quarta-feira, 19 de setembro de 2012
A Guerra das torcidas organizadas
Foram 93 cadeiras quebradas, além de alambrados, e até o fuzilamento de um torcedor na avenida Carneiro de Mendonça, no bairro Demócrito Rocha. Esse foi o desfecho do jogo do último domingo entre Fortaleza e Paysandu, comprometendo mais uma vez essa instituição falida e execrada pelas pessoas de bem, chamada "torcida organizada". Esse criadouro de vândalos que intimida o cidadão de bem, o verdadeiro torcedor que, na tentativa de treinar emocionalmente a alma em busca da coordenação psíquica, se afastou de vez das arenas dos estádios, porque fica à mercê da criminalidade. Crime sim, porque vandalismo é crime, todos eles previstos no Código Penal Brasileiro. Por exemplo: Lesão corporal (Art. 129); Explosão (Art. 251); Incitação ao crime (Art. 286) e Homícidio (Art. 121). É bem verdade que o futebol é caracterizado, desde seu início, como um encontro entre opostos, onde o conflito comunitário é admitido, porém exercido e subordinado a um fim pacífico. O que deve estar em jogo, além da bola, são as emoções sendo subservientes à mais extrema essência do controle. Deixando de apostar em qualquer time, aposto no bom senso, no exercício sustentável da cidadania, infelizmente restrito àquele indivíduo que conserva a sensatez e o respeito ao direito do próximo. Trafegando pelas ruas da cidade antes do início da partida, testemunhei a ação brilhante da Polícia Militar e da Guarda Municipal na tentativa de reprimir a violência. Faço essa defesa por uma questão de justiça porque presenciei "in loco", todavia fica indominável porque os pontos de concentração são diversificados e a quantidade é imensa. É preciso ter consciência de saber que o futebol tem o objetivo de fazer o ser humano aprender e ultrapassar o padrão repressivo e a exercer a relação dialética dos opostos de forma criativa e não destrutiva. Como essa tese não é respeitada, está na hora de deixar de pensar só nos lucros com as arrecadações e partirem para o embate sadio, acabando de vez com essas torcidas que alimentam a ação desses deliquentes. E os times devem, sim, arcar com todas as despesas dos prejuízos porque um bem público de grande utilidade para o lazer do cidadão de bem, que foi beneficiado com um investimento de 54 milhões de reais em reforma, precisa ser carinhosamente preservado. E a justiça precisa aplicar inclementemente os rigores da lei.
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