Com o assustador número de acidentes atingido vítimas fatais, o trânsito vem ao longo do tempo sendo um problema de saúde pública, que muitos motoristas e pedestres não querem aceitar, mas a exigência de atenção é imediata, em prol do bem-estar da coletividade. A falta de conscientização de muitos condutores é tão patológica principalmente quando se percebe que eles acham que o ato de dirigir é somente o movimento contínuo das mãos e dos pés, sob a diretriz condicionada dos reflexos, sem levar em consideração a inteligência e a sensibilidades, condições indispensáveis, não somente para dirigir, mas para todos os desafios que a vida nos oferece. Evidentemente que, na disputa pelo espaço, o pedestre leva desvantagem, notadamente em dias de chuva em que o motorista desfruta do conforto do abrigo, com ar- condicionado e som ambiente. No entanto, na ligeireza da busca pela proteção, o transeunte se arrisca em atravessar, porém muitos supostos condutores esquecem o espírito de cooperação e arrancam com seus carros como se, num perfeito gesto de vingança. Qualquer causa de acidente de natureza fatal é imperdoável, mas por conta do despreparo, a maioria dos motoristas assimila mal a importância da "via preferencial". Não se trata aqui de achar que está trafegando em uma rua mais larga e de maior movimento, que lhe confere mais direitos, que permite maior velocidade e não requer tantos cuidados ao ser usada como se fosse simplesmente uma via de trânsito livre. Quem pensa dessa maneira é um classificado candidato na provocação constante de acidentes. Decodificando a filosofia contrária, o direito dado ao motorista que transita na "via preferencial" é o de prioridade de trânsito; isto quer dizer que na eventualidade de dois veículos chegarem aproximadamente juntos no cruzamento, o da "via preferencial" terá o direito de passar primeiro que o da via secundária.
- Atenção! Se o veículo da via secundária chegar antes ao cruzamento, com regular margem de espaço e tempo (um quarteirão, por exemplo!), o veículo da "via preferencial" perde o direito de prioridade com o único e exclusivo objetivo de facilitar o escoamento do trânsito que se forma atrás do da via secundária.
- Cuidado! Se o encontro é quase simultâneo, fica claríssimo que a prioridade é para o da "via preferencial".
Certamente que, para muitos leitores estou trazendo um assunto óbvio e enfadonho, mas aí eu deixo uma pergunta no ar: Por que, rotineiramente acontecem acidentes nas "vias preferenciais", quando todos são conscientes que toda a problemática da segurança nas vias repousa fundamentalmente sobre a conduta humana, já que o veículo é um mero instrumento e, o condutor o seu verdadeiro intéprete?
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Reflitam sobre o assunto e muita cautela ao pegar a estrada!
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