segunda-feira, 3 de setembro de 2012

A TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO


              Movimento que ganhou maior difusão e consistência nos anos oitenta, tendo como agente fortalecedor o Concílio Vaticano II (1962-1965) e cenário principal a América Latina. Decodificava uma espécie de ruptura com as doutrinas da  igreja tradicional e, para  muitas interpretações passionais, tinha o intuito de promover um dissimulado avanço de movimentos comunistas que atualmente ganharam merecido espaço no contexto político-social. A antipatia de muitos conservadores veio à tona porque  a missão  prioritária era a opção pelos pobres. Para eles isso era um disfarce e provocou rotineiros embates por acharem que tudo isso se tratava de  movimentos esquerdistas querendo penetrar no contexto a fim de neutralizar a linha carismática que não vislumbrava nenhuma mudança na conservação da liturgia e no encastelamento da igreja católica. Com base no livro Teologia de la Liberación publicado há 40 anos, do teólogo Gustavo Gutierrez, tudo começou com a tentativa de promover uma reviravolta nas relações sociais da igreja com o mundo hodierno gerando um impacto no episcopado latino-americano, quando se descobriu uma representatividade evidente de inúmeros pobres e miseráveis que buscavam a dignidade e melhores condições de vida, dando impulso ao fim das desigualdades. Vale salientar que, ainda hoje, somos surpreendidos com notícias de que, por mais esforços que  o governo faça, ainda encontramos um universo considerável de famílias abaixo da linha de pobreza, segundo o Unicef - Fundo das Nações e Unidades para a Infância - Esse novo modelo de evangelização, amparado pela Celam (Conferência Episcopal Latino Americana) e CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) foi promocionado por uma ação pastoral que organizava os cristãos comprometidos com uma mudança que desse fortalecimento à isonomia social e uma reflexão crítica para uma realidade em contínua modificação. Na oportunidade não podemos esquecer nomes como o Frei Leonardo Boff e, aqui no Ceará, personaliadades como Dom Fragoso e Dom Aloísio Lorcheider, dignas de especial destaque.

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