Exatamente no dia de amanhã, 14 de julho, em 1789 ocorria em Paris a Queda da Bastilha, uma velha fortaleza que servia como prisão e era símbolo absoluto dos Bourbons. As suas dependências eram ocupadas por pessoas que faziam oposição ao regime monárquico. Os súditos eram descontentes e oprimidos pela pesada carga tributária. O comércio era seriamente prejudicado pelas alfândegas interiores de origem acentuadamente feudal, e pelos monopólios. A injustiça era evidente, pois os pobres eram impiedosamente massacrados por um rolo compressor e tinham como destino o encarceramento na Bastilha, sem direito à defesa pela falta de processo de julgamento. Para isso acontecer, bastava um simples "lettre cachet" emitido pelo rei. Enquanto isso, os poderosos gozavam de suaves privilégios e regalias. Fazendo uma lacônica panorâmica sobre a constituição das três classes sociais ou estados, a nobreza era composta pelos possuidores das terras, quase não pagavam impostos e monopolizavam os cargos de direção na administração, exército e marinha. O clero se dividia em alto, oriundo da nobreza e viviam uma vida faustosa, percebendo grandes rendas. Já o baixo clero era composto pela burguesia, pelos obreiros e campesinos, constituindo a maioria da população. A Revolução Francesa, fundamentada também, por ordem ideológica e intelectual foi sobretudo a revolução da burguesia, que era uma classe rica, porém sem nenhum poder político. Queriam também o fim do sistema mercantilista que, de certa maneira, asfixiava o comércio e a indústria. Tudo isso provocou a que os representantes das três classes se reunissem e deliberassem uma Assembleia Constituinte, e o povo incitado por oradores populares como Camilo Desmoulins, atacava a Bastilha dando total fortalecimento à ânsia pela igualdade, liberdade e fraternidade. A Assembleia promulgou, em seguida, a Declaração dos Direitos do Homem.
(*) Valério Porfírio Pereira é jornalista e pesquisador
Em 13 de julho de 2012
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Valério
éValério Pereira As fobias
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