DIA INTERNACIONAL DO IDOSO

      Hoje, primeiro de outubro,  é o Dia Internacional do Idoso e, segundo os últimos indicadores, no Brasil  são 23 milhões desses cidadãos. Só em Fortaleza são mais de 1 milhão com idade igual ou acima de 60 anos. Esse prognóstico nos dá oportunidade para a abordagem de uma ampla discussão. Enveredando pelo lado positivo, só temos é que ovacionar a iniciativa da Lei 10.741, de primeiro de outubro de 2003, o texto do Estatuto do Idoso que, infelizmente ainda não faz parte do hábito da leitura diária e da prática de muitos brasileiros que, sem a menor sombra de dúvidas, se não forem tragados pela morte prematura, conviverão ou chegarão a essa condição, sem contudo, querer aceitá-la. Embora necessitando de carinho e tratamentos afetivos especiais, com condições de igualdade, e, em respeito ao seu mecanismo de defesa e suas limitações - segundo o que prevê os artigos primeiro e segundo do Estatuto, quem chega à terceira idade  é muitas vezes descartado e encaminhado ao profundo isolamento, mesmo dentro das suas próprias residências, além de sofrerem pela recusa da comunicação por conta da incompreensão dos familiares que, numa atitude visivelmente preconceitosa  e desumana se restringem do convívio para dar vez à frenética impulsividade da juventude; esquecendo que os desenganos se aproximam e são cronologicamente inevitáveis, porque obedecem a mãe natureza. Não podemos ignorar a ideia de que é através do convívio duradouro que adquirimos mais conhecimentos e retroalimentamos sempre a nossa sabedoria, elementos "sine qua non" para a base sadia da sobrevivência e da opulência do nosso patrimônio. Não se trata aqui de riquezas materiais e sim, das boas ações, da prática da solidariedade e do amor ao próximo. Isto sim, leva a nossa consciência ao nomadismo para que estejamos sempre em busca da esperança, da dignidade, longe dos traumas e dos receios, e com a certeza do dever cumprido.