A vitória da situação

 Não vamos aqui entrar no mérito da ideologia das legendas dos candidatos que pleiteiam uma vaga no segundo turno, mesmo porque ambos estiveram na linha de frente como membros da mesma base aliada. E em sua participação na propaganda eleitoral, Ciro Gomes sempre manifestara o confirmado apoio da Presidenta petista Dilma Rousseff, caso Roberto Cláudio  seja eleito. O que se esperava é que outros nomes de destaque da oposição como Heitor Férrer, Renato Roseno ou até mesmo Inácio ou Moroni conseguissem desmontar essa aliança que dá fortalecimento ao poder e detém a máquina, dando motivo bastante para se pensar que o desenlace fora patrocinado por fontes oficiais, sem dar ênfase aos financiamentos empresariais que obedecem à legislação eleitoral. A verdade é que, sem o Congresso Nacional dar prioridade ao avanço de uma reforma política que mude esse cenário, o eleitorado fica agora à mercê da indução e irá engolir goela abaixo dois candidatos totalmente vinculados e comprometidos com a máquina governamental que norteia todo o processo, sem contudo dar vez ao sentimento democrático (a livre escolha com outras opções). Não me refiro aqui àquele eleitor que votou conscientemente em Roberto Cláudio ou no Elmano de Freitas, e sim nos que preferiram  optar por confiar em novas articulações, vislumbrando um idealismo de cara nova na tentativa de desarticular um poder totalmente bifurcado com o beneplácito do Governo Federal. Diante de uma situação irreversível o que se deve fazer é avaliar bem o que vem pela frente de ideias e propostas e, no próximo dia 28 de outubro comparecer às urnas com o firme propósito de conviver em uma cidade que faça jus à sua decisiva e importante escolha.