domingo, 16 de setembro de 2012

REFORMA DO ENSINO MÉDIO


                   

    Antes era segundo grau, hoje ensino médio. Esse curso de três anos, com 13 disciplinas, podendo chegar opcionalmente a 19, que faz parte da educação básica, tornou-se uma território neutro* entre a continuidade do ensino fundamental e a principal porta de acesso a uma universidade. Ele tem o seu norteamento regido por apenas dois artigos, o 35 e o 36 da Lei 9.394/96, A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB). O texto do artigo 36,  parágrafos segundo e quarto diz:  & segundo: "O ensino médio, atendida a formação geral do educando, poderá prepará-lo para o exercício de profissões técnicas". E o & quarto: " A preparação geral para o trabalho e, facultativamente habilitação profissional, poderão ser desenvolvidas nos próprios estabelecimentos de ensino médio ou em cooperação com instituições especializadas em educação profissional". Como essas propostas deixam muito a desejar, podemos suspeitar que esses textos não passam de justificativa para dar seguimento aos da lei dos cursos profissionalizantes, no caso a 5.692/71.  Só quem saiu lucrando naquela história foram as alunas do antigo curso normal (ou pedagógico) que, após concluírem o quarto ano, competiam  vagas de igual para igual com qualquer professor  graduado  ou com pós-graduação, Só havia diferença na isonomia salarial. Diante dessa dualidade de propostas que ofertam aos alunos destinos bifurcados, principalmente os da escola pública, muitos se  sentem despreparados, impotentes e acuados para enfrentar qualquer concurso de porte maior, como é o caso do ENEM, que está filtrando impiedosamente em gotas a capacidade de cada um. Por isso a Câmara Federal começará a promover uma série de estudos e debates no intuito de apresentar uma proposição capaz de mudar esse cenário que exige alunos qualificados para um mercado de trabalho e que está em frenética evolução. A proposta central é, que é preciso dar uma nova cara a esse curso,  que seja atraente e que realmente prepare o jovem para o futuro que, indubitavelmente se torna a cada vez mais competitivo e exigindo qualidade. A tecnologia deve ser uma de suas metas prioritárias, vinculada à prática social. E aqui vai uma sugestão:  É preciso urgentemente dar ênfase à intensificação de disciplinas como cidadania, educação no trânsito, e a relação de cada um com os resíduos sólidos, com novos métodos que façam aumentar  a responsabilidade, a dignidade e o entusiasmo. Afinal, essa fase  é considerada definitiva para decisões futuras desses cidadãos.
(*) - Neutro porque não oferece capacidade para o enfrentamento de concursos que têm como concorrentes, outros candidatos com graduação e até mestrado e doutorado.

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