O INCONSCIENTE VOTO DE PROTESTO

Imaginemos o momento de uma eleição do líder de uma sala de aula com muitos alunos dinâmicos, estudiosos, divertidos... mas, lá naquele cantinho está um deles que é inibido, desestimulado, sem expressividade. E, por um impulso coletivo, todos resolvem elegê-lo como o candidato favorito. A situação seria polêmica, porém, como somos norteados por um sistema democrático, o aluno escolhido seria, de livre e espontânea vontade, legalmente nomeado . Até aqui, tudo bem! Mas dali para frente, o grupo seria bombardeado por um festival de surpresas. O jovem poderia desenvolver um bom mandato, fomentando boa representatividade ou, do contrário promover um verdadeiro descalabro em sua gestão, por dois significantes motivos, dentre outros. Primeiro, pela turma entender que se tratava de um indivíduo que nada iria conquistar  para o grupo. Seria apena um fantoche ou marionete, diante dos problemas que aparecessem e que  supostamente não teriam soluções. Segundo, pela demonstração de despreparo político e desconhecimento das ações da comunidade escolar. Abordo esta fictícia temática para, mais uma vez, propiciar uma necessária conscientização  no cuidado com as consequências do voto, principalmente se, de protesto. Essa nova estratégia, criada pelos não politicamente alfabetizados, desde os tempos da fenomenal candidatura do Enéas à Câmara Federal, entre 1989 a 1998. Para rememorar um pouco aquele episódio, além dele, mais cinco candidatos, totalmente desconhecidos pelos eleitores do cardiologista foram contemplados, por sua causa. E o que foi pior: quatro deles não conseguiram sequer, mil votos. A reflexão é a seguinte: O eleitor precisa redobrar o cuidado e pensar bem na hora da escolha, porque o sistema proporcional não foi elaborado por acaso. Ele foi concebido para dar prioridade exclusiva aos partidos. Ou seja, vota-se nesse ou naquele candidato, mas quem sai privilegiado é o partido. Aquele o qual os candidatos recebem votação expressiva, têm por direito a maior  quantidade de vagas nas casas legislativas. Portanto não se iludam com os mirabolantes discursos de qualquer candidato que tenta se passar por "bonzinho" sem antes ter a absoluta certeza de que ele sabe de cor e salteado a vida e a história do partido a que pertence. E usando da natural psicologia, tente captar quais são os seus verdadeiros interesses. Do contrário, as consequências serão catastróficas. Vejam o exemplo do Hamas, na Palestina. Foi eleito porém, seu projeto é trucidar e  exterminar cidadãos civis inocentes e que nada tem a ver com os conflitos daquela gente hostil que age em mútua retaliação com o Estado do Israel.