INVESTIGAÇÃO

 





   Para fazermos uma abordagem racionalizada sobre a temática vamos nos guiar por dois percursos. Um, é a análise investigativa pessoal, amparada pelos fundamentos da Filosofia. E, em seguida, por uma visão descritiva diante do que se passa nas razões daqueles indivíduos que estão a nos rodear, fazendo um verdadeiro festival de intrigas quando a causa é a busca por um confortável espaço que nos querem tomar. Nesses momentos, é preciso muita ponderação em se precipitar e não fazer levianos julgamentos, antes de procurar se inteirar das verdadeiras intenções e do avanço do conflito propriamente dito. Tudo isso porque não é de bom alvitre usar da insensatez na partida em defesa do que é meramente trivial. Em outras palavras, não se deve pactuar com o que está concretamente a promover prejuízo às partes possuidoras da inocência. E quem são as pessoas escolhidas para a mediação nesses entreveros?
Certamente que as pessoas privilegiadas com o dom da sabedoria, do equilíbrio emocional e da razão diante desse oceano de conflitos pessoais que dão vertente à presença significativa da maldade. Se você, querido internauta, reconhece e possui esse dom de ser detentor de grande lucidez investigativa para possibilitar a harmonia entre seu grupo e, ao mesmo tempo se sentir fortalecido por se defender do inimigo, parabéns e que continue sempre assim, dispondo de bastante vigor.

Carlos Drummond de Andrade


               

   No próximo dia 17 de agosto é a data de falecimento do mais importante poeta da Geração Modernista. Ele nasceu em Itabira, Minas Gerais, em 31 de outubro de 1902. Graduou-se em Farmácia, na Cidade de Ouro Preto em 1925 e começou a carreira de escritor como colaborador no Diário de Minas. Não se destacou apenas como poeta. Foi cronista, contista ensaísta e a  sua obra, requintada tanto pela depuração linguística, como pela originalidade e profundidade, vem influenciando, praticamente desde o seu aparecimento, várias gerações de poetas. Um outro aspecto que deve ser acentuada é  a revelação de um lento processo de investigação da realidade humana, desde a poesia eminentemente social e política até uma posição antilírica, seca, consciente das angústias e dos desenganos da vida. Fica bem notável um tom de ironia e certo desencanto com relação à vida, recusando-se a um envolvimento sentimental, daí a exaltação do poema piada. O seu livro A rosa do povo teve intensa participação no período da Segunda Guerra Mundial, com o poeta reconhecendo a necessidade de se inserir no seu tempo, de caminhar  em harmonia. Todavia, essa participação social através da poesia foi cedendo lugar a uma visão cada vez mais desiludida, em que a esperança de um novo tempo é substituída por uma madura resignação diante de mazelas como, a falta de solidariedade e justiça no mundo hodierno. Seus principais livros de poesia são: Alguma poesia (1930); Brejo das Almas (1934); Sentimento do mundo (1940); A rosa do povo ((1945); Claro enigma (1951); Viola de bolso (1952); Fazendeiro do ar (1954);  A vida passada a limpo (1959); Lição de coisas (1962); Boitempo & a falta que ama (1968); Menino antigo (Boitempo II (1973); As impurezas do branco (1973); A visita (1977);  Discurso de primavera e algumas sombras (1977); Esquecer para lembrar (Boitempo III (1979); A paixão medida (1980). Morreu no Rio de Janeiro no dia 17 de agosto de 1987, poucos dias após a morte de sua filha única, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade

103 anos sem Euclides da Cunha


           

  O algoz, o aspirante a oficial de nome Dilermando de Assis, de 21 anos não se apiedou e matou Euclides Rodrigues da Cunha, numa trágica manhã do dia 15 de agosto de 1909, por estar mantendo um romance pra lá de proibido desde 1905 com Ana, de 37 anos,  sua esposa. O réu alegou legítima defesa e o desfecho da história foi marcado por uma sequência de outros assassinatos. A vítima nasceu no Rio de Janeiro em 1866 e tinha, na época, 43 anos.  Publicou, em 1902 o livro Os Sertões. Antes cursara Engenharia na Escola Militar e Politécnica. Desligando-se da corporação, passou a ser colaborador do Jornal O Estado de S. Paulo que, em 1897 o enviou para Canudos, interior da Bahia, a fim de informar sobre as operações que o Exército  estava realizando para sufocar a rebelião liderada por Antônio Maciel, o Conselheiro. O livro divide-se em três partes: "A terra" - em que o autor estuda cientificamente a região; "o homem" - em que procura mostrar as características peculiares do sertanejo; "a luta" - em que narra os combates ocorridos entre as tropas do governo e os sertanejos. Segundo Euclides, os revoltosos de Canudos não poderiam ser considerados culpados mas vítimas de uma situação  social, econômica, geográfica e histórica. Abandonados pela "civilização do litoral"  acabaram por criar um estilo de vida próprio, que os tornou diferentes. Tudo isso motivou a reação violenta dos expedicionários e, em contrapartida, a denúncia do autor contra as ações arbitrárias da corporação, culpando-os  pelo que  classificou de "crime de Canudos". A proposta dessa matéria é de promover um despertar. Esperamos que você, querido internauta, se motive, indo agora mesmo, à sua biblioteca para fazer uma excelente leitura e obter mais detalhes sobre essa comovente narrativa. Contrates e confrontos (1907) e à margem da história (1909) são outras obras do autor.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Michelangelo Buonarroti


                 

   Itália, mais precisamente em Florença no ano de 1504.  No berço do Renascimento, um jovem artista de apenas 29 anos era admirado por boa parte da sociedade da época por sua brilhante performance, tanto na pintura quanto na escultura. Dono de grande talento, deixou para a posteridade riquíssimos afrescos com formas idealizadas, bem de acordo com a subjetividade do filósofo grego Platão e o mármore foi uma dos destaques que corroborou para declará-lo como simpatizante da teoria neoplatônica. Michelangelo, 23 anos mais jovem que o rival Leonardo da Vinci, era intempestivo, irreverente e impetuoso, talvez seja daí que se apresentava como um sujeito melancólico que vivia atormentado por conflitos interiores. Esculpia sozinho, obstinado, tendo como única companhia a poeira do mármore. Era capaz de trabalhar até 20 horas por dia e dormir no chão do seu atilê. Nascido em 1475 em Caprese, no seio de uma família de classe média alta, estava bem longe de ser um homem bonito, muito embora buscasse o belo, o sublime e a representação de ideias perfeitas, dando verdadeiros contornos em suas obras e, para completar, numa briga de adolescência, levou um soco que lhe quebrou o nariz. Diferente de Da Vinci que, apesar de ser mais velho, chamava a atenção por sua excepcional beleza e seu porte físico e gostava de participar de festas e baladas. Michelangelo deixou um acervo impecável com figuras dotadas de grande intensidade dramática, tais como, Davi, concluída em (1504); as pinturas da Capela Sistina, no Vaticano, em cuja abóbada onze cenas representam a história da Criação do Mundo (1512);  O Juízo Final, a obra mais polêmica em toda a história da pintura: um Cristo hercúleo julga a humanidade; a última Pietà (1564) que transpira a tempestade de emoções e o sofrimento de seu criador. E, Moisés, estátua esculpida na igreja de S.Pietro in Vincoli, em Roma. Conta-se que uma ranhura existente na base dessa estátua foi provocada por ele ao bater com o martelo no mármore e dito: "Parla!"

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A SEMANA DA FAMÍLIA


                         
A partir da próxima segunda-feira, 13 de agosto celebra-se a semana da família, momento oportuno para fazermos uma concisa reflexão sobre o modelo hodierno.  Tudo começa quando lemos o Livro de Gêneses, Capítulo 2, versículo  24 das Sagradas Escrituras. "Por isso o homem deixa seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne." E desse projeto divino, que se consuma  com a procriação, nasce a família. Ninguém vive um estágio de vida sem participar desse enlace natural. E, ao longo dos tempos, essa relação deve ser bem constituída como forma de dar seguimento às novas gerações, respeitando, obviamente,  sentimentos como a harmonia, o respeito, a dignidade e, acima de tudo, dando firmeza na consecução do amor.  Devemos sim, aceitar e respeitar a singularidade intrínseca da conduta de cada membro desse conjunto e isso dar fortalecimento àquele velho adágio popular que diz: "Os dedos das mãos não são iguais". Todavia, a reprodução de atos e ações edificados pelo caráter educativo denunciam o modelo de convivência entre pais e filhos e são motivos de reações, pelas outras pessoas. Em outras oportunidades mencionei a força da família no processo de educação e convivência social. E isso deve ser insistentemente relatado porque é notável a participação do grupo nos ensinamentos empíricos que norteiam os conhecimentos básicos. Compete à escola se municiar de estratégias  e métodos para ampliar o nível de cada aluno na valorização das pesquisas e  nas relações de ética e cidadania.  Nesta oportunidade, queremos sugerir a você querido (a) internauta que procure aproveitar o máximo de felicidade na convivência com as pessoas que você mais ama, que são seus familiares.

Solicite seu CPF pela internet


    A partir deste mês não precisa mais você se dirigir às agências do Banco do Brasil, Caixa Econômica e Correios, porque o CPF pode ser adquirido pela internet, gratuitamente. Para obtê-lo, sem custo, é preciso ter entre 16 e 25 anos, possuir título de eleitor e preencher um formulário com informações pessoais diretamente no site www.receita.fazenda.gov.br. O número é gerado na hora e o cadastro federal é feito automaticamente. Lembramos que é preciso imprimir ou anotá-lo, pois a Receita não emite mais cartões de CPF desde 2010.

A CONVIVÊNCIA NO TRABALHO



      É muito comum ouvirmos em confraternizações de empresas a seguinte afirmativa: "Aqui é como se fosse minha família!". Mas, será que esse conteúdo merece confiabilidade?  Será que não há uma pitadinha de hipocrisia não?
 Isso é metafórico e a metáfora é um argumento puramente literário. E o que é a literatura senão uma convivência com o cotidiano da ficção?
 É importante esclarecer que, as relações  afetivas existentes dentro do ambiente de trabalho nada mais são  do que uma proposta de habilidade nas competências a fim de se esperar o crescimento da produção. Certamente que esses momentos devem ser harmônicos porque os objetivos são de cooperação e não,  meramente pessoais.  Enquanto o patrão espera um avanço no faturamento para engordar as receitas, o trabalhador conta confiavelmente  com melhores salários para o seu sustento e de sua verdadeira família que, muitas vezes, não expressa nenhuma identificação com aquele grupo de trabalho. Por exemplo, quantos pais não disponibilizam prazerosamente e cheios de orgulho grandes quantias para adquirir um carro para o seu filho? E algum empresário sai, indiscriminadamente,  dando esse objeto para cada um dos funcionários?  A relação familiar é compartilhada com os exemplos positivos ou negativos,  do pai,  da mãe e dos irmãos mais velhos. enquanto a relação empresarial é movida por um departamento eminentemente formal chamado de RH. Lá, por não se conhecerem intimamente, as pessoas mantêm quilomêtrica distância umas das outras, sentindo verdadeiro pavor de um espectro chamado demissão, daí  estar sempre presente a insegurança, porque a qualquer momento essa convivência pode ser insensivelmente rompida,  sem a menor manifestação de saudade. E, em sua casa, é assim? Quantas vezes não passamos por profundo sofrimento quando nos separamos ou perdemos de vez pessoas queridas da nossa família? A relação empresarial deve ser amigável sim, e principalmente dentro de uma atmosfera de muito respeito, dedicação e sintonia, todavia é nas relações familiares que devemos nos harmonizar mais,  porque somos integrantes de um maravilhoso mundo de convivência durante as vinte e quatro horas de cada dia, sempre na ânsia de muita paz e muito amor.




 

domingo, 12 de agosto de 2012

A PROPAGANDA ELEITORAL GRATUITA





Obedecendo a Lei 9.096\1995 que estabelece a veiculação gratuita da propaganda eleitoral no rádio e na televisão, a partir do próximo dia 21 de agosto, 45 dias antes do primeiro turno das eleições, e vai até o dia 4 de outubro, três dias antes do pleito. Nos municípios onde houver segundo turno, a data limite para o início do período de propaganda é no dia 13 de outubro,  15 dias antes da eleição. O último dia previsto no calendário eleitoral deste ano para esse tipo de propaganda é no dia 26 de outubro, dois dias antes do segundo  turno. De acordo com a resolução, todas as emissoras de rádio, inclusive as comunitárias e as emissoras de televisão que operam em, VHF e UHF e os canais de televisão por assinatura sob a responsabilidade das câmaras municipais estão obrigadas a realizar essa transmissão. Serão beneficiados, sem distinção, todos os partidos e coligações que deverão entregar, contra recibo, por meio de formulário em duas vias, as mídias contendo os programas veiculados, em bloco com antecedência mínima de quatro horas do horário previsto para o início da veiculação, no posto de atendimento de cada emissora. Ainda, de acordo com o artigo 19, é permitida a propaganda eleitoral na internet após 5 de julho do ano da eleição (Lei 9.504\97, artigo 57-A) e a forma de veiculação pode ser no sítio do candidato, do partido, em blogs e redes sociais, com endereço eletrônico comunicado à Justiça Eleitoral  e hospedado, direta ou indiretamente em provedor de serviço de internet do País. Se o partido  estiver inserido no que prevê  o texto da Cláusula de Barreira (Lei 9095\95),  não poderá ser excluído do acesso a esse tipo de serviço.

sábado, 11 de agosto de 2012

LAMPIÃO EM JUAZEIRO*



Quando Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião esteve em Juazeiro, precisamente no dia 04 de março de 1926, atendendo a um convite do deputado Floro Bartolomeu, estava acompanhado de quarenta e nove cangaceiros, que aderindo aos famosos "Batalhadores Patrióticos", iriam dar combate à célebre "Coluna Prestes" que, no momento  perambulavam pela Região Nordeste. Quando Lampião e seus cabras entraram na cidade do Padre Cícero, estava já escurecendo. Encontravam-se com os cabras algumas mulheres como: Nenêm de Luiz Pedro, Cila de Zé Sereno, Dadá de Corisco, Otília de Mariano, Moça de Cirilo, Durvalina de Virgínio, Inacinha de Gato, Enelinha de José Julião, Dulce de Criança, Veroquinha de Beija-Flor, Lili de Moita Brava, Mariquinha de Labareda, Cristina de Português e finalmente, Lídia de José Pedro, que mais tarde o traiu. Nessa ocasião, o célebre cangaceiro recebeu a patente de Capitão, com a chancela do engenheiro agrônomo e inspetor agrícola, Dr. Pedro Albuquerque Uchôa, sob as vistas do Pe. Cícero Romão Batista, prestigioso líder político do Vale do Cariri.
(*) - O conteúdo original dessa matéria é do repórter J. Nunes Costa, do Jornal O Norte de João Pessoa, Paraíba. Em 10 de agosto de 1977.

O PRECONCEITO


                         

A vaidade é uma característica "sui generis" da espécie animal. Como constatação da estética da natureza, basta observarmos o pavão que exibe garbosamente sua plumagem. O cavalo marinho ostenta invejavelmente o seu gingado dentro do seu habitat. Entre nós, os humanos, essa qualidade chega a ultrapassar limites quando os nossos olhos são focados para o que é classificado preconceituosamente de anomalia. Certamente que atitudes de rejeição denunciam a qualidade do caráter do indivíduo, principalmente se a vítima se sente acuada pelo espectro da perseguição. Negros, idosos, deficientes, alguns estudantes na comunidade escolar,  homossexuais etc. são rotineiramente hostilizados dentro do contexto sócial. É bom frisar bem que homossexual é homossexual, aqui e em qualquer lugar do planeta. Esse clichê fantasioso de que homossexual é o sexo oposto travestido, não existe. Homossexualidade não é metamorfose e sim, uma atração avassaladora pelo mesmo sexo. Segundo o pai da psicanálise, Sigmund Freud (1856-1939): "Deve-se saber que a causa da homossexualidade é a mesma da heterossexualidade e da bissexualidade: a escolha inconsciente do objeto desejado", portanto não há razão para diagnosticarmos como anormal ou patológico. O que fica imperdoavelmente evidenciado é a insustentável discriminação. Sabemos que é impossível a tentativa singular de mudança entre cada pessoa, e obviamente entre as sociedades, porque o preconceito não deixa de ser uma questão de cultura. Se você pensa assim, procure ser um agente consciente e multiplicador de uma sociedade mais justa e pacificadora.  

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

O SENTIDO DA VIDA


                           

As reações advindas do fracasso fazem  parte do plano natural da existência humana. Nenhuma pessoa, por mais apegada e obediente aos desígnios divinos está imunizada e distante dessas situações. Sensações de perda e de apatia, pela continuidade das buscas pelos ideais perdidos e os sonhos, impotência por conta de um sentimento de ver o seu espaço arrebatado, tudo isso vem traumaticamente à tona. Mas será que há interesse em alimentar a consciência sobre a nossa finalidade durante o percurso da vida sem que tenhamos que passar por momentos de agruras?
 Quando tudo está bem, o que fica evidenciado é o desejo de curtir intensamente essa excitação frenética. Muitas vezes esquecemos do sofrimento do outrem que há pouco tempo compartilhamos, na tentativa de encontrar um rumo, uma direção em busca da tão almejada superação em troca da euforia pessoal, pela chegada inesperada de um novo triunfo. Entre bons e maus momentos é perfeitamente perceptível a oscilação entre o egoísmo e a apatia daqueles que se sentem vaidosamente aquinhoados de riquezas materiais sem perceberem que não há desvinculação circunstancial entre o bem e o mal. O acúmulo insaciável gerenciado pela ganância e a soberba, sem levarmos em consideração o enaltecimento da integridade, está presente em nossas entranhas, assim como a vontade magnânima de praticar o bem sem o menor sinal de interesses escusos, quando se manifesta uma identificação fraternal entre aqueles que amamos. E cada ato praticado reproduz uma fotografia real da qualidade do nosso caráter que mensura fielmente as mesquinharias da inveja e a grandeza do amor. Mesmo dissimulando essas ponderações é importante sempre nos genuflexarmos em seguras reflexões, a fim de não esperarmos passivamente a "queda da ficha" e nos  arrependermos tardiamente.

Como receber o seguro-desemprego

Agora o trabalhador terá de se matricular em um curso de formação inicial, continuada ou de qualificação profissional, habilitado pelo Ministério da Educação e com carga mínima de 160 horas, se requisitar o seguro-desemprego pela terceira vez,  em menos de 10 anos, além de ter sido demitido sem justa causa. Essa medida do governo serve para diminuir o desemprego reincidente e ainda oferece qualificação à mão de obra. Atualmente o valor do benefício varia de R$ 622 a R$ 1.163,76, de acordo com a média dos últimos salários. Já a quantidade de parcelas a serem recebidas também depende do tempo de trabalho, variando de três a cinco.  

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

O IMPEACHMENT DE COLLOR


               
   Na data de hoje, 8 de agosto, em 1992,  10 mil pessoas se reuniram em São Paulo pedindo a retirada de Fernando Affonso Collor Mello. Ele venceu as primeiras eleições diretas ocorridas em 1989, que haviam sido extintas em 1960, derrotando  no segundo turno Luís Inácio Lula da Silva, um dos fundadores do PT. Dentre suas promessas de campanha estavam o fim da inflação, a moralização da política e a modernização econômica do país com a diminuição do papel do Estado. A primeira medida é o lançamento do programa de estabilização da economia arquitetado pela então ministra da Economia Zélia Cardoso de Mello, que fica conhecido como Plano Collor, mas a inflação continuava crescendo, chegando a atingir a alíquota de  até 80%. Medidas como o confisco de poupanças e contas correntes, o congelamento de preços e salários abrem caminho para uma recessão. E o pior estava por vir. Em abril de 1992 o irmão do presidente, Pedro Collor, denuncia à revista Veja, um esquema de tráfico de influência e irregularidades financeiras tendo como responsável seu amigo e tesoureiro da campanha eleitoral, Paulo César Farias. Isso leva à abertura de uma CPI - Comissão Parlamentar de Inquérito - que iria investigar todo o escândalo. Em seguida a revista Isto É publica entrevista em que Eriberto França, motorista de Ana Acioli, secretária de Fernando Collor, confirma a existência de depósitos feitos por empresas de PC Farias em contas fantasmas movimentadas pela secretária. As acusações  avançam e, em outubro, após a Câmara de Deputados ter aprovado o impeachment, Fernando Collor é afastado da Presidência. Em dezembro do mesmo ano, renucia ao cargo momentos antes de o Senado destituí-lo de suas funções e suspender seus direitos políticos por oito anos. O vice Itamar Franco toma posse definitivamente da Presidência da República. Tudo bem! Tudo esquecido! Atualmente ele ocupa uma vaga pelo PTB de Alagoas, no Senado Federal. Que vitória!

ALFRED NOBEL E A DINAMITE


Dotado de grande genialidade, Alfred  Bernhard Nobel  nasceu em Estocolmo em 21 de outubro 1833 e teve uma vida de muita representatividade para a história universal. Patenteou  355 inventos, dentre eles a dinamite, a balistite e outros detonantes que lhe renderam fama e muita fortuna. Seus pais eram o agricultor Immanuel Nobel e sua mãe Andrietta Ahsell.  Usou seu dinheiro para ajudar as organizações pacifistas. Antes de morrer, deixou seus bens para uma fundação que premiasse anualmente, cinco personalidades de destaque mundial da física, química, medicina, literatura e em especial a quem contribuísse de maneira notável para a paz entre os homens, receberia o Prêmio Nobel da Paz. Alfred e seus irmãos Robert e ludwig foram educados por professores particulares. estudou em São Petersburgo e aos 16 anos já era químico competente. Era poliglota, falava inglês, francês, alemão, russo, além de sueco. Trabalhou nos Estados Unidos com Johan Ericsson, um engenheiro sueco. Embora com capacidade para dirigir a exploração do petróleo, sua vontade era fazer experiências com explosivos, que mal se conhecia naquele  tempo.  Depois de uma explosão que provocou a morte de várias pessoas, inclusive um de seus  irmãos, no laboratório de pesquisas, montado por ele e o pai, foi estigmatizado de "cientista louco" e foi proibido pelo governo de reconstruir a fábrica, todavia em 1866 ele descobre uma maneira de minimizar o perigo de manusear a nitroglicerina, ao misturá-la com um material inerte e absorvente, que só explodia com um detonador especial. Nobel batizou esse produto de dinamite. Solitário e sem filhos morreu em San Remo, na Itália, em 10 de dezembro de 1896. A Fundação Nobel foi criada no dia 29 de junho de 1900 e desde 1902 quatro prêmios são entregues pelo rei da Suécia e o Nobel da Paz é entregue em Oslo,

terça-feira, 7 de agosto de 2012

A INVESTIGAÇÃO FILOSÓFICA


         

  Tomemos como ponto de partida uma caracterização de enaltecimento na atitude do filosofar,  que é o embrenhamento diametralmente sensato por um caminho em busca do saber, que justifica a necessidade do desabrochar da razão. Certamente que ao concluirmos a nossa viagem e, na chegada ao nosso destino sentiremos que a visão do  imaginário é sempre presente sem dar norteamento às nossas experiências comuns que estão sempre a procura de motivos  que justificam o esforço da preparação dessa jornada. Tudo isso nos oferece tranquilidade ao afirmar que "o mundo da filosofia ocupa um lugar privilegiado no universo imaginário do homem." (Filosofia - Iniciação à Investigação Filosófica - José Auri Cunha, Editora Atual, página 2).  Daí percebermos a presença fascinante e dissimulada do processo de investigação que se baseia nos valores  naturais dos vestígios que são o resultado da captação do imaginário pelo nosso pensamento. Diante desse cenário fica bem nítida a relação existente entre a filosofia e a história. Enquanto a história olha o passado para entender como ele condicionou o presente, a filosofia olha o passado para sonhar com o futuro. O importante é dar ênfase a interrogações  que direcionem e investiguem a consciência do homem ocidental. O que está em jogo é a procura de uma relação entre o foco de suas percepções e os objetos do mundo exterior pressuposto, provocando então,uma verdadeira realização da investigação filosófica.

A VERSIFICAÇÃO E O SONETO

Ao sabermos que a Estilística é o ramo do conhecimento linguístico que estuda a expressividade da comunicação e que a linguagem adquire enunciação por meio de sua capacidade de manifestar sentimentos e emoções, é de bom alvitre aceitar de bom grado a relação amável existente com o mundo poético. Elementos como as figuras de linguagem são fascinantes e a versificação é como um verdadeiro som aveludado servindo de terapia para os nossos ouvidos, porque cada verso melodicamente declamado dá brio ao texto poético. A cada linha melodicamente metrificada damos o nome de verso e, diferentemente das normas gramaticais, o processo de divisão e contagem das sílabas obedece à técnica da escansão. Já as rimas são a igualdade de sons das sílabas finais e quanto à disposição dentro da estrofe, podem ser: paralelas ou emparelhadas; cruzadas ou alternadas; opostas ou interpoladas e encadeadas. Não podemos aqui, deixar de classificar as estrofes que nada mais são do que um grupo de versos que fazem parte de um poema. E para uma maior compreensão, nos valemos de um tipo de composição poética que tem uma forma fixa, no caso o soneto. Essa composição é de origem italiana e foi introduzida na língua pátria pelo poeta português Sá de Miranda, por volta do século XVI. O soneto é composto por dois quartetos (estrofe de quatro versos) e dois tercetos (estrofe de três versos) sutilmente arquitetados com rimas cruzadas ou alternadas. E para completar o enriquecimento desta matéria, sugiro a você leitor, a leitura do soneto Contraste, escrito em 1924, pelo príncipe dos poetas cearenses Padre Antônio Tomás.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

JÁDER MOREIRA DE CARVALHO

Amanhã, sete de agosto de 2012, a comunidade JMC integrada pela Escola de Ensino Fundamental e Médio e a Rádio Interação estarão ovacionando o seu patrono-mor, Jáder Moreira de Carvalho. Como escritor brasileiro é dono de uma riquíssima antologia que tem como temática central a problemática das secas que eram constantes e provocavam a pobreza, a miséria e a fome e, por último, o êxodo rural. Um dos maiores entraves da política da época eram as brigas pela terra, os conflitos latifundiários. Tudo isso fez parte da infância do autor, que ao vivenciar a seca de 1915, lhe veio inspiração para iniciar um vasto trabalho em 1917, na tipografia arrendada por seu pai, na cidade de Iguatu. Seu primeiro trabalho foi um semanário de letras com escritos próprios além de sonetos de Olavo Bilac. Começou sua formação acadêmica no Ateneu Quixadaense ao lado do próprio pai e em seguida no Liceu de Fortaleza, hoje Liceu do Ceará, onde sete anos depois foi professor, inspetor regional e catedrático. Aos 20 anos já era considerado um dos maiores intelectuais da época. E em 1922, com apenas 21 anos, despontava com destaque entre os novos escritores da literatura cearense. A obra de Jáder de Carvalho é caracterizada por um sofisticado valor estético e social. Estreou em 1928 com "O Canto Novo da Raça", obra dividida com Sidney Neto, Franklin Nascimento e Mozart Firmeza, pioneiros do movimento modernista no Ceará. Em 1931, participou diretamente do surgimento do Modernismo cearense com o lançamento de "Terra de Ninguém", a este, seguem-se vários outros romances, todos de cunho social: "Classe Média" e "Doutor Geraldo" (1937), "A Criança Vive' (1945), "Eu Quero o Sol" (1946), "Sua Majestade, o Juiz" (1962) e "Aldeota" (1963).
Entre os temas sociológicos: "O Problema Demográfico Brasileiro" e "O Índio Brasileiro" (1930) e "Povo Sem Terra" (1935).
Um dos livros de poesias mais famosos é "Terra Bárbara" (1965). Onde escreveu diversos poemas, entre os quais "Em Louvor de Quixeramobim", "Terra Bárbara", "Nordeste de Lampião", "Lampião", "Terra", "Padre Cícero", "São Francisco de Canindé", "Luz e Força", "A Guerra Acreana", "A Seca dos Inhamuns" e "Dobrai, Ó Sinais do Natal". Como jornalista fundou o jornal socialista A Esquerda em 1928. No mesmo ano, em parceria com outros pioneiros do movimento modernista no Ceará, lança "O Canto Novo da Raça". Em 1929, passa a pertencer ao grupo modernista Maracajá . Em 1931 lança "Terra de Ninguém" e, a este, seguem-se vários outros livros de versos. No mesmo ano, sai graduado em direito da Faculdade de Direito do Ceará.
Por divulgar as idéias do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e por criticar duramente o governo de Getúlio Vargas foi condenado pelo Tribunal de Segurança Nacional do Estado Novo acusado de divulgar o marxismo. Permaneceu preso de 1943 a 1945. Nessa época, na companhia de outros dissidentes do PCB, fundou a Esquerda Democrática, embrião do Partido Socialista Brasileiro (PSB). Depois, a convite de Paulo Sarasate, foi articulista do jornal O Povo. Fundou o Diário do Povo em 1947 onde atuou até 1961. Pertenceu à Academia Cearense de Letras, onde ocupou a cadeira nº 14, à Sociedade Brasileira de Sociologia e ao Instituto do Nordeste. Em 1974, com a morte de Cruz Filho, foi eleito Príncipe dos Poetas Cearenses, prêmio concedido o melhor dentre os poetas vivos do estado.
Casou-se com a contista Margarida Sabóia de Carvalho com quem teve sete filhos. O mais conhecido o ex-senador, escritor, jornalista, advogado, radialista e também professor herdou todos o dotes literários do pai. Trata-se de Cid Sabóia de Carvalho. Jáder de Carvalho nasceu em Quixadá em 29 de dezembro de 1901 e morreu no dia 7 de agosto de 1985, aos 83 anos.

domingo, 5 de agosto de 2012

REDAÇÃO NO ENEM

Ao desmistificar aquela figura do aluno CDF, que sempre obtém como suporte para a sua aprendizagem a sustentação da prática da decoreba, estão aí as novas reformas para a aplicação da redação do ENEM. Vale salientar, até mesmo para dar um pouco de consolo àquele candidato que entra em desespero, que não existe ninguém cem por cento perfeito, todavia a busca incessante de muito esforço e dedicação e, principalmente de amor pela leitura e pelo "escrever", já são "meio caminho andado" para a produção de um bom texto . A proposta principal é o desenvolvimento das habilidades e competências através de caminhos trilhados pelo "pensar" e pela depuração da subjetividade. Para isso, nada lhe dará mais segurança do que o deixar fluir, no processo da organização textual e da criatividade porque, o que está em jogo é a composição dos três elementos básicos: a coesão no conteúdo, a coerência e a correção gramatical. E para um maior desempenho no domínio desses componentes, a prática da leitura deve ser preferencial e habitual. E é esse aspecto que mais me preocupa,na qualidade de ex-professor da disciplina. Tomado pela relação cotidiana com o mundo virtual, o aluno moderno criou, injustificavelmente, uma verdadeira rejeição pelo contato com livros, jornais, revistas etc, dando total descarte à pesquisa escrita de próprio punho. Muitas vezes tive de improvisar cansativas sabatinas porque a turma apenas imprimia ou fotocopiava o conteúdo publicado na internet e, certamente, de nada sabiam sobre o teor da tarefa. É comum a prática de assistir aos jornais e documentários pela televisão, porém a aprendizagem fica incompleta, porque não se está dando prioridade para o "escrever", munição "sine qua non" para a elaboração de um texto enxuto e requintado que fará bem aos olhos de qualquer corretor. Moral da história: a redação tem um peso valor que mensura toda a potencialidade intelectual e inteligível do candidato porque o que ele escreve denuncia a sua capacidade de conhecimento da cultura geral, dentro de um contexto que tem o cuidado de descobrir novos talentos e está constantemente em crescente evolução no que se refere à competitividade no avanço do mercado de trabalho.

A lógica

                 
Na tentativa de fazermos uma abordagem de cunho didático e de fácil compreensão entre o que podemos estabelecer de contrapontos sobre  o que é lógica e o que é verdade, vamos nos valer de outros vocábulos que servirão de parâmetros essencias. Um deles são as premissas. E o que são premissas?  premissas são proposições que servem de  base paras as conclusões. É bom ressaltar que as conclusões são o que a lógica utiliza para justificar os resultados, as finalizações, e não a verdade concreta, palpável. A preocupação com a  verdade das premissas não faz parte das atribuições do lógico. Esse esclarecimento se faz necessário porque podemos estar diante de premissas verdadeiras ou falsas. O que vai nortear essa diferenciação são os recursos da argumentação que estabelecem uma justificativa entre o legítimo e o verdadeiro. Cabe, portanto, ao objetivo do lógico estudar os critérios da legitimidade desses argumentos, sem considerar a verdade e a falsidade. Descendo humildemente do pedestal desse fantástico mundo da cientificidade, dando ênfase para a Filosofia, e penetrando sorrateiramente no campo minado do pragmatismo, podemos depreender que há discrepâncias entre a verdade e a lógica que passam despercebidas no cotidiano de cada indivíduo, e, certamente faz a diferença e provoca incômodo nas relações interpessoais. A lógica é justificada sob o prisma da dedução da legitimidade e pode ser diversificadamente questionável, dependendo do nível intelectual de cada pessoa. Já a verdade (de sim ou de não) tende a convencer. Quando dizemos, por exemplo, que as janelas estão abertas, não há nada nessa afirmativa que provoque contestação, todavia quando nos precipitamos em dizer que alguém o qual não nos comunicou, foi ao cinema, isso merece, de imediato um questionamento, porque a firmativa imposta não merece sustentabilidade, ou seja, não convence ao interlocutor. Em síntese, podemos concluir que a verdade faz parte de um processo factual e passa uma forte segurança sobre o antes, o durante e o depois. Já a lógica não é susceptível de oferecer uma certeza na decodificação da compreensão. E isso é significativo porque dá vazão a que o indivíduo mantenha uma relação amável entre o pensar e o repensar.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

DIREITO PENAL: O QUE É HABEAS CORPUS?

Expressão latina que significa "Que tenhas o corpo", muita usada na esfera criminal, originada na Idade Média com o nome de "habeas corpus ad subjiciendun" e oficializada em 1215. Esse instrumento legal é amparado pelo art. 5°, LXVIII da Constituição Brasileira de 1988, que diz: Conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. A Constituição de 1891 foi o primeiro código que passou a reconhecê-lo como dispositivo legal de proteção individual. O habeas corpus é um documento que pode ser requerido e redigido por qualquer pessoa que ache que seu direito à liberdade está sendo violado, sem a necessidade da presença de um advogado, porque é um mecanismo de caráter informal visto que não é necessário nenhum tipo de documento para requerê-lo. Ele pode ser impetrado em uma simples folha de papel. É importante atentar que, a pessoa que se sente ameaçada em seus direitos não pode requerer diretamente o habeas corpus, porém a garantia pode ser feita por qualquer terceiro, até mesmo sem nenhuma autorização do acusado. Sempre que o requerimento for apresentado ao juiz, é emitida uma liminar* devolvendo o preso às ruas, para que ele assim responda, o processo em liberdade.
(*) A liminar é de caráter emergencial e passageiro.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

ESTUDANTE JUCÁ, UM GRANDE HEROI

No próximo dia 4 de agosto é lembrada a data de aniversário de morte do estudante Jucá. Aquele dia do ano de 1959 foi marcado na história cearense como um dia fatídico e de muita tristeza porque, inesperadamente ocorreu uma explosão num depósito de éter e, em seguida um incêndio de grandes proporções nas dependências da então Casa de Saúde Doutor César Cals, na avenida Imperador, próxima à Praça da Lagoinha. Como poucos, inclusive o seu próprio amigo que lhe fazia companhia, João Nogueira Jucá não se intimidou e, se munindo de muita bravura e desprendimento invadiu aquele lugar na tentativa de salvar todos os pacientes. Resgatou vários enfermos e, ao tentar salvar mais uma vida, foi atingido pela explosão de um tubo de éter. o Estudante Jucá, com apenas 17 anos, nasceu em 24 de novembro de 1941. Residiu até os cinco anos em São Francisco - hoje Itapajé - onde o pai, José Jucá Filho, era juiz. Sua mãe, Maria Nogueira de Menezes Jucá, trabalhava como professora. Morou também em Lavras da Mangabeira e veio para a Capital em 1948. Sua história segue contada por amigos do antigo Colégio São João, localizado na avenida Santos Dumont. "Era filho de gente importante, todavia foi o último a ser socorrido para a Assistência Municipal, hoje Instituto Doutor José Frota, porque era desconhecido e ficou calado, sem reclamar. Ele não se arrependeu do ato heroico por pessoas que sequer conhecia". João sonhava ser oficial da Marinha e era um desportista assíduo, praticante de natação. No dia da tragédia estava retornando de uma aula de halterofilismo. Seu falecimento seu deu no dia 11 do mesmo mês na própria Casa de Saúde. O pai de João, após o incidente, foi acometido de uma grande tristeza que lhe acompanhou até a morte, em 1968 e a mãe morreu em 1985.

Boletim de rádio

O Governo Federal está avançando na luta contra o crack. Uma das estratégias de tratamento dos usuários é a ampliação do número de CAPSad nos estados e municípios. Hoje, a Rede de Assistência do SUS conta com 1.700 unidades em todo o país e até 2014 serão mais 175.

Para essa informação alcançar um número significativo de pessoas, o Ministério da Saúde disponibiliza áudio, em MP3, com as principais informações sobre o Plano Integrado de Enfrentamento ao uso de Crack e outras Drogas. Sua participação como multiplicador é essencial. Solicitamos que ouça e veicule gratuitamente em sua rádio o flash: clique e baixe o áudio.