Saúde

Brasil passará a produzir vacina tetraviral a partir de 2013
 O calendário básico de imunizações do Sistema Único de Saúde (SUS) passará a contar a partir de 2013 com a vacina tetraviral que inclui a imunização contra a varicela, mais conhecida como catapora, além de sarampo, caxumba e rubéola, já contempladas na tríplice viral ofertada gratuitamente pelo SUS desde 1992.

Durante o último sábado (4) o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, um acordo para a produção da vacina varicela entre o laboratório público Biomanguinhos e o laboratório privado GlaxoSmithKline (GSK), que vai transferir gradualmente para o Brasil a tecnologia e a fórmula do princípio ativo da vacina.

“Com apenas uma picada o Brasil vai poder proteger suas crianças contra quatro tipos de doenças. Hoje, temos dados que mostram que quase 11 mil pessoas são internadas por ano pela varicela e temos mais de 160 óbitos. Além disso, tem uma economia no trabalho dos profissionais de saúde, pois usa-se apenas uma agulha, uma seringa, um único local de conservação”, declarou o ministro.

Ainda segundo Padilha, as internações causadas pela varicela custam cerca de R$ 7 milhões para o Sistema Único de Saúde (SUS). O ministério vai investir R$ 127 milhões para a compra de 4,5 milhões de doses por ano até 2015, quando está prevista a transferência completa de tecnologia para o Brasil, com produção da tetraviral 100% nacional.

“Ao produzir novas vacinas aqui no país, a gente fica imune a qualquer oscilação do valor dólar ou de qualquer crise econômica internacional, a situações em que indústrias fora do Brasil decidem parar de produzir determinado medicamento ou vacina em função de decisões estratégicas dos interesses de seus países”.

Esta é a sétima parceria entre a Fiocruz e o laboratório GSK e estão em vigor 36 parcerias que envolvem 37 laboratórios – 11 públicos e 26 privados, nacionais e estrangeiros.

Segundo o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, além de capacitar os profissionais e criar plataformas para o desenvolvimento de outras vacinas, esse tipo de acordo barateia significativamente o preço das doses. “O preço global da vacina tetra custará R$ 28 por unidade, incluindo o preço da tríplice. No mercado privado, essa vacina custa R$ 150. Só podemos ter um programa que distribui gratuitamente vacinas para todo o país, porque temos a competência nacional de produzi-las”.

A tetraviral é dada em duas doses: para crianças de até 12 meses e a segunda aos 4 anos de idade. Hoje a vacina só é oferecida na rede pública em épocas de surto. Com a tetraviral, o SUS passa a contar com 25 vacinas, sendo 13 ofertadas no calendário básico de imunizações.

Da Agência Brasil

Um comentário:

  1. O MÉDICO, O PEDREIRO E A SAÚDE PÚBLICA

    É muito confortável candidatos da oposição usarem como estratégias as críticas sobre os erros e fracassos do governo atual. Isso fica indelével na cabeça de qualquer eleitor.Quem não se lembra de quando o Lula criticava insistentemente os seus opositores porque os trabalhadores faziam greve? E quantas greves não houve e continuam havendo no mandato do PT? Se essa tática é uma via de livre acesso para conquistar o eleitor, que seja feita. Mas o que não se vê são novas propostas, inovações nas plataformas de governo de cada um, principalmente no que diz respeito à segurança e à saúde. Por isso, vamos fazer aqui uma reflexão: Em décadas anteriores o salário de um pedreiro mal dava para comprar uma bicicleta. Era uma exaustiva correria deles, batendo de porta em porta por uma ocupação, e as empresas permaneciam com seus quadros funcionais sempre lotados e impondo os salários que queriam oferecer. No momento hodierno, o cenário se reverteu. São as "firmas" (sic) que sofrem com a carência desses profissionais e o que é bom, é que houve isonomia e avanço nos reajustes salariais e, vemos o que antes seria impossível, até mulher em atividade. Mesmo assim, muitos ainda estão insatisfeitos. E o que tem a ver pedreiro com a saúde do povo? Ora! Eles estão aí, sendo contratados para construírem hospitais para o cumprimento das promessas de campanha de muitos políticos, todavia, faltam médicos. E por quê? Basta acompanharmos pela imprensa que muitas faculdades de medicina desse nosso imenso Brasil, só faltam fechar suas portas por escassez de procura e pela evasão dos alunos. Poucos querem enfrentar a longa maratona de sete, oito anos, muitos não se adaptam com as aulas práticas, com o alto preço dos livros, com os estágios, com as aulas de anatomia que lhes obrigam a manipular rotineiramente aqueles cadáveres... e, desistem! Moral da história: É preciso sim, construir hospitais, postos de saúde, mas não esquecendo sempre de valorizar essa categoria, mola mestra, na solução da causa da saúde pública no nosso país. De nada adianta ornamentar a cidade de modernos hospitais, com as farmácias lotadas de medicamentos, se, somente o médico é quem pode prescrever a receita que serve de requerimento para o paciente recebê-lo, para não contrariar as normas do Ministério da Saúde. Enquanto isso, muitos pacientes ficam sem o tratamento e morrem "à mingua". Quem acha que eu estou errado e que nunca pode precisar, é só fazer uma visitinha, sem compromisso, ao Frotão, ao HGF. Todos os candidatos são atualizados e sabem disso. Pelo menos se presume! portanto, não adianta mais críticas vazias. O que estamos precisando é de uma intensa e segura mobilização para dar incentivo a essa única categoria que pode decidir os destinos da saúde da nossa gente.

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Para essa informação alcançar um número significativo de pessoas, o Ministério da Saúde disponibiliza áudio, em MP3, com as principais informações sobre o Plano Integrado de Enfrentamento ao uso de Crack e outras Drogas. Sua participação como multiplicador é essencial. Solicitamos que ouça e veicule gratuitamente em sua rádio o flash: clique e baixe o áudio.