DONA MARIA JOSÉ FÉLIX PEREIRA, MINHA QUERIDA MÃE
Ao abordar este assunto valho-me do precioso e milenar axioma oriental de Confúcio que diz: "Não devemos falar nem bem nem mal de nós mesmos. De bem porque não acreditariam, de mal porque acreditariam facilmente." Me acudo desse conteúdo porque não sou nenhum pouco simpático e tenho uma verdadeira ojeriza por pessoas cabotinas, mas por uma questão de sentimentos me vejo apossado pelo espectro da saudade dos maravilhosos momentos em que convivi com minha mãe, dona Maria José Félix Pereira, até seus 84 anos completados no mês de junho do ano de 2009 e, em 20 de setembro do mesmo ano, nós deixou acometida de alzheimer. Essa malfadada doença nos pega de surpresa, como muitas outras, e o idoso necessita peremptoriamente de afeto, dedicação e, principalmente de redobrada atenção e se sentir amado, de verdade. Fui profundamente um abstinente de minha vida social e profissional para me dedicar as 24 horas de cada um dos últimos dias de sua sobrevivência na tentativa de protegê-la e ampará-la. No afã das minhas imperfeições fiz o possível e o impossível para que nada de mal lhe acontecesse, para isso não medi esforços no empenho do acompanhamento médico. Muito agradeço a equipe de geriatras do Hospítal das Clínicas, na pessoa do doutor João Macedo que faz uma prazerosa ponte de integração entre pacientes e acompanhantes, também a equipe do Hospital Angeline, local onde foi diagnosticada a doença. Em verdade, tudo isso me fez crescer no que concerne à valorização da vida. As experiências abriram um leque para que, ao olhar para cada pessoa, não devemos deixar de admirá-la pela grandeza da existência. Todas as etapas devem ser intensamente aproveitadas, porque o sofrimento pela falta de saúde e a dor da perda são absolutamente inevitáveis. Como muitos, nunca pensei nem aceitava a possibilidade de se separar de minha mãe, a pessoa que mais amo na vida. Desde a data do seu falecimento até hoje não me sentia com ânimo para sentar-me à frente do computador e escrever uma linha sequer sobre ela, logo eu, um viciado em escrever. Isso ocorre porque somos tragados por tristes emoções. Mas, deixemos de lado esse rosário de lamúrias e vamos realizar um contato com ela, que, sem sombra de dúvidas está no Céu, ao lado de Deus pai, a quem tanto ela ama, do meu pai, senhor Estanislau Porfírio Pereira, falecido em 2001, dos pais dela, que já se foram há muitos anos, e amigos, distribuindo divinas alegrias. Minha Zeza, sinto que você está nos vendo e nunca esqueça que os seus filhos, eu, meu irmão João Roosevelt, minha irmã Iris, suas noras, seus netos, jamais lhe esqueceremos. Te amamos. Na certeza de que, um dia nós chegaremos aí, ao seu lado para vivermos uma vida eterna.
PS.Em dezembro do mesmo ano perdemos também aquela que seria como se fosse nossa segunda mãe, Dona Maria Augusta do Carmo de Sousa.
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