terça-feira, 22 de julho de 2014

A QUALIDADE DO VOTO X ASSISTENCIALISMO

Quem pacientemente me acompanha na leitura dos meus humildes comentários  detecta que muito tenho me preocupado com a qualidade do voto do povo brasileiro. Essa insistência tem sido recorrente, com o intuito de  oferecer minha obrigatória contribuição pela condição de educador e jornalista. Por uma didática bem rasteira devo enfatizar que votar é um gesto puramente  cidadão. Isso porque se a consciência prevalecer, certamente teremos pessoas idôneas e dignas com mandatos eminentemente comprometidos que garantam um futuro consistente para a isonomia política e econômica da sociedade. Atualmente decodificamos que a mentalidade de uma boa parte do eleitorado extermina as propostas mirabolantes de políticas assistencialistas e engrandece as políticas assistenciais normais que, em muitos casos têm vida efêmera, porque são salutarmente emergenciais. Vejam o exemplo dos que são vítimas da seca, de enchentes, de terremotos etc., que pelas circunstâncias perderam tudo ou quase tudo que tinham e, por uma questão de honra, cabe ao Estado o amparo amplo e irrestrito, como também a sustentável reposição dos estragos. É importante repensar que não é de bom alvitre para uma sociedade em busca de frenética evolução abrir leques para o cultivo dos problemas sociais sob a aparência da ajuda via assistencialismo que, quer queira, quer  não, humilha a pessoa que recebe benefícios, provoca a dependência viciosa diante do doador e escamoteia o duro contexto da desigualdade social, como se a evicção não fosse uma coisa prioritária na garantia dos direitos da cidadania. E aqui cabe preferencialmente a aplicação de estratégias emancipatórias que favoreçam não apenas projetos de terapias ocupacionais, mas sobretudo o incentivo à capacidade produtiva e à geração formal e informal de fonte lícita de renda. Diante deste cenário muitos eleitores despreparados se iludem com a aparência e a lábia dos candidatos, sem saberem nem ao menos a qual partido eles pertencem. E o que é pior: desconhecem na sua totalidade se verdadeiramente as propostas da facção incluem ideais de empreendedorismo popular que favoreçam indistintamente uma qualidade de vida digna para todos os cidadãos. Trouxe a temática à tona porque a partir de agora começa mais uma maratona eleitoral para 2014. E é preciso que todos fiquem de olhos bem abertos para não se decepcionarem com a precipitada escolha dos seus candidatos, principalmente daqueles aproveitadores que só pensam dissimuladamente em se locupletar. A atividade é tão atrativamente rentável e tem como suporte a estabilidade vitalícia que, fica evidente que diante da disputa acirrada entre oposição e situação, as incompatibilidades são restritamente políticas e não, pessoais, como diz o milenar ditado popular: "É tudo farinha do mesmo saco!". E o cuidado deve ser redobrado na avaliação do perfil dos candidatos. Uns são oriundos das grandes elites empresariais que investem milhões em si ou em algum herdeiro, tornando o processo hermeticamente hereditário, sem ao menos ter passado um dia sequer vivenciando o sofrimento dos menos favorecidos; Outros desafiam a verticalidade saindo das classes populares, sem nenhum compromisso social e confiantes no favorecimento do quociente eleitoral, um dos parâmetros que emperra inexoravelmente o desenlace  da tão almejada reforma política; e há os que rotineiramente se desconfortam por não se identificarem com a filosofia  ideológica do próprio partido e ficam como primatas, pulando de galho em galho. O ideal é angariar o maior número de votos, e serem beneficados pelos ditosos financiamentos de campanha. Nesses momentos em que se misturam os pensamentos idealistas dos homens de boa índole, com o desfrute de um bando de interesseiros PHDs em uma faculdade chamada corrupção, é necessário bastante atenção, pois as visitas de porta em porta e o "dar as mãos" serão inevitáveis, fazendo com que coloquemos de plantão o nosso sacramentado discernimento.

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O Governo Federal está avançando na luta contra o crack. Uma das estratégias de tratamento dos usuários é a ampliação do número de CAPSad nos estados e municípios. Hoje, a Rede de Assistência do SUS conta com 1.700 unidades em todo o país e até 2014 serão mais 175.

Para essa informação alcançar um número significativo de pessoas, o Ministério da Saúde disponibiliza áudio, em MP3, com as principais informações sobre o Plano Integrado de Enfrentamento ao uso de Crack e outras Drogas. Sua participação como multiplicador é essencial. Solicitamos que ouça e veicule gratuitamente em sua rádio o flash: clique e baixe o áudio.