O RESULTADO DAS ELEIÇÕES EM FORTALEZA

  Trafegando dois dias antes da eleição pelas ruas do bairro Bom Jardim (onde trabalho), era visível a presença matematicamente dividida de eleitores dos dois candidatos a prefeito, porém, ontem, dia do pleito me surpreendi com o avanço inesperado das cores amarelas, dando uma ligeira sensação de virada, pois as últimas pesquisas de intenção de voto apontavam Elmano de Freitas como favorito e a de boca de urna, sem provocar preocupação para os militantes do PT, dava uma apertada vantagem a Roberto Cláudio. O que podemos decodificar desse resultado é que além da expansão numérica da coligação, houve uma forte influência do atrativo de Moroni que chegou a assegurar o voto de muitos de seus eleitores e da coalizão com Inácio Arruda, com o PDT e com Professor Valdeci(do PRTB). Mas o que mais me impressiona é que, sem conseguir conquistar o universo de votos nulos e em branco; e vitimado por uma queda meteórica aqui na capital o PT foi derrotado, deixando transparecer que não soube fazer o "dever de casa", notadamente quando esperava que a presença do ex-presidente Lula servisse de reforço para uma confortável vitória, embora essa compreensão não seja teoricamente demonstrada pelo povo da periferia que esperava desdobramentos imediatos nas promessas de campanha da Prefeita Luizianne Lins. Ao propor uma Fortaleza Bela, a Executiva não teve a preocupação de conscientizar uma boa parte da população para fazer sua parte quando da relação com o uso dos resíduos sólidos, e a ingratidão por parte de muitos eleitores campeou quando da implementação de uma passagem de ônibus a contento; de criar a tarifa social, de fundar os Cucas, impactar a mobilidade urbana, do Projeto Viamar, do polêmico aquário, além do Hospital da Mulher etc. E aqui vai uma observação que sempre tenho feito nos meus espaços: "Hospital, como escola não é só o prédio na sua suntuosidade não! Hospital é o médico e escola é o professor." "Doa a quem doer!". Essas cobranças eram notáveis e vi muita gente declarando que nada ou pouco foi feito nos últimos oito anos. A verdade é que o Partido dos Trabalhadores ficou imobilizado porque apenas os quatro vereadores que comporão a bancada terão de fazer das "tripas coração" para resgatar, via Câmara Municipal o restabelecimento da legenda sem deixar, em momento algum, de manter a firme sustentação junto à Presidenta Dilma Roussef e se esforçar para passar um apagador nas mágoas e ressentimentos a fim de conservar um bom diálogo com o PSB via Governador Cid Gomes, além de contar com o reforço da base aliada. E quanto a Roberto Cláudio, esse irá encontrar a Prefeitura com um caixa considerável - segundo palavras de Elmano quando dos debates, todavia o seu desafio inicial é realizar uma consistente estratégia na distribuição de cargos, respeitando criteriosamente e a palmo o grande universo de apoios recebidos. E aqui vai um sugestão: A boa agilidade de um governante é quando ele mantém um harmônica articulação com todos os seus servidores, ao ponto de ficar sozinho na vanguarda e em defesa de cada um deles que, acima de tudo merecem respeito e dignidade. Isso sim, é democrático; e ter a certeza de que ao terminar o seu mandato todos os seus funcionários, sem distinção, e mesmo que não o reelejam, estarão ao seu lado.

Conceito de ideologia

    A priorização de um debate amplo e irrestrito que dê norteamento ao verdadeiro sentimento das massas populares em busca de uma vida confortável através das relações políticas e sociais, tira do foco o conceito etimológico de ideologia que é o estudo das ideias ou conjunto de valores, maneira de sentir e pensar de pessoas e grupos para dar espaço ao comumente utilizado como ferramenta de contrapontos e inversão do contexto social que fortalece as ideias erradas, incompletas, distorcidas, falsas sobre fatos e realidade. Karl Marx a conceitua como o equivalente a ilusão, falsa consciência. Nessa perspectiva se denota um tom idealista no qual a realidade é invertida. Na obra de Lênin trata-se de qualquer concepção da realidade social ou política, vinculada a interesses de certas classes sociais particulares. Diante deste cenário podemos decodificar que, aparentemente, somente o que nós classificamos de "elite intelectual" sabe decifrar tais definições e, consequentemente detém o poder de manipulação no que se refere aos interesses das massas populares. Isso porque é através dessa temática que se arquiteta um imaginário e uma lógica na identificação com a função precisa de escamotear o conflito (entre as classes sociais). É notável, portanto, a dissimulação da dominação e a ocultação da presença dos interesses particulares em detrimento dos interesses coletivos. É preciso, porém ter muita ponderação com as reais intenções das ações da política partidária e dos que detêm o poder, que se maquiam com o propósito de mergulhar, disfarçadamente, em águas turvas, na tentativa de fomentar o engrandecimento das massas. Fazendo uma reflexão mais amiúde, não podemos descartar a certeza de que, no sistema capitalista a elite (antiga burguesia) trama enrustidamente a fim de evitar que o povão se conscientize e reaja com denodo para dar um basta na exploração, na opressão e aceitem a sociedade do jeito que ela é sem perspectiva de mudança. Assim, os dois suportes que servem de sustentáculo para a evolução econômica do estado; o trabalho e o capital são absolutamente inalteráveis, viabilizando a manutenção da alienação e domesticação das classes trabalhadoras. Isso não é prerrogativa intencional das formas puras de governo e sim, da imposição do sistema capitalista que age como um rolo compressor na conservação e manutenção do seu espaço.

A PALAVRA FALADA - Para os alunos da Rádio na Escola

     Ao longo do cotidiano poucos se atêm mas a força de munição construtora e demolidora da palavra se faz presente a cada momento que pronunciamos alguma expressão. A cada gesto, a cada tom, somos sistematicamente interpretados pelo que mencionamos e as reações são inevitáveis e às vezes adversas. "A palavra é a sombra da ação" (Demócrito). Trago essa temática à baila porque todos aqueles infantes determinados a encarar a comunicação social como sua ferramenta de trabalho precisam ser literalmente auto-policiados e o cuidado deve ser redobrado. Neste momento se faz necessário não esquecer os ensinamentos básicos da Ética que norteiam todo esse processo de relacionamento, principalmente quando temos de encarar diálogos com pessoas desconhecidas e até com as conhecidas que estão à espreita por qualquer deslize para investir periculosas detonações alegando legítima defesa. Como profissional do setor não posso camuflar que o radialista enfrenta um grande desafio, principalmente com o mister de formar opiniões mantendo um pensamento racionalmente lúcido e mensurado para que as palavras reproduzidas posteriormente não sejam alvo de ataques pelo grande universo de receptores, alguns até hostis. Como exemplo podemos nos valer das Sagradas Escrituras, mais precisamente nos Atos dos Apóstolos quando Santo Estêvão fez o mais longo discurso e em seguida foi  lapidado pela multidão enfurecida (At 7,1-60). Obviamente que não estou me referindo àqueles alunos que vão à rádio apenas para mandar um "alô",  num gesto de harmonia entre os colegas. Mesmo assim ainda sou incisivamente cuidadoso para que não  exagerem usando palavras chulas e de baixo calão no microfone da tribuna livre. A mensagem é para aqueles que estão percebendo que podem aperfeiçoar o talento e adquirir capacidade para enfrentar uma jornada de trabalho que muito contribuirá para o progresso da nossa sociedade.

MUITAS LEGENDAS E POUCAS IDENTIFICAÇÕES

     Essa é uma grande verdade! A maioria do eleitorado desconhece o conjunto de ideias dos partidos em que votam, embora essa prática indireta seja assegurada. A leitura dessa identificação partidária se restringe apenas àqueles indivíduos detentores dos conhecimentos de teoria política. Não existe preocupação em mostrar esse detalhamento porque a força está nos nomes que compõem as lideranças dessas bases. A prova é tanta que é visível o pula-pula de um partido para outro, caracterizando assim a infidelidade partidária. Um fato relevante foi o episódio envolvendo o Deputado Heitor Férrer, o seu partido, PDT e o apoio ao candidato Roberto Cláudio, apadrinhado pelo Governador do Estado. Seria uma extrema incoerência se um candidato que tinha como slogan uma estrofe da música de Erasmo Carlos "Um prefeito pra chamar de seu", se bandeasse para qualquer um dos lados. Enquanto isso a cúpula do partido sentindo a proximidade com as propostas do candidato apadrinhado por Cid Gomes, resolveu apoiá-lo, sempre argumentando que há igualdade e viabilidade no implemento dos projetos. A ausência notória de essencialidade no bojo dessas agremiações fica tão evidente que jamais se imaginava a adesão do senador Inácio Arruda ao PSB de Roberto Cláudio. Logo ele que era coligado com o PT de Luizianne Lins, dando suprimento a uma "eterna" aliança de esquerda, no passado. Tudo isso em detrimento da candidatura de Elmano de Freitas. O Partido dos Trabalhadores é um partido sim, que hoje levanta na sua estrutura interna a bandeira da Democracia Socialista e que caminhou por muito tempo de mãos dadas com o PC do B juntamente com outras legendas de esquerda e atualmente alguns de seus membros rejeitam a tese de que o apego impositivo ao poder é politicamente patológico, comprometendo assim as lembranças da convivência  com as velhas oligarquias hegemônicas que agiam como um rolo compressor sobre as classes desfavorecidas e, por isso mesmo deveriam estar definitivamente mortas e sepultadas. O PT que na sua incipiência lutou aguerridamente para dar vitalidade à esquerda e uma cara nova ao país quando do amparo à luta das classes trabalhadoras, principalmente para aquelas categorias menos privilegiadas e foi às ruas dando um basta na abusiva ostentação das elites de direita. A verdade é a seguinte: Tudo isso acontece e passa despercebido pela cabeça de uma gama de eleitores. Todavia, o que não pode mais acontecer é a insistência de lançar propostas escusas e projetos mirabolantes sempre envolvendo saúde, educação e segurança na tentativa de cabalar voto, porque quem se utiliza disso é o povo e sabe que passa anos e anos, e tudo fica totalmente na mesmice e sem mudanças consistentes.

A MINHA PRIMEIRA PROFESSORA

     Essa é uma das maiores certezas de todo cidadão. Todos tiveram a primeira professora! Aquela que nos acolhe de braços abertos no nosso primeiro dia de aula e nos envereda para as primeiras relações sociais que têm como novidade um "novo mundo". Esse mundo novo que, para muitos provoca grande fobia, porque vivenciamos a primeira separação com os nosso familiares. E a reação imediata é de desespero, sendo o choro inevitável e insistente. Compete àquela maravilhosa figura humana promover a ruptura com essa quase que inescalável barreira, realizando a difícil tarefa psico-pedagógica de conquistar e adaptar  aquele pequeno ser à panorâmica desse recente modelo de vida. Outra missão dessa heroína que, para muitos, pouco tem valor, é a de alfabetizar. Hoje, quando muitos já passaram por vários bancos escolares, se  vangloriam e acham tudo muito fácil, mas podem ficar certos de que, essa é uma das missões mais complexas porque compete àquela profissional socializar a garotada com os  mais diversificados   tipos de grafemas (letras desenhadas) e executar uma malabarística  orquestração com o imaginário universo dos fonemas, para que o aluno aprenda a soletrar.  Sem nenhum pensamento demagógico, mesmo porque não sou candidato a nenhum cargo eletivo, sei do peso valor e da importância dessa tão sagrada categoria e, no dia de hoje, que homenageia a todos os mestres, quero dedicar este artigo à dona Marta de Sousa que me ensinou as primeiras letras lá no Círculo Operário do Bairro Pan-americano e, pelo andar da carruagem, já está aposentada; e a todos os professores desses brasis de Meu Deus.

PARA OS ALUNOS DA RÁDIO NA ESCOLA - A ROTINA DO RÁDIO

  Se compararmos o dia-a-dia do rádio com as atividades pedagógicas da escola, na essência de objetivos tudo se equipara. A dinâmica da operacionalidade do rádio se propõe a passar informações precisas, noticiar os fatos do cotidiano sem omitir a verdade, entreter e formar opiniões. Tudo isso em uma atmosfera de profunda descontração. Quem é ouvinte de rádio percebe que nunca o comunicador deixa transparecer que está triste, por mais problemas que ele tenha. No universo presencial escolar, a mesma coisa. O professor jamais carrega em sua bagagem suas dificuldades e se desnuda de entusiasmo para transmitir seus conhecimentos a todos os alunos da sala. Como isso é presencial, fica evidente que não há espaço para evitar o improviso. Tudo é ao vivo e todas as falha cometidas são religiosamente aceitáveis. Já no rádio isso é diferente porque o que o ouvinte espera do comunicador virtual, desconhecido é a talentosa comunicação através da voz, transformando esse momento interativo em uma verdadeira magia. Portanto,  é preciso atentar para alguns detalhes. Tudo decorre dentro do estúdio que contém todos os equipamentos necessários e devem ser criteriosamente familiarizados pelo comunicador. Isso ocorre porque é exigível  a antecipação da montagem da programação e nada pode falhar. As músicas devem ser literalmente selecionadas, com antecedência, e o programa que será apresentado precisa passar por uma competente produção que vai desde a seleção das pautas, do roteiro musical, da cronometragem do tempo, ao uso cuidadoso da ferramenta principal, no caso, o microfone. Diferentemente dos microfones de palco, ninguém pode ficar manuseando com insistência. E o que foi mais estranho para os nossos alunos é que esse equipamento tem que ficar fixo em um pedestal e, não é necessário ficar ligando e desligando, tampouco falando o  asneiras porque o controle  é feito pelo operador da mesa de som e o ouvinte cativo aposta na sua capacidade de articulação e, consequentemente julga e censura as suas habilidades. E uma dica importante para aqueles alunos que estão se saindo muito bem na apresentação dos programas da Rádio Interação JMC: A concentração é inevitável ao ponto de que, quando você estiver "no ar" a atenção deve ser redobrada sem  poder ser desviada, em hipótese alguma, porque não se pode esquecer que, em qualquer lugar existe alguém lhe ouvindo e apostando na sua capacidade. Parabéns a todos que estão levando a coisa a sério e podem ter certeza de que, no futuro serão talentosos profissionais.

DIA NACIONAL DA LEITURA

     Hoje, 12 de outubro é o dia Nacional da Leitura. E é  de bom alvitre começarmos este artigo mencionando nomes como o do escritor Monteiro Lobato que, no afã da sua vida literária teve a felicidade de citar a seguinte frase: "Um país se faz com homens e livros". Não quero com isso motivar  alguém que deva fazer um escambo entre o uso habitual da internet por muitos, pelo livro de papel. Isso porque sou um defensor perpétuo do uso seguro e consciente  dessa ferramenta que veio ocupar um espaço em nossas vidas que jamais será arrebatado. Todavia é importante rememorar outras gerações que distantes de se relacionar com o computador, deixaram exemplos brilhantes de intelectualidade somente com a leitura paciente, insistente, permanente e consistente  de grandes obras literárias. Sustentando-me nesta tese, sou totalmente simpático àquelas famílias que persistem e cobram que os mais jovens pratiquem esse hábito, sempre com o norteamento de que isso faz parte da vida e propicia, sem o espectro da hipocrisia, o  engrandecimento e um futuro promissor, porque essa prática incansável faz parte da busca incessante dos conhecimentos necessário para a evolução da vida. Em verdade é importante sim, o convívio com uma ferramenta que revoluciona porque oferece novas alternativas para a pesquisa, de uma forma lúdica, porém se houver uma dosagem com a leitura convencional, posso assegurar que isso não servirá para mim nem para ninguém e sim, para você mesmo. Reflita e comece  hoje mesmo. E não esqueça "Para adquirir conhecimento, é preciso estudar; mas para adquirir sabedoria, é preciso observar." (Marilyn vos Savant).
Hoje, 12 de outubro é o dia Nacional da Leitura. E é  de bom alvitre começarmos este artigo mencionando nomes como o do escritor Monteiro Lobato que, no afã da sua vida literária teve a felicidade de citar a seguinte frase: "Um país se faz com homens e livros". Não quero com isso motivar  alguém que deva fazer um escambo entre o uso habitual da internet por muitos, pelo livro de papel. Isso porque sou um defensor perpétuo do uso seguro e consciente  dessa ferramenta que veio ocupar um espaço em nossas vidas que jamais será arrebatado. Todavia é importante rememorar outras gerações que distantes de se relacionar com o computador, deixaram exemplos brilhantes de intelectualidade somente com a leitura paciente, insistente, permanente e consistente  de grandes obras literárias. Sustentando-me nesta tese, sou totalmente simpático àquelas famílias que persistem e cobram que os mais jovens pratiquem esse hábito, sempre com o norteamento de que isso faz parte da vida e propicia, sem o espectro da hipocrisia, o  engrandecimento e um futuro promissor, porque essa prática incansável faz parte da busca incessante dos conhecimentos necessário para a evolução da vida. Em verdade é importante sim, o convívio com uma ferramenta que revoluciona porque oferece novas alternativas para a pesquisa, de uma forma lúdica, porém se houver uma dosagem com a leitura convencional, posso assegurar que isso não servirá para mim nem para ninguém e sim, para você mesmo. Reflita e comece  hoje mesmo. E não esqueça "Para adquirir conhecimento, é preciso estudar; mas para adquirir sabedoria, é preciso observar." (Marilyn vos Savant).

GRAMÁTICA - "DIA-A-DIA" OU "DIA A DIA"?

  Ambas as formas são usuais, porém a que apresenta os elementos ligados por hífen representa o substantivo composto sinônimo de "rotina diária, sucessão normal dos dias, cotidiano".
Ex.: O amor sofre sérios desgastes do dia-a-dia dos casais.
Já como expressão adverbial de tempo, significando "dia após dia, "a cada dia", escreve-se com os três elementos independentes.
Ex.: Dia a dia as coisas pioram.
A dica é a seguinte: Na dúvida, se valha da sinonímia e tente fazer a substituição.

PS: Para aquelas pessoas que têm antipatia a mim e aos meus textos que abordam a Língua Portuguesa, eu só tenho a lamentar. Mas, não tem problema! Podem excluir a minha página, porque a minha incansável luta em defesa do nosso idioma jamais irá cessar. Peço desculpas às pessoas que não merecem ler esse desabafo e jamais revidarei com baixarias.

A vitória da situação

 Não vamos aqui entrar no mérito da ideologia das legendas dos candidatos que pleiteiam uma vaga no segundo turno, mesmo porque ambos estiveram na linha de frente como membros da mesma base aliada. E em sua participação na propaganda eleitoral, Ciro Gomes sempre manifestara o confirmado apoio da Presidenta petista Dilma Rousseff, caso Roberto Cláudio  seja eleito. O que se esperava é que outros nomes de destaque da oposição como Heitor Férrer, Renato Roseno ou até mesmo Inácio ou Moroni conseguissem desmontar essa aliança que dá fortalecimento ao poder e detém a máquina, dando motivo bastante para se pensar que o desenlace fora patrocinado por fontes oficiais, sem dar ênfase aos financiamentos empresariais que obedecem à legislação eleitoral. A verdade é que, sem o Congresso Nacional dar prioridade ao avanço de uma reforma política que mude esse cenário, o eleitorado fica agora à mercê da indução e irá engolir goela abaixo dois candidatos totalmente vinculados e comprometidos com a máquina governamental que norteia todo o processo, sem contudo dar vez ao sentimento democrático (a livre escolha com outras opções). Não me refiro aqui àquele eleitor que votou conscientemente em Roberto Cláudio ou no Elmano de Freitas, e sim nos que preferiram  optar por confiar em novas articulações, vislumbrando um idealismo de cara nova na tentativa de desarticular um poder totalmente bifurcado com o beneplácito do Governo Federal. Diante de uma situação irreversível o que se deve fazer é avaliar bem o que vem pela frente de ideias e propostas e, no próximo dia 28 de outubro comparecer às urnas com o firme propósito de conviver em uma cidade que faça jus à sua decisiva e importante escolha.  

ELEIÇÕES NA VENEZUELA

    Simultaneamente às eleições nos municípios  brasileiros ocorrem as eleições na Venezuela e a disputa está entre o atual presidente Hugo Cháves há 13 anos no poder e o advogado Henrique Capriles Randonski de 40 anos que pretende seguir o modelo brasileiro, porque entende que o nosso país sabe fazer justiça  entre as relações internacionais com os  Estados, e não entre governantes. Henrique está muito confiante na vitória, apesar de não estar se saindo bem nas pesquisas, porque acredita na consistência de uma campanha feita no corpo a corpo, a mesma estratégia utilizada por Chávez quando se elegeu pela primeira vez. O que lhe dá essa sustentação é que em 2008 foi eleito governador de Miranda, dentro de um reduto forte do chavismo. Questionado sobre adotar o modelo do governo de Lula que apoia Hugo Chávez, não é motivo de preocupação porque o foco maior são ações como o "Fome zero"  e outras. Entende que isso é uma maneira de o opositor se favorecer já que usa a todo custo os holofotes para confundir e criar tensão ao eleitorado. A ideia é apenas seguir o modelo brasileiro sem contudo dar ênfase a um nome. A prioridade principal é estabelecer uma relação harmônica entre o público e o privado criando novas oportunidades de emprego para os venezuelanos e os impostos arrecadados do setor privado serão destinados ao bem estar social. Pretende romper com a atual política externa ideologizada que se baseia somente nos interesses do governo e não dos venezuelanos. A ideia central é abrir a economia para outros mercados e um deles é o Brasil. Se for eleito e intensificando suas propostas é provável que com a diplomática experiência da Presidenta  Dilma um novo caminho será traçado.

GRAMÁTICA - OS VERBOS DEFECTIVOS

    Temática bastante usual nas aulas de Língua Portuguesa, é a conjugação dos verbos defectivos  ou defeituosos. Esse fenômeno acontece para justificar o uso da má sonoridade. Por exemplo: Eu ex/plo/do, Eu co/lo/ro ou evitar as coincidências entre algumas formas verbais, tais como: eu falo (do verbo falar) e eu ø do falir (defectivo). É importante, porém entender o que são formas rizotônicas (aquelas em que a sílaba  tônica aparece exatamente no radical da forma verbal e, ao contrário, as formas arrizotônicas (a sílaba tônica aparece fora do radical). Daí concluirmos que esses verbos só aparecem conjugados nas formas arrizotônicas. Basta observarmos os verbos precaver e reaver. Aquele não é cognato do verbo ver, e este é derivado do verbo haver, somente nas pessoas que aparecem a letra "v".
Exemplos
Verbo reaver (presente do indicativo)
Euø
Tu ø
Eleø
Nós reavemos
Vós reaveis
Eles ø

Verbo precaver (presente do indicativo)
Euø
Tu ø
Ele ø
Nós precavemos
Vós precaveis
Eles ø
Observe que as formas que aparecem estão na forma arrizotônica.
Lembramos também que o  verbo falir só aparece conjugado se depois do radical aparecer a vogal "i" - nós falimos - vós falis.
Atenção candidatos ao Enem. Vez por outras questões com esses verbos aparecem. Para isso você precisar estar atento. Estude bastante e boa sorte.


 

CHEGARAM AS ELEIÇÕES

   Prática comum entre os cidadãos, é o direito de votar e ser votado, dando norteamento ao que prega o idealismo político que está presente em algumas  nações do mundo. Esse idealismo é alimentado pela necessidade de se viver inserido numa sociedade em harmonia e plenamente organizada. Para isso é preciso um pouco de conhecimento entre os elementos que gerenciam esse contexto. Esse privilégio só é adquirido pelo homem, e o classifica de "animal social" que se inicia com a formação da família e a inserção de cada um sob a égide do Estado (uma sociedade permanente de homens que habita um território fixo e determinado, possuindo um governo soberano). Segundo o filósofo grego Aristóteles, há duas formas de governo, as puras (quando a autoridade governamental beneficia a todos) e as impuras (quando essa mesma autoridade visa apenas ao bem-estar dos que governam). E, obviamente que a democracia é uma forma pura e está sempre a bater de frente com a aristocracia porque as articulações são freneticamente opostas, criando-se assim a ideia de situação (grupo que compõe o poder) e a oposição. Nas eleições que se aproximam o eleitor irá escolher o prefeito de sua cidade, cargo  majoritário e os integrantes do Poder Legislativo que são os vereadores. É importante não esquecer que há muitos aproveitadores querendo apenas se locupletar e que não estão nem aí para cumprir sua tarefa principal que é  a de reivindicar os interesses da coletividade, através da elaboração de projetos, fiscalização e denúncia dos erros cometidos pela gestão do município e, acima de tudo, amparar àquelas pessoas mais necessitadas, viabilizando atendimento de qualidade e urgente nas áreas de saúde e educação etc. Não é de bom alvitre um bom candidato prometer o "imprometível" e de mostrar rejeição para com seus opositores como estratégia para amealhar votos, porque um bom político acata religiosamente os princípios da Ética e não se deixa envaidecer pelas picuínhas. O seu papel principal é abrir as portas e o coração para aqueles que lhe deram uma procuração para representá-los. Cuidado! Não seja um analfabeto político, virando as costas para um momento tão importante que fortalece a cada dia os valores da cidadania.            

GRAMÁTICA - Insipiente, insípido, incipiente, insosso e salobro

 Originário do latim, da mesma raiz de "saber"
Insipiente é o contrário de sapiente (aquele que sabe)
Insípido é o contrário de sápido
Sápido é o que tem sabor
Insípido é o que não tem sabor
Já Incipiente (vem da família de "incipere", do latim) e significa começar, iniciar, inexperiente.
Insosso e insulso = sem sabor, sem tempero.
Salobro ou salobre = que tem gosto de sal.
A palavra salada vem do italiano insalata
Salata = salara = salgar

DIA INTERNACIONAL DO IDOSO

      Hoje, primeiro de outubro,  é o Dia Internacional do Idoso e, segundo os últimos indicadores, no Brasil  são 23 milhões desses cidadãos. Só em Fortaleza são mais de 1 milhão com idade igual ou acima de 60 anos. Esse prognóstico nos dá oportunidade para a abordagem de uma ampla discussão. Enveredando pelo lado positivo, só temos é que ovacionar a iniciativa da Lei 10.741, de primeiro de outubro de 2003, o texto do Estatuto do Idoso que, infelizmente ainda não faz parte do hábito da leitura diária e da prática de muitos brasileiros que, sem a menor sombra de dúvidas, se não forem tragados pela morte prematura, conviverão ou chegarão a essa condição, sem contudo, querer aceitá-la. Embora necessitando de carinho e tratamentos afetivos especiais, com condições de igualdade, e, em respeito ao seu mecanismo de defesa e suas limitações - segundo o que prevê os artigos primeiro e segundo do Estatuto, quem chega à terceira idade  é muitas vezes descartado e encaminhado ao profundo isolamento, mesmo dentro das suas próprias residências, além de sofrerem pela recusa da comunicação por conta da incompreensão dos familiares que, numa atitude visivelmente preconceitosa  e desumana se restringem do convívio para dar vez à frenética impulsividade da juventude; esquecendo que os desenganos se aproximam e são cronologicamente inevitáveis, porque obedecem a mãe natureza. Não podemos ignorar a ideia de que é através do convívio duradouro que adquirimos mais conhecimentos e retroalimentamos sempre a nossa sabedoria, elementos "sine qua non" para a base sadia da sobrevivência e da opulência do nosso patrimônio. Não se trata aqui de riquezas materiais e sim, das boas ações, da prática da solidariedade e do amor ao próximo. Isto sim, leva a nossa consciência ao nomadismo para que estejamos sempre em busca da esperança, da dignidade, longe dos traumas e dos receios, e com a certeza do dever cumprido.