quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Dislalia, uma patologia da linguagem


   Esta minha nova experiência como orientador da Rádio Interação JMC na Escola Jáder Moreira de Carvalho, no bairro da Serrinha, Fortaleza-Ceará, vem criando oportunidades para acentuar alguns aspectos que possibilitam uma avaliação mais amiúde diante das dificuldades encontradas pelos alunos, quando do engajamento na programação da emissora. Confirmar que muitas são as estratégias aplicadas para minimizar as dificuldades na prática da leitura oral em sala de aula  não é nenhuma novidade. Isto é fato! notadamente porque qualquer professor polivalente e de Língua Portuguesa sabe que o primeiro obstáculo a ser observado é a inibição. Para isso é sugestivo se amparar de muito profissionalismo para reagir com discrição e naturalidade, sem manifestar qualquer menção de rejeição, tendo em vista que isso é um processo peculiar da personalidade humana, que é decodificado como resposta ao fator emocional. Porém, essa dinâmica  do ato da leitura é vivenciada indireta (quando conversamos naturalmente com o nosso interlocutor sem ficar condicionado ao foco do texto) e rotineiramente por cada um de nós, quando se prevê um processo de interação entre o emissor e o receptor da mensagem. Outro ponto é que muitos se sentem inferiorizados  por conta de constantes insultos provocados pelos colegas que ficam de plantão para apontar os defeitos uns dos outros. Tudo isso pode ser norteado e corrigido pelos recursos da Pedagogia. Todavia, distúrbios patológicos como a dislalia, por exemplo, precisam de redobrada atenção quando da evolução sintomática para encaminhamentos futuros a um profissional especializado. E o que é dislalia?
É um distúrbio apresentado durante a emissão oral, caracterizado por trocas, omissões ou inversões de letras. Não se trata de uma patologia fonoaudiológica grave, mas pode acarretar outros problemas se persistir além da idade de aquisição normal da fala, podendo evoluir, prejudicando no futuro, o aprendizado da leitura e da escrita. As dislalias podem ser orgânicas e funcionais. As orgânicas são provindas de uma anatomia defeituosa, como problemas de arcada dentária, lábios malformados, macroglossia (língua volumosa). E as funcionais são decorrentes de fisiologias viciadas ou incorretas. É importante mencionar que os transtornos da fala sempre repercutem no comportamento emocional, ou ainda podem ser consequência de problemas emocionais.  Garanto que essa problemática não é motivo de preocupação para os alunos que integram a equipe da Interação JMC, e a  Abordagem desta temática objetiva estimular a garotada que pretende vencer a timidez e se aproximar dos microfones de um veículo de comunicação exclusivamente deles. Afinal de contas, estamos lá, municiados de toda paciência e dedicação para constatar que tudo é possível quando se tem boa vontade  e perseverança, promovendo a certeza de que o uso da voz como  instrumento natural, tem supremacia sobre qualquer outro e,  só é preciso alguns exercícios básicos de relaxamento, articulação e dicção  para que haja uma boa performance, mesmo que você não se sinta capaz. O importante é que essa relação interativa entre emissor e receptor mostre com clareza resultados satisfatórios na difusão da mensagem.


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