A ARTE EXPRESSIONISTA
Como se fosse praticar o filosofar que seria uma constante inquietação provocada pelo mundo interior resultando como consequência numa produção da materialização através de imagens, numa tela ou folha de papel, assim se manifesta o artista expressionista. A sua maior preocupação é a intenção de recriar o mundo, pouco se importando com os conceitos de belo e feio. Diferentemente de outras vanguardas, que refletem de uma forma otimista sobre a técnica e o progresso, os expressionistas dão mais importância ao sofrimento humano do que o triunfo. Van Gogh chegou a afirmar que essa pintura, ao distorcer uma imagem para expressar a visão do artista, assemelhava-se à caricatura. O contraponto é visível entre a distorção da natureza dando lugar à fuga da beleza, a fealdade. A perturbação se manifesta quando muitos não veem a seriedade, alterando a aparência das coisas ao invés de idealizá-las, porém os expressionistas sentiam tão fortemente o respeito do sofrimento humano, como: pobreza, violência e paixão que estavam inclinados a pensar que a insistência na harmonia e beleza em arte nascera de uma recusa em ser sincero. O movimento expressionista surgiu no começo do século XX, mais precisamente em 1910, na Alemanha, trazendo uma forte herança da arte do final do século XIX. Por suas características, desenvolveu-se mais na pintura dando continuidade a um trabalho iniciado por Van Gogh, Cézanne e Gauguim. Seus representantes foram Munch, o pintor austríaco Egon Shiele (1917) e aqui no Brasil, Anita Malfatti (1917). Na sua tela A boba se sobressaem os elementos dramáticos, emocional e, na temática, marginal. O declínio do expressionismo foi a partir de 1933, com a ascensão de Hitler na Alemanha. Segundo as novas diretrizes, buscava-se uma arte "pura", "limpa", que retratasse a superioridade germânica, jamais a caricatura. Em verdade podemos afirmar que a origem da caricatura foi no movimento expressionista. Essa modalidade de arte continua até nossos dias e com bastante evolução, porém a caricatura atual retrata não o trágico, mas o satírico, o engraçado e até o deboche.
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