sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Uso dos porquês

A palavra "porquê", conforme sua posição e seu significado na frase, aparece escrita de quatro maneiras distintas.
  • Por quê

Por quê = por qual motivo

É usado somente no fim da frase, antes de um ponto.

Exemplos:

Você está assim feliz por quê?

Ela está zangada, mas eu não sei por quê.

  • Porquê

O porquê = o motivo

Está substantivado e admite artigo ou pronome adjetivo.

Exemplos:

Não sei o porquê de teu entusiasmo.

O uso da palavra porquê parece complicado.

  • Porque

Porque = porquanto, por causa que

Quando dá uma explicação e pode ser usado em lugar de "por causa que"

Exemplos:

Sou feliz, porque me ouves.

Porque era distraído, riam dele.

  • Por que

Por que = por que motivo, pelo qual, o motivo pelo qual.

Exemplos:

Afinal chegou o dia por que tanto esperei.

Então por que não falas claramente?

Daí por que estamos tristes.

Informações extraídas do livro Português Instrumental, das autoras: Dileta Silveira Martins e Lúbia Scliar Zilberknop, editora Prodil, ano 1979.

domingo, 16 de agosto de 2009

Filosofia - Um exemplo da maiêutica de Sócrates

Ia Sócrates caminhando por uma rua de Atenas, quando diante de si passa correndo um homem. Atrás deste vinha um outro a correr, enquanto gritava:
- Pega! pega! É um assassino!
- Um assassino? Que é isto? - Sócrates pergunta ao que vinha gritando.
- Um assassino é um homem que mata, respondeu o outro.
- Ah! disse Sócrates, um magarefe, então.
- Oh! não - acrescentou a rir o primeiro - um homem que mata outro homem.
- Então é um carrasco - tornou Sócrates.
- Não, não, explica o outro, já um tanto impaciente - um homem que mata outro sem autorização da justiça.
- Compreendo. Um soldado.
- Senhor - procurou esclarecer o primeiro, visivelmente irritado - um assassino é um homem que mata outro homem, sem motivo, fora do tempo de guerra, que não fora condenado em nenhum tribunal e que estava em casa tranquilo, sem esperar por isto.
- Ah! sim, então é um médico - concluiu tranquilamente o filósofo, enquanto o outro se afastava, certo de que havia falado com um louco.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A pena de morte no Ceará

A primeira execução que se se tem notícia, pelo menos historicamente, sobre a aplicação da pena de morte remonta do ano de 1632. Dois índios foram submetidos a enforcamento. Eram nativos educados em Amsterdã e atuavam como intérpretes dos holandeses. A execução, sumária e sem precedentes de formalização processual, foi autorizada por Domingos da Veiga Cabral, sobrinho e substituto de Martins Soares Moreno no governo da Capitania. Em tempos posteriores a pena de morte é encontrada em pleno desenvolvimento no Ceará, porém no início, com execuções realizadas em Pernambuco ou na Bahia. Dessa assertiva resta-nos a prova segundo a qual em data de 18 de outubro de 1804, chega a Sobral a cabeça (salgada) do réu Semeão de Freitas, que procedente de Pernambuco, retorna ao local do crime para satisfação justicialista junto à família da vítima.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Sobre as eleições nos Estados Unidos

  • Sobre a filiação

Quando o eleitor vai tirar o título nos Estados Unidos, ele tem três opções:

  1. Tira o título de eleitor se filiando ao partido democrata
  2. Se declarando ao partido republicano
  3. ou se declarando independente
  • Sobre o financiamento da campanha

A campanha eleitoral tem dois tipos de financiamentos:

  1. O financiamento público, que é uma parcela pequena.
  2. E os grandes orçamentos que são as doações de empresas, de voluntários e de membros do partido. As doações podem ser para os partidos ou para os candidatos.
  • Lá não há horário eleitoral gratuito.

Dados da Professora Cristina Perseguilo - professora de Relações Internacionais da Unesp.

O Celibato

  • Segundo o Monsenhor Roberto Carrara, da Congregação para o Culto Divino e Disciplina do Sacramento, no Vaticano, Jesus Cristo era celibatário. Porém, São Pedro e os outros apóstolos eram casados. Somente São João respeitou o celibato voluntário.
  • Os primeiros papas tinham mulher e filhos, inclusive há papas na história que eram filhos de outros papas.
  • O celibato não é considerado um princípio divino. É uma lei dos homens, por isso pode ser, teoricamente, discutida e até modificada.
  • A idéia de sua imposição era para acabar com a corrupção e o nepotismo dos religiosos que acabavam deixando os seus bens para os herdeiros, e não para a Igreja.
  • As primeiras notas sobre o assunto surgiram no Concílio de Elvira, na Espanha, no ano 306.
  • No ano de 1139, no papado de Inocêncio II, o celibato se tornou uma lei eclesiástica.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Meninas indesejadas

Na China Antiga, as meninas eram tão indesejadas nas classes pobres que não recebiam nome ao nascer. Até se tornarem adultas, eram conhecidas apenas pelo lugar que ocupavam na lista numerada de nascimento: a primeira, a segunda, a terceira filha etc.

Teoria e Prática

A Teoria é fruto da subjetivação do objeto pelo homem e a Prática é a objetivação da subjetividade do homem sobre o objeto.
Adísia Sá, Revista de Comunicação Social, Volume III, no. 2, pág. 34.

domingo, 9 de agosto de 2009

A origem do chocolate

O consumo do chocolate remonta às antigas civilizações Maia e Asteca. De acordo com a lenda, o uso do cacau fôra ensinado pelos deuses, que diziam ser ele um forte gerador de energia, sendo por isso denominado como "o alimento dos deuses". Quando Cortez chegou à América, conquistando o México, o imperador Asteca ofereceu-lhe uma bebida preparada com cacau - à qual denominavam "thocolatl" - que era tida como um símbolo de paz e alta consideração.

A história das notas musicais

Foi o musicólogo italiano Guido D'arezzo, nascido no ano de 990 e falecido em 1050, quem deu o nome às sete notas musicais, formando as seis primeiras com as sílabas iniciais de cada verso de um hino a São João e a última, o "si", com as iniciais desse santo, na grafia latina. O hino diz: "Ut queant laxis/ Resonare fibris/ Mira gestorum/ Famuli tuorum/ Solve poeluti/ Labis reatum/ Sancte Ioannei" (Ó São João, purifica os nossos lábios culpados, a fim de que teus servos possam celebrar a plena voz as tuas maravilhas). O autor do hino foi o italiano Paolo Diacono, cantor da igreja que, um dia, ao sair de um templo muito aquecido, apanhou enorme resfriado e só por isso compôs o hino em questão, no qual pedia que o santo lhe fizesse voltar a voz. Todos os nomes mantiveram a sua forma primitiva, mas "Ut" é forma usada hoje só por eruditos. Acabou transformando-se em "dó".

sábado, 8 de agosto de 2009

Anatomia - curiosidades sobre o corpo e saúde

  • A função do suor é a de liberar toxinas além, de refrigerar o corpo quando sua temperatura está muito quente.
  • Mais de 500 substâncias entram na composição química do suor.
  • Uma ótima maneira de evitar a cãimbra é comer uma banana antes de fazer algum exercício físico.
  • O único músculo voluntário do corpo que não entra em fadiga é a língua.
  • Músculo voluntário é aquele que a gente mexe quando quer.
  • depois do nascimento o umbigo, que liga a mãe ao feto, não tem mais função no corpo, é somente uma cicatriz.
  • A orelha e o nariz são feitos de cartilagem, não dependem de certos hormônios que se tornam escassos com o tempo. por isso nunca param de crescer.

Sobre o Presidente Médici e o Funrural

  • No tempo do Médici foi criada a frase "Ame-o ou deixe-o".
  • Médici foi o presidente que ampliou o Funrural, uma obra que beneficiou,na época, 40 milhões de brasileiros.
  • Ele apenas ampliou, porque o seu verdadeiro criador foi o Presidente Costa e Silva.
  • Quem mandou pagar um salário mínimo foi o Fernando Collor. Antes era só meio salário.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

A NATUREZA E A CULTURA

É prerrogativa peculiar das comunidades humanas viverem racionalmente socializadas. A condescendência da mãe natureza para com o homem e os animais irracionais é notável e gratificante, no entanto só o ser humano é privilegiado com a dádiva da inteligência e paga um preço muito alto porque essa mesma natureza não o poupa diante dos obstáculos como, a fome, epidemias, catástrofes e outras intempéries que assolam o planeta. O homem se sente acuado e se vale de suas habilidades para encarar tenaz e sistematicamente os grandes desafios, ao contrário das outras espécies que instintivamente apenas defendem o seu habitat e lutam pela sobrevivência, obedecendo assim o que impõe a cadeia alimentar. O animal irracional se utiliza da caça para alimentação, justificando o parasitismo. Todavia acaba também sendo vítima de extinção diante da mira de impiedosos caçadores humanos favorecendo a negociação predatória que fortalece o capitalismo selvagem.
Enquanto isso, o homem como agente transformador, é capaz de se recompor genética e anatomicamente quando vitimado pelas condições climáticas e pelas mazelas tais como, doenças, a falta d'água, a peste etc. A sabedoria humana e sua força inventiva proporcionam a exploração e extração de elementos dos reinos animal, mineral e vegetal para o fabrico de medicamentos, vacinas e intrumentos protéticos para suprir as deficiências físicas e as enfermidades, garantindo assim a sobrevivência e a perpetuação da espécie.
Fotografando esse maravilhoso cenário de cumplicidade mútua homem/natureza, surge a necessidade de entronização da cultura. "cultura provém do verbo latino 'colere' , que significa cultivar, acrescentar algo à natureza, colher." (José Auri Cunha, Iniciação à Investigação Filosófica, 1992: pag. 122). Essa relação dicotômica homem/cultura é indispensável pois, só assim serão atendidas as necessidades primárias, secundárias e terciárias.
Uma vez que a cultura é ensinada e aprendida, nada ocorre por processos biológicos e/ou hereditários, e sim, por um processo social. Por exemplo, não podemos classificar a ação da aranha ao confeccionar sua teia engenhosa com o objetivo de capturar seu alimento como uma atividade cultural, pois esse processo é inato e sempre do mesmo jeito. A única ferramenta usada por esse aracnídeo são as glândulas. Jamais ela conseguirá realizar essa façanha utilizando outros métodos e/ou instrumentos. O joão-de-barro, ave da família dos Furnaríidas, trabalha incansavelmente para plasmar o seu ninho, porém é sempre do mesmo jeito. De outra maneira ele não saberia fabricar. As abelhas (Apis mellifica L), constroem suas colméias e não produzem outra coisa senão o mel. No entanto, o homem com sua brilhante e fértil imaginação, se insere sorrateiramente no contexto cultural, aciona sua acuidade mental, habilmente se municia de diversificados equipamentos arquitetados por ele mesmo e constroi sua própria moradia para se proteger do relento e abrigar sua família. Constroi palafitas, arranha-céus, pontes, fabrica o pára-raios etc. Sentindo necessidade de locomoção, doma o cavalo, inventa carroças, charretes, bicicletas, automóves, aviões, naves espaciais, submarinos, locomotivas etc. Ao criar a culinária, suplanta as abelhas; inventa usinas, fabrica o açúcar e, concomitantemente, os mais variados e suculentos tipos de doce, além de um invejável e saboroso cardápio de comidas salgadas e frutos do mar. Dinamizou a pesca e intensificou a agropecuária.
Ao mencionar a cultura no sentido estrito, designamos o viver diversificado de cada sociedade. As diferenças são tantas que chegam até a nos causar estranheza. Na Rússia, por exemplo, é comum a prática do beijo de cumprimento entre os homens. No Brasil, nem pensar! Na Escócia, o uso do kilt (saiote) pelos homens é sinal de elegância. Em Maputo, Moçambique não são as mulheres que são manicuras, e sim os homens.
No setor agrícola o homem tem conseguido várias conquistas ao tentar driblar as enchentes e as secas, implementando projetos de açudagem para regiões semi-áridas, a aragem, a adubação do solo e, em situações mais críticas, como é caso do Nordeste, projeta equipamentos para escavações de poços profundos e cisternas de placa.
Enfim, cada sociedade se adapta à sua cultura na tentativa de encarar a realidade e suprir suas indigências.
Podemos concluir então que cultura é um conjunto de valores materiais e espirituais criados pela humanidade no curso da história. Quando acatamos a idéia de que cultura trata-se de um fenômeno social é porque entendemos que toda e qualquer atividade que intensifique o bem comum é uma atividade cultura.

domingo, 2 de agosto de 2009

A ALEGORIA DA CAVERNA DE PLATÃO - UMA ANÁLISE DA METÁFORA

Valério Pereira
A leitura de um texto dessa magnitude realizada por um leitor desprevenido o deixará claramente acuado pela estranheza do conteúdo que dá vazão a inúmeras diretrizes bizarras, quando da interpretação. Qual a mensagem central que podemos detectar ao focalizar de uma distância privilegiada a situação vivida por aqueles indivíduos enclausurados no interior da caverna? o teor do cenário e das cenas é quase que surreal porque - que homens suportariam viver eternamente com a liberdade ceifada e privados de comida e bebida?
Embora que de uma maneira eufêmica com relação à caverna, aqui e acolá encontramos indivíduos submetidos à submissão. A liberdade é e sempre foi alvo de perseguição pela opressão, como uma triste orquestração de uma ave canora em sua gaiola. "Para lidar com o sofrimento é preciso perceber que ele faz parte da nossa vida" (Dalai Lama). O que se espera, porém, de um contexto que sempre apresentou um fortalecimento dicotômico visível entre o sofrimento e a felicidade por conta de um inevitável desnivelamento social? O desconforto é preocupante quando percebemos a desigualdade de valores entre instruídos e não instruídos. Certamente que isso gera uma inquietação visível, notadamente entre o filósofo que tanto fomenta a virtude. "A virtude é uma faculdade prática, sendo construída pelo hábito, pela ação propositadamente exercida e repetida." (Aristóteles). Afinal, não é essa a essência da filosofia? a busca incessante pela razão das coisas corriqueiras da vida?
Analisando e compreendendo essas perspectiva, se espera como resultado reflexivo a projeção de um homem indivisível, com apurado senso de justiça, com uma vida financeira estável e em constante harmonia com a felicidade, banindo de vez a dor e o sofrimento açulados pelo descompasso desse próprio homem. A mensagem central do cenário da caverna (na minha concepção) faz uma abordagem da invasão de obscurantismo aliciante que tende a travar toda e qualquer possibilidade de novas expectativas que venham descobrir e conviver em um mundo melhor. Por quê? Ora, desde os primórdios, desde os primeiros entendimentos cognitivos, somos agentes presenciais dessa discórdia entre paz e desassossego por conta da soberba humana. E ninguém está imune de se livrar dessa bifurcação, nem que se trate de músico, astrônomo, geômetra ou qualquer outro cientista, porque a natureza é infinitamente imútável "Naturam mutare difficile est" (Sêneca). A nossa missão como seres humanos é de criar no sentido de resguardar, para que possamos ter um modelo de vida digno em consonância com o mundo. Jamais poderemos desafiá-la na perspectiva de radicais modificações que porventura venham a bater de frente com a decretação pétrea determinada por essa própria natureza, sob pena de provocar graves falhas na qualidade de vida das espécies. A medicina, por exemplo, desde Hipócrates (Cós, 460 - Tessália, 377 a.C.) até nossos dias e se valendo de opulentos recursos fornecidos pelos reinos animal, vegetal e mineral, tem propiciado grandes e impagáveis avanços para o bem da humanidade, como a fabricação de modernos medicamentos, sofisticadas cirurgias que curam e salvam vidas. O que inquieta o filósofo é que para o homem comum tudo isso passa despercebido, mas certamente não faltam esforços para um genuflexo, no intuito didático de provocar um entendimento mais apurado. E é nessa cadência que entra em cena a dialética que abrilhanta a sua presença na derrocada das conjecturas, procurando constatar o que é inerente à essência, com o beneplácito da ciência e da inteligência. "Se tudo que está posto fosse essência não haveria a necessidade de existir ciência." (Karl Marx).
A idéia de Platão é que nada nem ninguém poderia interferir na lides das cidades por simples vaidade de ser agente detentor do poder. Certamente teríamos elites, mas elites não segmentadas e providas de sensibilidade para a compreensão da importância da honestidade, juntamente com a busca da harmonia. O autor é ponderado ao questionar o potencial dos que não receberam educação nem experiência da verdade. Esses, certamente não estariam aptos a conduzir os destinos de uma cidade.

sábado, 1 de agosto de 2009

O ENSINO DO JORNALISMO E A SOCIOLOGIA

Nada mais é oportuno do que a idéia de fazer com que haja um evidente entendimento pelos alunos do curso de jornalismo, da importância da relação da profissão com os elementos didáticos da Sociologia. O que justifica tal declaração é que a atividade jornalística está intimamente em sintonia com a comunidade em que se insere. A atuação do profissional se manifesta na condução de informações que têm como personagens as camadas populares de menor poder aquisitivo, os altos escalões da esfera social, membros de comunidades religiosas, celebridades etc., apresentando um cenário de expressiva dicotomia entre as categorias sociais. Dificilmente veremos um jornalista militante enclausurado em seu próprio mundo porque ele precisa se esforçar e se infiltrar impetuosamente no contexto social, precisa ser ousado para correr atrás das novidades "o que caracteriza os meios de comunicação da sociedade atual que não a pressa de dar mais novidades, novidades reais e às vezes irreais, fantasiosas?" (Arnold Gehlen, ob. Cit., p. 75 - citação utilizada do texto Os Meios de Comunicação de Massa e a Sociedade Racionalizada, da Professora Adísia Sá, página 39 - Revista de Comunicação Social da UFC, 1973) e, através do conteúdo a ser divulgado, muitas vezes figurar como um agente mediador diante das mazelas do cotidiano. Imagina-se que o jornalista que atua na crônica esportiva não necessite da utilização desses traquejos, mas é evidente que o seu com desempenho, certamente evitará rotineiros confrontos entre torcidas irritadas e hostis. E para isso, é necessário muita habilidade na pronúncia de palavras, evitando, portanto, o uso abusivo de sentimentalismos e paixões.
Não há nada de surpreendente em afirmar que insistimos na idéia de corroborar que o jornalismo jamais se desmembrará da sociologia, notadamente no mundo hodierno em que é palpável a explosão da população em nações que não disciplinam o controle da natalidade e a incerteza de uma reviravolta na evolução dos países subdesenvolvidos, provocando, portanto, um gritante desnivelamento social que tende para a disseminação do sofrimento que será sentido principalmente pelas camadas de menor poder instrucional e mais pobres; que convivem em ambientes carentes de infra-estrutura, com altos índices de violência; dividindo o seu espaço com perigosos traficantes, com as drogas e, de contrapeso, com o ataque de doenças epidêmicas. E nesse ritmo cadente labuta o jornalista diuturnamente, em parceria com os órgãos de segurança e de saúde pública, mantendo os primeiros contatos com o "trágico", sempre com o propósito de manter uma conduta fidedigna na linha da informação. Afinal de contas está em jogo a credibilidade.
Cabe ao jornalista, porém, se inteirar e conviver aguerridamente dentro desse processo para que haja transparência e dignidade no foco da notícia. Certamente que dominando os métodos e técnicas da sociologia, teremos como resultado um trabalho bem lapidado. E um maior engajamento na atuação do seu mister, denunciará a qualidade do profissional em campanha.

Boletim de rádio

O Governo Federal está avançando na luta contra o crack. Uma das estratégias de tratamento dos usuários é a ampliação do número de CAPSad nos estados e municípios. Hoje, a Rede de Assistência do SUS conta com 1.700 unidades em todo o país e até 2014 serão mais 175.

Para essa informação alcançar um número significativo de pessoas, o Ministério da Saúde disponibiliza áudio, em MP3, com as principais informações sobre o Plano Integrado de Enfrentamento ao uso de Crack e outras Drogas. Sua participação como multiplicador é essencial. Solicitamos que ouça e veicule gratuitamente em sua rádio o flash: clique e baixe o áudio.