sexta-feira, 1 de agosto de 2014

ELEIÇÕES - A CONSCIÊNCIA DO VOTO

 Por Valério Pereira
Alertar o eleitor que cada voto sufragado e conquistado pelo candidato é motivo de muito suor derramado, tensão cardíaca e outras complicações, não é novidade. Isso porque esse voto é decisivo para o triunfo inexorável do poder econômico de cada candidato eleito. Diferentemente  do exercício do poder coletivo que é  resultado do espírito de abnegação e ajuda mútua, na promoção do bem comum.  A tensão é tão evidente que se transforma muitas vezes em desespero. E para comprovar o meu argumento, basta observar que os principais objetivos são desfocados na hora da apresentação de  consistentes estratégias e projetos. O que vemos é a troca direta de farpas, num total abandono dos princípios éticos. E é sempre assim, a avalanche de insultos, provocações,  sem priorizarem propostas inovadoras e impactantes. Fica evidente o princípio do faz e desfaz. Por exemplo, a ala governista criou o bolsa família se fundamentando na necessidade de amparar os mais carentes. Já muitos da oposição sugerem apenas inovar, sem apresentarem qualquer alternativa criativa que  arquitetem outros modelos mais avançados . Um outro aspecto a destacar é que poucos se atentam de que, no cenário eleitoral a formação de acordos com coligações não é  acontecimento decisivo para eleger ninguém sem a conquista sofrida do voto de cada eleitor. E os principais protagonistas  são (o candidato e o eleitor). Cabendo a este último a compreensão de que, na disputa pelas conquistas, sempre quem sai na vantagem é o candidato vitorioso que vai, prioritariamente em busca de seus próprios interesses pessoais, que são refletidos pelas três tentações humanas: riqueza, prestígio e poder. Não podemos esquecer que a evolução política no Brasil não apresenta um cenário que norteie a totalidade de eleitores  para fazerem um consciente julgamento, diante  de um  contexto cultural que só prevalece a troca de favores e as vantagens pessoais. E aqui é o ponto crucial e retrógrado da questão. Se não concordarem comigo basta observar se existe algum parlamentar que anda de ônibus, junto com seus eleitores, outro que coloca o filho para estudar em uma escola pública ou se vale de algum posto de saúde púbica. Os dois protagonistas esquecem que o exercício do voto promove o direito a uma relação de reciprocidade coletivamente profissional para que um ajude outrem. Porém  o que fica evidente é o quilométrico afastamento entre ambos que, somado com a falta de conhecimentos, sem sombra de dúvidas, fortalecem  o despreparo cultural e o exercício pleno da cidadania.

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